quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PORQUE É QUE AS NOTÍCIAS ME PARECEM TODAS DO DIA ANTERIOR?

Os Jornais trazem mais páginas  com legiões de tentadores demónios do que notícias.
O JN, por exemplo, em todas as páginas oferece ao leitor mais casos do crime do que notícias.
Antes havia o jornal do crime mesmo e, quem gostava de sangue e de casos do dia sórdidos comprava esse jornal, hoje com os jornalistas de "aviário" com que os jornais ficaram depois de despedir, despedir, despedir, publicam casos de dia e mais casos do dia travestidos de notícias.
Produzem uma espécie de notícias sem descontinuar. Lá vêm sempre os mesmos caceteiros, a sociedade que enche todas as colunas com os seus rugidos e rouquidões.
Dão a conhecer muitas pessoas que aparecem arvorados em seres eleitos e reclamam da coragem de actuar sem escrúpulos. Os meus raciocínios são brutalmente interrompidos pela existência destes seres que colocam nos píncaros, colocando a uns o sinal mais a outros o sinal menos, como faz o  jornal Expresso por exemplo.
Abro o jornal, fecho o jornal, para mim tornou-se evidente que os jornais cada vez mais se parecem com portas. Abrimos e fechamos e a distância entre as tais 24 horas para ser o dia seguinte é muito ténue.
As "notícias" ficam a pertencer aos dois dias misturados num único pensamento.
Não sei se se trata duma economia de palavras ou apenas de concentração de energia das últimas que restam aos jornalistas e às empresas jornalísticas, se se trata apenas de claros expedientes.
A única coisa que sei é que quando me disponho a passear pelas páginas noticiosas fico quase sempre com dúvidas se estou no dia de hoje ou no de ontem.

1 comentário:

Helena disse...

Bom dia (tarde..) Homónima!

Notícias boas precisam-se. Creio que é por causa dessa necessidade/esperança vã que vamos adquirindo e lendo jornais. Um processo subconsciente, de que nem os psiquiatras nos curam: sobreviver às tristezas do mundo!