terça-feira, 31 de dezembro de 2013

RETRATOS

Subtítulo: SABEMOS QUE SOMOS BONS

Mas a nossa bondade não impede a nossa maldade.
Relutamos, sacolejamos, mas é assim.
Todos nós desejamos que a nossa história tenha princípio, meio e fim.
Todos nós achamos isto e aquilo.
Todos nós temos demónios,  uns enfrentam-nos outros não.
Muitas vezes tudo caminha incompreensível. Muitas vezes prometemo-nos, apenas isso, mas alturas há que flutuamos nas vagas profundas com sentidos lassos e perdidos.
Pressentimo-nos com um prazer sereno e absorto.
Tropeçamos nas palavras. Procura-se dizer coisas agradáveis, mostrar que se tem instrução, que se sabe o que se usa.
Começamos brigas e esquecemos os seus motivos.
Há os que precisam de vidas secretas para poderem existir e os que sempre foram sérios, mas falsos.
Há os que gargalham e os que ficam exaustos de sorrir sempre de leve sem nunca gargalhar.
Há os que nadam num líquido desconhecido, mas nadam e por vezes longe do próprio nascimento.
Há ainda quem faça perguntas com muita atenção mas nunca ouça as respostas.
E os que a impaciência os devore e os que a memória se dissolve em sombras.
Há quem caminhe dum lado para o outro sem saber o que fazer de si mesmo como se tivesse mais corpo do que era preciso e quem se pareça com gardénias.
Há os que se sentem excluídos dos mistérios da família e quem nunca saiba perguntar nem ouvir.
Há os que se sacrificam porque é da sua natureza sacrificarem-se, assim como é da natureza de outros não sofrerem.
Há quem divise de cima a escadaria e dela faça a sua protecção e os que se inclinam para o seu próprio interior pensativos.
Há até quem saiba que não pode fazer aquilo que lhes apetece e quem se defenda com a sinceridade.
Há quem cultive o Amor para além do túmulo e os egoístas mesmo sem serem artistas e há quem procure um motivo para as suas impressões e conhecemos quem morra duas vezes como dizia Voltaire.

BOM DIA, CARTACHO-COMUM

tu és fácil de identificar quando és macho, de cabeça preta e colar branco, o pior é quando és fêmea que voltas a parecer um pardal :)

La Prima Vez - Pina


Ivan Lins - Depois dos temporais (+lista de reprodução)


desejo o mesmo

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os po...ntos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente.

Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.

Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que puder emocionar.

Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente para repassar o que realmente desejo a você. Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, rumo à sua felicidade!”

Carlos Drummond de Andrade
E. Sharnoneau
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A CAMINHO DO FUTURO

Estamos vivos!
Estou sentada a mastigar ruidosamente uma maçã, eis a minha prova de vida em 2013, é verdade, saí viva desses teus longos discursos das coisas sem interesse.
Fui capaz de reagir às más notícias, mal ou bem, Seu mata-borrão.
Sei que vais continuar a sugar-me a mim e à maioria dos  meus compatriotas através do teu filho 2014, mas vou combater-te sempre, sempre.
"Como", perguntas, velho e torto 2013. Respondo-te: como vou ao Tibete quando ouço o Sacre de Stravinsky ou recolhendo-me num silêncio tonitruante muitas vezes.
Sabes onde fica a Bitínia? Não sabes, pois não? És um analfabeto.
Ris-te 2013, por saberes que na guerra os fortes submetem os fracos à escravatura e em tempo de paz, os ricos reduzem os pobres à servidão?
Eu também sei o que tu sabes, tu é que não sabes o que eu sei.
Sei que a pobreza se arrasta pelas nossas ruas e praças, tu não a vês, apenas imaginas, eis a diferença.
Dizes-me que o luxo do rico é o alimento do pobre. Eu sei que inculcas cada vez mais essa ideia na cabeça dos pobres e sei que educaste o teu filho 2014 a pensar o mesmo.
Sussurras-me que és decente por me controlar?!! Comediante querias ser, mas não passas de rotariano.
Chamar-te nomes eu, nem penses!
Só chamo nomes a quem gosto e a ti  não tive prazer nenhum em conhecer-te, foram 12 meses a empatar-me.
Agora divertes-te a dizer-me ao ouvido, que falo contigo como se tivesses tido existência.
Não me faças rir, tiveste sim existência, a existência imaginária é existência e tu impuseste-te.
Faltou-te grandeza e mistério. Não possuíste distinção nem carácter.
Fazes-me lembrar aquelas pessoas que quando lhe perguntamos como estão, respondem invariavelmente "está tudo bem", o que significa que está tudo mal.
Não me enganas mais, vais morrer dentro em breve e eu brindo ao teu sucessor, brindo ao Futuro e à Esperança e olha ainda te digo mais neste teu último dia: AS IDEIAS PODEM MUDAR AS COISAS, SE ESTIVERMOS DISPOSTOS A PÔ-LAS EM PRÁTICA.
VIVA O FUTURO!

BOM DIA, PARDILHEIRAS


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Só tinha de ser com você - Elis Regina (+lista de reprodução)


A UMA ILUSTRE DESCONHECIDA (GL DE SEU NOME)

encolhida me desembrulho:

