segunda-feira, 25 de junho de 2012

GENTE

Há conflitos  labirínticos.
Há pessoas que são detentoras de grande verticalidade e carácter. Pessoas dignas.
Quando olho a sociedade global com os seus ressaltos, com tantas regressões, atropelos, depressão e violência, só posso analisar e perceber estes tempos apoiando-me na História de outras épocas eivada dos mesmos condimentos.
Estamos a assistir ao desfazer de coisas boas à sua destruição paulatinamente.
Mais dramático ainda é o consentimento por parte dos governados. Assiste-se ao começo do fogo e nem  numa mangueira se desloca do sítio, fica-se colado ao chão, a ver o destino passar por nós.
Não aceito o que leva certas pessoas à destruição, não aceito visões simplesmente horizontais, imanentes.
Não reconheço nenhuma ideologia subjacente, nenhuma filosofia nesta gente que nos governa.
Caminhamos para o abismo a passos largos. Parece que assistimos a uma certa eugenia social. Há novos valores do "bem e do mal" Hoje o bem é ter dinheiro não importa como. O amor e a amizade são relegados para ultimíssimo plano.
A maioria das pessoas não tem como objectivo redescobrir-se a si próprias, mas antes combater-se a si e aos outros.
Há gente viscosa, em decomposição, em ruína.
Há gente enlameada, só que não dá conta, porque os sapatos estão engraxados.
Gente que continua num lamaçal e que se enterra cada vez mais e a realidade objectiva é relegada para um plano secundário, mas  há ainda  pessoas que agem e aquelas que ruminam e há as outras, as primeiras, as dignas.

2 comentários:

Helena disse...

A humanidade é tão diversa, que nos permite continuar a, persistentemente, continuar a gostar de parte dela.

Muito bem escrito.
Beijo, Homónima.

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

obrigada Helena. bjnho