sábado, 18 de fevereiro de 2012

O QUE ME(NOS) APETECIA

MAS QUE BOM É PENSAR POR TODOS... como se arrumasse figuras

Tostarmo-nos ao sol como empadão no forno.
Acharmo-nos na época das crisálidas tontas no meio da luz.
Sermos corajosos para arriscarmos parecermo-nos com ingénuos.
Que os falsos messias fossem  parar todos à cadeia.
Desejos encontrados com a realização.
Que os sonhos não fugissem das molduras.
Que acabassem os dramas e finalmente entrassem as comédias.
Deixarmos de ser "piegas" (eu costumo ser com a doença, confesso) porque deixávamos de ter fardos.
Conhecermos os princípios da existência.
Acordarmos num país diferente, com um presidente diferente, este nem para alcagoita serve, só tem mesmo a casca, mas o fruto nasceu seco, encolhido, deformado.
Termos um governo que governasse o país e não só os mais ricos, e mesmo assim mal, porque a curto prazo.
E por fim, sentirmos tantas afinidades, todas aquelas que dão eternidade aos afectos.
Em suma, sentirmo-nos completos em tudo: no sonho, no amor, no desejo.
Que bom que era todos nós não sentirmos a necessidade de um dia inventarmos o destino.

1 comentário:

Helena disse...

Bom dia, Homónima!

"Em suma, sentirmo-nos completos em tudo: no sonho, no amor, no desejo."
é uma excelente forma (e sintética) de descrever a felicidade.

Como Sílvio Rodriguez, às vezes eu estaria tão perto, que se vivesse "num país de bondade e bruma" e num mundo solidário, poderia cantar:

Soy feliz, soy una mujer feliz,
y quiero que me perdonen
por este día los muertos de mi felicidad.

Sim, linda Helena, sou uma privilegiada detentora de sonhos realizados, num mundo de sonhos por realizar.

Beijo!