Ilustre porque ilustre.
Desembrulhei a sigla e para mim é conhecida por Gabriela. Gabriela porque sim.
Sim, GL vejo-a a sorrir neste momento, mas a verdade é que desde pequena gosto de dar nome às coisas e para mim é Gabriela desde que a vi, confesso.
A minha Gabriela, amiga invisível, é uma espécie de evocação duma Lisboa romântica/moderna que me chega numa forma de arpa, se de instrumento musical se tratasse.
Convoca-me a lugares de anamnese e faz-me perder nos séculos, servindo-me um hausto do dia
O seu coração abre-se às cinzas dos dias, o que se torna pouco vulgar nos dias de perdição que correm.
Não sei se é lisboeta de tez e olhos árabes ou não, mas sei que me oferece um sorriso da alma quase diariamente.
Com tanta degeneração da sociedade, com tanta falta de tempo para os outros que toda a gente faz gala em proclamar, a minha Gabriela aparece assim como este pássaro que ouço cantar aqui no carvalho mais próximo.
Não sei quem é, desconfio que é um pisco, mas gosto dele agora porque me alegra os amanheceres.
Não sei traçar-lhe o perfil, nem nisso estarei interessada, mas apetece-me realçar-lhe uma característica que emana desde logo, a que chamarei olfactar.
A minha Gabriela tem um à-vontade a passear-se nas margens do rio que só os cágados têm a gozarem os benefícios do sol.
A minha Gabriela é moderna numa terra em que as pessoas estão envelhecidas precocemente por desamores e interesseirices várias, dá-se ao luxo de admirar os contemporâneos.

BOM DIA, PISCO-DE-PEITO-RUIVO

ÉS TU QUE ESTÁS ALI A CANTAR PARA MIM, NÃO ÉS?

domingo, 29 de dezembro de 2013

DESEJOS ENCANTADOS

como subtítulo: SÓ OS QUE ESTÃO AO MEU ALCANCE


O ano de 2014 vai-se estrear, mas ainda há pouco se estreou o de 2013.
Não quero retrogradar, o ano de 2013 que acaba daqui a dois dias, foi um ano despiedoso.

. Quero saborear os momentos
. Quero consumir os dias sem me consumir muito neles
. Quero cavalgar nos sonhos
. Quero continuar com ilusões
. Quero ver luz, aquela luz líquida, escorrendo como mel do alto dos pinheiros
. Quero bom humor nos meus dias
. Quero que na área da minha jurisdição tudo seja a contento
. Quero não usar palavras descuidadas
. Quero que a ficção não se torne realidade
. Quero preparar-me para me preparar para estar preparada
. Quero não ter que me revoltar
. Quero saber pensar, esperar e jejuar, como li no Siddhartha, de Hermann Hess, um dia
. Quero não sofrer tanto em direcção aos objectivos
. Quero continuar a surpreender-me e as gostar de muitas coisas ao mesmo tempo: animais, árvores, flores, céu, terra, livros, exposições arte e poesia, passeios e cheiros, do velho e do novo, das pessoas e do que elas são e pensam e de todo este encantamento com as pessoas, mas também com as pedras que nem criaturas são.
. Quero querer que é todo o segredo da vida
. Quero continuar a pendurar coisas no Cabide, coisas supérfluas
. Quero cada vez mais encontrar-me com gente oriunda do país dos sonhos
. Quero acentos apaixonados de Tristão, porque no mundo dos desejos posso ter tudo e tudo pedir.

BOM DIA, CALHANDRA


cantas como uma cotovia e pareces um pardal (aquilo que parece não é, calhandrinha)

sábado, 28 de dezembro de 2013

EM JEITO DE BALANÇO

Quereria eu ser optimista, mas só o seria se criasse uma realidade superficial para a poder contactar.
Que posso dizer sobre os últimos quase 365 dias da minha vida?
Que a realidade se me tem imposto de tal maneira que se tornou uma espécie de perda da faculdade da razão. Passo a explicar melhor: quero e continuo a pedir impossíveis numa alucinação normal, mas com esta independência aparente do coração não tem sido fácil.
A Fortuna neste ano de 2013 não passou por aqui, pelo meu país, por mim.
Digamos que não foi um ano bom, mas o anterior também não o tinha sido.
Um ano cheio de pequenas contrariedades que não me distraem mesmo assim dos desgostos.
Se fosse optimista diria:
Que foi um ano bom porque continuo viva, porque não morreu ninguém da minha família, "apenas" e uma vez mais amigos e não temos guerra, embora eu saiba que estamos em guerra.
Que fui presenteada com um neto, que... que.. e fundamentalmente, um ano que me fez perceber como fui tão feliz ao longo de tantos anos, muitas das vezes sem disso ter consciência, que pertenço a uma geração  em que a classe média, era mesmo média e não  teve que emigrar.
A sociedade continua muito doente e não vejo a cura a aproximar-se e nós somos seres sociais por isso interagimos com esta doença, tornando-nos noutros.
Percebo que ainda não estou na fase de tentar esquecer, continuo com as recordações bem vivas que me enchem os dias.
E se eu apagasse isto tudo e fizesse um balanço em modo burlesco, alógico, provocador como vejo certas pessoas a fazerem, digamos, duma forma surrealista, mas se calhar não me apetece e é neste 'não me apetece' que se resume o ano de 2013.
Irónico? Talvez.
Em todos os balanços há o fomos/o éramos e o somos.
Digamos que o éramos me agradava mais do que o somos.
Fica esta capacidade que se torna talvez uma segunda natureza, de integrar sem muitos problemas de consciência o que em geral provoca noutros seres e noutros povos tragédias implacáveis e entre nós não atinge grandes culminâncias.
Parecemos ausentes de nós próprios e eu como portuguesa gozo desta característica que nunca a considerei tão dialéctica como neste momento em que coloco o 2013 ao espelho.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BOM DIA, PINTARROCHO

SEU MACHO LINDO (QUE AS FÊMEAS ATÉ PARECEM PARDAIS, TIRANDO O BICO NEGRO)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

SER OPTIMISTA ???

