terça-feira, 19 de março de 2013

BORBOLETANDO ENTRE MENTIRAS E VERDADES

Conseguirás estar sempre nu(a)?
Genuinamente nu(a)?
A verdade é um acto de amor genuíno, mas a mentira também pode ser.
Amor genuíno, despido, entregue, vertical.
Transgredir/transgressão faz parte da verdade ou da mentira?
A mentira tem valor? E quando é que é efectivamente válida?
Há mentiras feitas em nome do amor, lembro-me da mentira a um doente sobre o seu fatal mal.
A transgressão está sempre presente em nós.
Podemos sempre dar o salto no vazio, embora os saltos e os vazios sejam todos diferentes.
Transgride-se por amor, tal como se mente por amor.
Encobrir a verdade é já, por si, mentira?
Passamos a vida na mentira. Mentem-nos e mentimos. Como distinguir então a verdade da mentira?
A verdade é sempre uma gargalhada infantil, uma manhã de Abril, límpida e clara com muito sol.
Pelo contrário, toda esta orgia em que o Homem existe a 200 quilómetros à hora, mas com a vida parada dentro dele, vida inerte numa existência delirante, tudo isto é mentira. Em todo este ideal de sociedade se perde a razão de ser.
Daí a paralisia moral em que o Homem hoje jaz, desviado do seu destino, transgressor, mentindo a si mesmo, evaporando-se.
A mentira e a verdade são como borboletas, uma da traça, a outra linda. Elas pairam acima das circunstâncias e se bem que todos gostem de borboletas coloridas e bem desenhadas, às vezes permutam-se em borboletas castanhas, feias, daí a transgressão no seio da mentira e da verdade, duas faces da mesma moeda(?).
O truque para ser borboleta colorida está em saber dançar e ouvir música, em saber pairar acima dos quotidianos.

3 comentários:

Helena disse...

As borboletas têm muitas cores. Como a verdade, cujos matizes dependem das circunstâncias objetivas e subjetivas.
É um dos objetivos de vida, aproximarmo-nos da verdade. Momento a momento, temos que a procurar que ela não é estática.

Beijo

lua vagabunda disse...

Quem é q disse que as pessoas gostam e procuram a verdade?

É tudo mentira. Passamos a vida inteira rebuscando mentiras para esquecer a verdade!

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

Mais uma vez obrigada às amigas que atentamente me lêem ainda e dizem da sua justiça. Um beijo às duas