Ser optimista, ser pessimista, ser realista dizem de si próprios.
Não sei se quando dizem que o são, o dizem num desfruto de si mesmos, se o fazem como banho para esclarecer o pensamento.
Trata-se duma atitude ou de uma prática duma crença?
Certo é, que os que se proclamam de optimistas necessitam de o gritar bem alto para serem ouvidos ou mesmo ouvirem-se a si próprios, quiçá.
Mesmo com nevoeiros enganadores sorriem com todos os dentes, proclamando que os náufragos no futuro serão inexistentes ou quase. Têm mesmo uma necessidade de voar para o assunto.
Em contra partida, os pessimistas ficam, normalmente, a rinchar e julgam-se mais inteiriços que todos os outros e costumam dizer: como eu já tinha dito, como já tinha avisado.
Normalmente sopra-lhes o Nordeste e diz-se cá para estes sítios que não são boa bisca.
Pesquisadores infatigáveis das zonas de sombra do conhecimento humano, simulam interesses por matérias escuras. A falsa verdade nua dum observador objectivo.
Uns e outros usam lentes de aumentar. Ambos são amantes da falsificação de relatos.
Os que se reclamam de realistas, chamam-lhe atitudes gratuitas as de uns e as de outros.
No que a mim me diz respeito, considero, quer uns quer outros, uma espécie de impostores e confesso que se me torna, de certa forma, indignante escutá-los. Para mim, são uma espécie de sucedâneos.
Quando os ouço, fico empanturrada de leviandades.
Empurram-nos sempre, querem ensinar-nos as regras e jogos da vida.
Os pessimistas por vezes têm um ar insuportável de suficiência e obrigam-nos quase sempre a pensar que se desleixam no pensamento, julgando que também os outros não se sentem cansados de andar por aí.
Duma maneira geral, quer uns quer outros, tomam estas atitudes para não regressarem ao tédio das vidas quotidianas. Há quem saiba que a sua vida não muda muito e dê  ligeiros retoques com estas formas de estar.
As pessoas com discurso optimista às vezes perscrutam o futuro e até o presente com sondas enlouquecidas. Têm um certo prazer, na atonia da sua  existência, encontrar prazeres especiais em dar novas vidas à vida.
São assim como que uma espécie de génios entrincheirados a seus próprios olhos, mensageiros da boa nova, enquanto que os pessimistas, a outra face da mesma moeda, cavalgam, muitas vezes sem ver a cabeça ao cavalo, a galope da desgraça.
Parece-me, uns e outros, terem bem mais piada que os pobres dos realistas sem muita imaginação, relatando sem brilho a realidade como se lhes afigura.
E afinal o que é a realidade?
Existe a realidade?
Toda a gente sabe que tudo o que é básico, essencial é a realidade e não é preciso estudar Filosofia para saber disto.
Ia-me quase esquecendo dum pormenorzito, é que a maioria de nós é pessimista, optimista e realista e quase ao mesmo tempo, dependendo muito das circunstâncias, no entanto do que aqui se falou foi da atitude maioritária, quase  uma característica de personalidade, salvo seja.

BOM DIA, CAIMÃO

ESTA COISA DE TE PASSEARES NOS CAMPOS DE GOLFE DO ALGARVE, PARA QUEM QUASE JÁ ESTEVE EXTINTO, TEM ALGUMA PIADA, LÁ ISSO TEM.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

PROCELA não não quero como título, antes... HOJE OS SONHOS COMEM-SE

É Natal, mais um e este com um nível de perigosidade bem elevado. Chove e venta desalmadamente, as rajadas de vento são fortíssimas.
O País está em alerta amarelo, algumas zonas mesmo em vermelho.
Vamos para o Porto e o meu coração está apertadinho.
Fico assim exautora, beócia, com os periscos a gemer esbarrondamo-nos.
Sinto-me chamorra.
Não me apetece falar do futuro hoje e, se calhar, nem do presente.
Estou muito triste, tão triste que me convém só pensar nas rajadas de vento, mas um desejo eu deixo: comer os sonhos sim, os sonhos serem comidos, não.

Ó meus queridos, que mau dia!

venham para cá, têm em abrigo

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

OS LUXOS OFENDEM

Sempre gostei de coisas bonitas, a estética para mim é importante. Considero que vendo coisas bonitas ficamos mais bonitos.
Não gosto de miséria. A miséria é feia e cheira mal, por isso não gosto de luxos, cheiram-me a miséria, miséria moral, gente ofensiva.
Não são só as pessoas a celebrar o luxo, também são os países.
Quando vemos países a encenar estes luxos, a gastar dinheiro a mais nas instituições é sinal que há miséria, miséria de espírito e miséria nos desvios desmedidos dos dinheiros públicos.
Luxo não é sinónimo de prosperidade.
Quem usa o luxo como poder, normalmente não discute ideias, porque não as tem.
Os luxos são uma forma de desespero que competem pela primazia entre si.
Luxos não fazem parte da lucidez, da honradez e da liberdade.
Estive sempre em trânsito entre pobres e ricos, dada a minha actividade profissional e também por classe social a que pertenço de origem e, sei que há trocas que se podem fazer, mas não estou acostumada a ver as pessoas com dinheiro a distribuí-lo por aqueles que não têm.
As relações entre os ricos são sempre mediadas por dinheiro e isso não presta, não é bom, mas também vejo muitas coisas nos pobres que não me agradam, por exemplo, não pedirem contas aos ricos e alguns pontos comuns que é o caso do cinismo e da inveja, estas duas 'características' são prestigiadas.
As pessoas que têm como ídolos o ouro, o luxo, o dinheiro, são pobres porque andam sempre em busca destes ídolos e não aceitam facilmente a grandeza dos seus semelhantes, ignoram tudo quanto é generoso
Os luxos tornam as pessoas pedantes. Pedantes são as pessoas que pretendem convencer através do que têm. Gosto de convencidos, não de pedantes.
Hoje cada vez mais se idolatram os luxos, vejam-se aqueles novos países como o Dubai, etc. que aparecem nos murais das pessoas do facebook, como sonho de férias, os mesmos  que normalmente criticam os desperdícios dos nossos poderes; os iates e as casas dos novos ricos russos e outros, os tais que fazem o capitalismo actual completamente desenfreado, em que nada lhes chega.
Hoje em dia, a maioria é desprendido das pequenas coisas, do local, do que temos.
Fica-se perturbado com o velho, com o que se pode remediar e quanto mais isso acontece, mais risco e mais morte se empresta às coisas.
A caridade não passa de um luxo, de um orgulho de feira.
As pessoas com demasiados luxos são ladrões, ladrões porque não permitem que o dinheiro circule com maior equidade e justiça.
O maior provincianismo, o mais estreitinho e faccioso é pensar-se que aquele que tem luxos, que prefere estes exotismos superficiais é um ser superior ou mais cosmopolita.
Suspeito dos que amam os luxos enfermam duma forma de sadismo encoberta e que eles próprios insistem nestas formas de vida porque são também perseguidos com essa ideia.
Obviamente que luxo não é sinónimo de beleza, de coisas bonitas.
Tenho para mim, que quanto mais nos rodearmos de beleza, melhor pensamos.

BOM DIA, PARDAL

PASSARINHO SIMPÁTICO E QUE ESTÁ EM TODO O LADO, JULGAVAS QUE ME ESQUECIA DE TI? NEM PENSAR!

sábado, 21 de dezembro de 2013

O ALBATROZ E EU


DESEJAMOS A TODOS OS NOSSOS AMIGOS UMA QUADRA NATALÍCIA BOA
NÓS VAMOS VOAR

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SABES UMA COISA...?


Estou saturada de esclarecimentos fáceis, é preciso que o difícil desça à rua para que se pressinta o que se espera afinal do ser humano.
Estou farta que chamem ponto fraco à sensibilidade.
Achas-te meu confidente, bloguinho?
Não o és completamente, senão corrias o risco de ser menos que uma pedra, se o fosses (és, és ;-) ), ficavas muito pesado, ficavas com o peso do meu espelho.
Agora queres saber quantos milhares de passos dei? Olha que tu... bem...
Os passos inocentes da minha vida não foram a maior fatalidade, sabias?
Desde que começaste a ter vida própria, já me interpelas e tudo.
Pois, entendi, queres saber aqueles passos mesmo meus, não os que vêm de fora e contra os quais usamos de força e decisão. Espertinho!
Desde que começaste a ter vida própria é isto, seu perguntador!
Eu tenho um "quid pro quo" contigo, tu sabes bem qual é.
Não te lembras?, pois eu avivo-te a memória: disseste em tempos que a reforma era um estado de desilusão. Eu sei que reforma para ti era no sentido lato, mas isso nunca ficou muito bem resolvido entre nós.
Sabes o que ando a tentar fazer desde sempre, em especial desde esse 'impulso egoísta' como também lhe chamaste, não sabes?
Ando a organizar o caos, o caos que há dentro e mim.
Não te rias, já sei que me disseste que isso fazia parte das ilusões e que me distraio com a vida que é um espectáculo e com as pessoas que são outro espectáculo e que eu gosto de espectáculos, da vida e muito de pessoas e que o tempo que me resta não chega para me dedicar à organização do caos.
Olha e também aquele outro pequenino decidendo para resolver, quando afirmaste que a vida não nos ensina nada e que somos mais asnos no fim do que no princípio e eu não te dei razão, mas sabes, acho que qualquer dia te vou dar, quando tu dizias: o principal não é saber, é sentir. Estou quase a dar-te razão.
Pois eu sei, falta-me o quase, sim, um QUASE enorme.
Olha, hoje ficamos por aqui, tenho tanta coisa para fazer que nem me cabe na agenda.

BOM DIA, PAÍNHO-DE-CAUDA-FORCADA

MUITO GOSTAS TU  DE ENFRENTAR VENTOS FORTES, É POR ISSO QUE GOSTO DE TI

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

cali mero cali...mero

CHINA- MUDANÇAS PROFUNDAS

algumas notas de um artigo que li no Expresso:

2ª ECONOMIA MUNDIAL

. 300 milhões de chineses vão radicar-se nas cidades até 2030
. as pessoas agora marcam encontros em cafés ou no McDonald's da esquina, MUITOS DELES ABERTOS 24H POR DIA
. Viver em Pequim implica antes de sair de casa, verificar a qualidade do ar. Há uma aplicação para smartphones ( a maioria das vezes poluído e gravemente poluído até e é recomendado usar protecção).
. o parque automóvel explodiu e nas províncias à volta, para aonde a siderurgia de Pequim foi transferida, o carvão continua a ser a maior fonte de energia (70%).
. antes era a bicicleta o meio de transporte mais utilizado, hoje Pequim tem mais de 5 milhões de automóveis e a Colina Perfumada e as outras montanhas à volta desapareceram da vista.
. no campo ganha-se em média 3 vezes menos, por isso a migração para a capital.
. no romance "The Dark Road", uma mulher grávida imagina o filho a trabalhar numa alta torre de escritórios.
. há 3 anos a China era um país maioritariamente rural- Em 2011, a percentagem da população urbana superou os 50% e dentro de duas chegara aos 70%. Na Europa três quartos da população vivem nas áreas urbanas. A acelerada urbanização, encorajada pelo Governo, é um dos novos motores de crescimento económico. 
. nos últimos cinco anos, o yuan valorizou-se 30% face ao euro.
. A "fábrica do mundo" já começou a deslocalizar-se. Um operário chinês ganha o triplo do vietnamita ou do indonésio.
. Pequim tem metade da área da Bélgica.
. cerca de cem milhões da população (7%) vivem abaixo do limiar da pobreza.
. uma pequena minoria tornou-se milionária (uns milhões, digo eu)
. a próxima etapa, dizem alguns é passar de "made in China" para "created in China".
. 26 milhões estudaram no estrangeiro, sobretudo nos EUA, a maioria não regressou.
.Um engº bioquímico a trabalhar na Califórnia diz: "aqui na China, os professores ensinam os  estudantes a responder a perguntas e a passar nos exames, nos países ocidentais ensinam a fazer perguntas".
.Han Han ,escritor diz: o que precisamos é de reformas, não de outra revolução.
. Os cargos políticos já não são vitalícios, estão a mudar de 10 em 10 anos.
. Duzentos milhões têm mais de 60 anos ( a idade de reforma é aos 55).
. Em 2012, pela 1º vez a população activa diminuiu. Por cada 120 rapazes nascem apenas 100 raparigas.
. Há 55 crimes sujeitos a pena de morte.
. O futuro da indústria fotográfica está na China.~
. 83 milhões viajaram para o estrangeiro em 2012, mais 18% do que em 2011. Dentro de 5 anos serão 200 milhões. As principais lojas nas várias capitais europeias já estão a contratar empregados que falam mandarim.
. 64 centrais nucleares.

e segue dentro de momentos este resumo resumido
....

BOM DIA, GAIVINA- PRETA

http://vimeo.com/5615017

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

BOM DIA, ALMA- NEGRA

A ALMA- diálogo

Chegou o teu dia, o dia de falar de ti, só de ti minha querida.
Para já e tu sabes muito bem, és altamente contraditória, às vezes até és mal aparada como um lápis curto e rombudo outras vezes, pareces uma caçadora de borboletas sempre de rede na mão.
Tens uns olhos negros, convergentes (às vezes), estrábicos e congestivos e penso se não serão os olhos da Justiça e por isso lhos vendaram.
Não sei se sabes que dizem que tu não existes.
Pois não sei, se és da classe dos constructos. Para mim como sabes, tens corpo, mãos, cabeça, pés, etc..
Já te vi, inclusivamente, com lágrimas nos olhos, pálida.
Já te vi em bairros de má fama, excêntricos como agora se diz.
Outras vezes e tu sabes muito bem, percebo-te o jogo e narro-te sem dó nem piedade e tu dizes com aquele teu ar pergamináceo, hebdomadário (estas palavras aqui não querem dizer o que querem dizer, convém referir, não vá alguém ler-nos, sabes que agora estamos editadas, ri-te, ri-te...).
Pronto, já me mudaste de lugar outra vez - "Aqui à minha esquerda...sim?"
Sabias que apontar é pecado, é tabu.
Mas olha como te estava a dizer, antes dos piropos, há pessoas que dizem que tu não existes, vê lá tu!
Algumas até me perguntam quando lhes marco um encontro contigo, a rirem-se de nós.
Nessas alturas, eu digo-lhes: é verdade que a Srª Alma está mais anquilosada e já não possui a agilidade necessária para trespassar indiscretamente as pessoas e os factos que as consciências interrogam e condenam. Isso é verdade, no entanto ainda aponta, 'mesmo assim'...
Lá estamos nós a falar ao mesmo tempo, como duas velhas, como toda a gente, ao mesmo tempo e sem se ouvirem ou ouvindo-se a si próprias apenas, certos de que ninguém os escuta.
Achas que já estamos a monologar em coro?
Sei, eu ouvi.
Retorno à simbólica da minha infância quando rezava o terço com a minha avó.
Queres dizer-me que eu sou a tua neta feliz?
Não, agora que já sou avó, somos da mesma idade e por isso te trato por tu.
É engraçado isto, não achas?
De te tratar por tu. Foste tu que rejuvenesceste ou eu que envelheci?
Como é possível dizerem que tu não existes, como é possível?
Pronto, já sei, é tudo possível nesta vida, nós é que não sabemos.
Até logo Alma, já sei que não és alminhas, eu não disse isso, sua pergaminácea hebdomadária!
Eu sei que tens autoridade, mas não exageres nos afectos, nos arrebiques.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

OCUPADA ESTOU EM ME DAR CONSOLAÇÃO

Hoje estou assim, apetece.me fechar as palavras e os sentires à fechadura.
Não quero que uma vez mais o meu coração se entorne livremente, sem dó nem piedade.
Não vou aumentar a edição.

Olá, ARRABIO

 
NÃO PASSAS DUM PATO GRANDE

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CAMINHA


MUNDO ASSUSTADOR, PORQUE ESTÚPIDO

Depois de ter lido o que a Clara Ferreira Alves, jornalista do Expresso, jornal ao serviço do capital nacional, escreveu como resumo dum livro feito por um jornalista americano, publicitando a Amazon e o dono da Amazon, um tal Jeff 'Star Trek' Bezos,  um Belmiro e Alexandre Soares dos Santos  americano, à escala americana  pensa-se global (yankee puro). Sabe algoritmos, coisa com que nunca me entendi, ao contrário dos merceeiros grandes portugueses, aqui há uma enorme diferença, além de não ter nascido no Marco de Canaveses, claro está.
De qualquer modo é assustador esta sociedade digital e o seu aproveitamento.
Comecemos pelo princípio: o que penso sobre o tema e que o resumo da senhora me veio trazer à ordem do dia:
O Sr. Bezos, nascido em 1964 é um americano com universidade feita em Princepton, na Columbia e com formação em engenharia de sistemas, ela não diz, mas deve ser.
É um rapaz que não gosta de ser mandado, não tem paciência para isso, aí tiro-lhe o meu chapéu, porque eu também não. Fez então o seu cursinho, mesmo com o riso alarve que tem como marca, arranjou mulher e até fez 4 filhos, 'no problem', tudo normalzinho se o rapaz não fosse mesmo americano de gema, esperto, até dizem que ele é sobredotado, aí, começa o problema.
Americano e sobredotado, se não mata os colegas na escola secundária e se suicida depois, porque não se sente enraizado e até tem um riso nada normal e começa a trabalhar, que não é dado a passear o cão até aos 39 anos e a cantar na banheira como o nosso queridíssimo Passos Coelho, mas este não tem culpa nenhuma de ser um subproduto português, tal como o outro, um subproduto americano, bem aproveitado pela época digital de que ele é filho.
Começou a trabalhar numa firma, uma tal D.E. Shauw & Co, pioneira no uso de computadores e fórmulas matemáticas para explorar padrões anómalos nos mercados financeiros globais, esta foi a parte que eu mais "gostei", como especialista em redes e sistemas, tinha quase sempre certezas e dormia no gabinete, sendo mal visto pelos colegas. Um yuppy achinesado portanto, achinesado por parte de dormir no gabinete, trabalhava com os mercados difíceis de Londres e Tóquio, chegando a chefe, claríssimo.
Recapitulando, o Sr. Bezos, dono e criador da Amazon é um americano que trabalha que se desunha,  pensando na melhor maneira dos outros não trabalharem. A última foi substituir estafetas e outros trabalhadores por drones.
Está nesta cruzada por dinheiro? Parece que não.Vive sem luxos, aparentemente. Então?
Quer, tal e qual como o Steve Jobs que até morreu, dizer ao mundo que é o maior, o mais visionário.
Dizem que sempre foi sobredotado mas que era expulso dos cinemas  por rir demasiado alto e não respeitar os outros.
Exactamente o Sr. Bezos continua, por certo, a rir muito e a não respeitar os outros, porque é um subproduto da cultura actual americana e daquilo que a digitalização pode causar, os tais danos colaterais. Nada que não soubéssemos antes, mas convém lembrar.
O mais assustador  é que esta cultura americana não está só na América e não acaba no Bezos, vai continuar e continuar, cada vez mais capitalista e mais desenfreada, ao ponto dos próprios mentores nem terem tempo para dormir numa cama.
A Srª Clara Ferreira Alves a " Bezos frustrada" cá do sítio, a que acha que é melhor que os outros e descobre tudo mais rapidamente, engana-se quando diz que o dono da Amazon, um yuppy americano, igual a tantos outros, pretende controlar o tempo e o espaço, criando assim o mito desde já.
O Sr. Jeff é um pobre diabo em que tem o tempo e o espaço a controlá-lo.
Terminou a senhora, copiando de outros, o que ela faz muito bem, já que faz copy-paste das revistas e livros americanos com meia tradução à mistura,  é nisso que se baseia uma grande parte do seu trabalho jornalístico, que o senhor Bezos é bom a minimizar o coeficiente de remorso, quando o pai biológico lhe mandou um e-mail e ele lhe desejou felicidades. Só o fez porque não é parvo e como detentor duma fortuna de 25 milhões de dólares, 12º homem mais rico do mundo, não está para aturar o paizinho que não lhe ligou nenhuma ao longo da vida.
Os Bezositos também têm destas chatices não resolúveis por algoritmos.

ANDANDO EU À PROCURA DA FERREIRINHA, ENCONTREI AS GAIVOTAS E AS FELOSAS

http://www.obimafra.com/galeria/aves?page=4

domingo, 15 de dezembro de 2013

E CHEGOU O RAIO DE SOL QUE ILUMINA A BANQUETA

escrito encriptado

Na verdade nada em nós muda muito.
Esta reincidência da Quadra Comercial, chamada natalícia, deprime-me, é a palavra exacta.
Quantos mais brilhos há, mais escuridões e choros encontro.
As luzes natalícias iluminam todos os tormentos.
Como gostava que este mundo actual não passasse dum terror nocturno e que ao acordar tudo fosse diferente.
As minhas meditações começam a ser a preto e branco e apenas flutuam como uma névoa acima do soalho.
As vidas cada vez são mais intermitentes e não há como fugir a estes estalos que nos dão todos os dias.
Claro, que há quem se desespere mais com estas fórmulas comuns de fazer política e todas estas cortesias das pessoas em Portugal.
Estes exercícios de abstracção que nos são cometidos, tornam-se cruéis aos meus olhos e a mais muitos milhares.
Eu sei que há muitos que nascem ensinados a não ter sentimentos nenhuns por servidores e sei que há quem aprenda a orgulhar-se de quem não presta, só porque "são importantes", eu sei disso tudo, eu sei até que uns e outros são a mesma gente com roupagens diferentes, mas continuo, por dentro, a expor-me à luz como quem desinfecta e espero sempre uma prestação de contas.
Mas as palavras perdem o corpo, ficam de rosto desfigurado e desde que se baralharam todas quase já não servem para nomear.
Tem que se ir buscar, algures lá para trás, palavras e sentidos antigos, aquelas que já estão no Museu como:
ALEGRIA, FELICIDADE, HONRA, DIGNIDADE, PALAVRA. 

BOM DIA, TREPADEIRA- DOS- MUROS


sábado, 14 de dezembro de 2013

NATAL PEQUENINO, MUITO PEQUENINO

Os sons caem das teclas que apaziguam a minha cabeça feita de várias fitas coleantes que me riscam as palavras que sinto, impronunciáveis que se misturam com os primeiros raios de sol que se reflectem no sofá de veludo romã.
Comigo sentam-se vários mortos queridos e sussurram-me ao ouvido Leninha, Helena, Querida, o Natal são só dois dias, fica bem e não te preocupes, nós estamos todos bem, glorificas-nos todos os dias, estamos todos vivos em ti e depois já sabes, Temos Asas, é só coloca-las, tirar-lhes o pó que ti não deixas ter e estaremos contigo num minuto.
Não sei se hei-de rir ou chorar, não façammmm isso, cócegas não!
É só para ver se tu te ris, andas uma pita chorona, acho que estás uma viva muita chata porque dramática sempre foste.
Estão cheios de imagens como eu?
Vamos todos abrir o cofre das imagens?
Já estamos a abrir aqui no vão da janela. Vem cá, olha o raio de sol já se foi.
Os penteados, as camisolas, as calças e as camisas começaram a murchar na sala pesada de aromas vários.
Paizinho, vamos à Foz?
Avó, vamos dar um passeio?, sim, de carro claro, depois almoçamos e eu mando vir a vitelinha com esparregado que tanto gostas, pronto. Sim, chamamos a Mariana, ela há-de vir com o Henrique e vais conhecê-lo.
Venham todos...eu sei...não posso continuar a tirar fotos às aves marinhas de Peniche... eu sei, é muito o vento, posso constipar-me...eu sei, mas tenho tantas saudades, tantas que continuo a olhar para as aves de Peniche.

OLÁ, SHREK!

ESTE É MEU VIZINHO

então não é que me saiu esta neve de brinde

e depois ainda dizem que não milagres...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

UMA DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ

Oitocentas pessoas para contar, um por um, os sem-abrigo de Lisboa


As sete mil ruas de Lisboa foram percorridas por centenas de voluntários da Santa Casa durante a noite de quinta-feira com o objectivo de contabilizar os sem-abrigo da capital. O número final é conhecido em Janeiro.

PRECISAMOS DE REABASTECIMENTO



Precisamos todos, uns mais do que outros, de reabastecimento urgente.
Esta existência está a interromper-nos os raciocínios normais.
Seres estranhos e silenciosos estão a mudar-nos a vida sem consentimento nosso e em pouco tempo a vida tornou-se estranha.
O mundo está a viver horrores e não está em guerra convencional e declarada, mas as pessoas continuam a morrer, a morrer à fome, a morrer de dor e sofrimento.
Todas as pessoas ditas "normais" não sabem que tudo é possível, mas é.
Quando visitei o Campo de Concentração de Mauthausen e as Catacumbas de Roma e o Museu da Guerra da antiga Jugoslávia, em Belgrado, fiquei a saber que nós não sabíamos de facto, que tudo é possível.
Hoje sabemos que mesmo sem disparem um tiro, homens e mulheres que mandam no Mundo, podem matar milhões e fazer-se ainda passar por gente de bem.
Exercem o horror como actividade e começa-se a ser vítima dele também como actividade.
Não estamos a falar de Campos de Concentração de hoje, mas da gente que sofre com a guerra financeira a que o mundo está sujeito.
Todos nós somos campeões e campeãs, mais estas do que aqueles de resistência à infelicidade.
Não temos tido tempo para desenvolver todos os sentimentos, todas as mágoas, elas sucedem-se com uma velocidade inaudita.
Somos empurrados todos os dias para mais esmagamentos, a um ritmo tal que nos amolga a alma sem dó nem piedade.


(este tema surgiu-me penso por ter adormecido com a ideia dos sírios que fizeram a viagem de avião até Lisboa)

BOM DIA, MELRO-DE-ÁGUA

ÉS MARAVILHOSO A DANÇAR NA ÁGUA

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

VIAGEM AO PAÍS DO AMANHÃ

Há um livro do Hermann Hess que se intitula "Viagem ao País da manhã", eu prefiro falar numa viagem ao país do amanhã.
Às vezes temos ideias lindas, ideias mágicas. A minha nova ideia,  que surge como um relâmpago, era pegar em toda a gente que está a sofrer e levá-la daqui para fora. Sairmos  e deixarmos estes verdadeiros miseráveis a falar sozinhos. Ninguém comprava nos merceeiros grandes, ninguém pagava impostos. Que bom que era, ficavam  com os empreendedores deles, os secretários-de-estado para mudar fraldas, com os futebóis e as mesas quadradas, redondas e oblíquas nas televisões, os Medina Carreira e convidados, as Judites de Sousa e as máscaras dos dias das Bruxas, tudo, tudinho ficava para eles, de prenda no sapatinho. Adeus audiências e depois o que acontecia?
Como que por magia viam-se todos deformados nos espelhos, os rostos agora brilhantes apareceriam a seus próprios olhos cheios de pavor e de pústulas irrevogáveis.
Desesperados queriam sair e ir rapidamente aos offshores para meterem o dinheiro em malas, mas não conseguiam nem malas tão grandes nem o dinheiro que já lá não estava.
Imploravam que o povo voltasse e o povo anunciou que só o faria quando os visse todos mortos e enterrados.
Nós, povo, sabíamos que era uma questão de tempo, que eles não sobreviviam sem nós.
Aliás já tinham apresentado 42 confissões a declarar o que iriam fazer, caso regressássemos.
O nosso representante, anunciou-lhes o que pensávamos: Só voltaríamos quando estivessem mortos e enterrados.
Enquanto isso e como era Natal, estávamos todos juntos, quentes e satisfeitos porque sabíamos que sem nós não durariam muito e que voltaríamos ao nosso lindo país, ao país que nós construímos e que é nosso.
É um belo sonho este  que me passou pela cabeça quando olhei para aquela bola de Natal brilhante e que me disse que só lá cabemos nós, eles não.
ELES estão há demasiado tempo instalados no nosso rectângulo, não os queremos com ordens muitas, fortunas várias.
CHEGA! BASTA! ACABOU COM ELES e como é Natal, a fada madrinha com a tal varinha fez  magia, transformou-os em neve, derreteu-os por assim dizer.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PÔE-TE EM GUARDA

para quem não tem o dedo o anel da Ordem, com as tais palavras do anel.


Há uma canção do Sérgio Godinho que tem esta frase e é isso mesmo que temos que fazer, pormo-nos em guarda.
Temos que possuir válvulas de escape, sumirmo-nos deste caos governativo, desta loucura capitalista, libertarmo-nos deste pesadelo.
É preciso compatibilizar a alegria com a liberdade da responsabilidade.
Não é nada fácil, mas tem que se conseguir, senão nada feito.
Há pessoas, muitas, que ainda estão naquela do parece mal, bem mas isso é outro capítulo.
E depois há tanto de instável e contraditório nas nossas almas. Temos ao mesmo tempo o desejo colérico de punir e o temor de punir. Queremos a repressão do crime, e a nossa vida está cheia de grandes e pequenos delitos escondidos.
Não monologar em coro por hábito ou necessidade, em guarda é preciso.
As pessoas engolem vorazmente aquilo que lhe dão para comer quase sem mastigar. Uma pena ver algumas iguarias sem lhes tomarem o gosto.
Um verdadeiro bota-abaixo sistemático e cego. A frustração de energias criadoras em frente dos reais valores que ficam em geral excluídos.
Para aguentar toda a mediocridade e pedantismo desta vida é preciso estar em guarda. Dançar, cantar ou trazer no nosso coração como força mais íntima e último consolo, aquele sonho louco da nossa juventude.
Põe-te em guarda!

BOM DIA, PLICANO-BRANCO

SEU ENORME!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

QUE SE DESILUDAM OS CUSCAS

Quanto mais nos desocultamos mais nos ocultamos, é assim como mais por menos na
álgebra.
Não se trata de luta de palavras, que se sabe que lutam, mas de arte da ocultação.
Normalmente, se não são estúpidas, este SE é muito importante, as pessoas a que os outros julgam que conhecem bem por falarem muito e dizerem tudo o que lhes vai na "alma" ou contarem muitas estórias, são as que menos dizem de si e as mais herméticas.
Há, em contrapartida, silêncios que falam e não só os de bem-estar entre amigos que já dispensam a voz, mas mesmo os outros para tentar ocultar estados de espírito.
Há pessoas que são como as paredes duma casa, quase curvam para não se poder passar, gente sólida na sua privacidade, de quando em vez abrem uma passagem para alguém caber.
Conheço/emos pessoas que falam como se de enxurradas se tratasse, no entanto, a maioria das palavras que proferem, apenas se referem a um imaginário submerso e surrealista.
Há muito aparato em quem quer ocultar a aparência e em quem gosta de coscuvilhar,  uma confirma-se em relação à outra.
Há também aparato de sobra, em especial em certas classes que se querem alcandorar, mas este deslumbramento e fascínio pelos seus reflexos sociais que pode ou não estar ligado à ocultação/desocultação, ficará para um próximo escrito.

BOM DIA, CARAJAU

no outro dia vi-te, és rápido a apanhar o peixe...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

o seu nome é Athena

BOM DIA, BUFO PEQUENO


DEPRESSÃO

Há muita gente a vestir-se com depressão e não a despe ao deitar.
Gente que vai aceitando e tomando antidepressivos e analgésicos vários. Uma grande parte das depressões hoje, quer dos jovens, quer dos pais dos jovens tem a ver com a subtracção que fizeram à sua vida.
A muitos se se lhes oferecesse vida, sairiam da depressão e estados depressivos em que se encontram.
Os jovens e os menos jovens não vêem um raio de luz à sua frente e parecem cristais quebrados, alguns até procuraram emprego, mas com o tempo seu inimigo, vão envelhecendo sem conseguirem nada e a própria angústia os faz desistir.
Apelamos sempre nestes casos para os poderes da vontade, mas cada vez se tornam mais esquivos, famílias inteiras que se isolam por não conseguirem manter os rituais sociais.
O capitalismo selvagem, as direcções europeias e os sucessivos governos apagaram muitas famílias.
Por vezes estamos demasiado cheios dos nossos próprios juízos, de preocupações e só pensamos em nós, resmoneamos baixinho a propósito e a despropósito e esquecemo-nos que os outros estão pior do que nós, mas calados.
Há gente que não quer expor-se à luz, sacudir as mágoas, porque só têm estas como companhia.

domingo, 8 de dezembro de 2013

ATÉ AMANHÃ, BLOGUINHO

40 anos

e a mesma divisão

DEVAGAR, DEVAGARINHOOOOOOOOOOOO

As pessoas andam muito devagar.
As pessoas pensam muito devagar.
Isolados podemos pensar melhor, mas não agimos melhor.
Os cidadãos têm que se unir, só unidos temos força.
Esta sensação pesada de para quê, tem que acabar, temos que reduzir a angústia.
Os médicos mandam andar como terapia contra o colesterol e diabetes.
Pois então, a terapia contra esta revolta contra o que o capitalismo selvagem mundial está a fazer-nos, é apenas uma: LUTAR até que possamos e sempre que a saúde nos permita.
Não podemos estar chateados durante anos. É uma escandalosa inépcia, concidadãos.
Perdemos muito tempo a perceber e depois de perceber, perdemos muito tempo a agir.
Há muita gente a mascarar-se de seriedade, a começar pelos governos e pelos políticos, para disfarçar as suas intrigas, mas um dia vão ser expulsos e vencidos.
Precisamos dum mundo feliz que perca de vista os manipuladores e os falsamente sérios.
Precisamos de gente com bom gosto.
Um país não se pode apagar assim, uma Nação tão antiga que nem o fascismo dissolveu, não pode ser maltratada, violada, morta desta maneira.
Temos que sair das páginas do livro que nos estão a escrever, saltar dessas páginas fatalistas e reescrevê-lo.
Temos de sair da cadeira, do sofá, do assento de espera.
O povo que é maioritário não consegue dar uma volta à minoria?
Não podemos consentir nesta matança do Presente e do Futuro.
Temos que engrossar os espaços de luta, quer estejamos ou não a mais de 80% de acordo.
A maioria parece hidrópica, a quem a vida e o país fechou numa sala a ver televisão e a  olhar para o nada.
TEMOS QUE NOS INFILTRAR, INTRODUZIR EM TUDO QUANTO POSSAMOS PARA SUBVERTER ESTA MAIORIA SILENCIOSA FASCISTA.
Há uma conspiração silenciosa de extrema direita que está  em marcha com os tecnocratas.
NO PODER ESTÃO FORÇAS NÃO DEMOCRÁTICAS.
SEJAMOS MAIS CÉLERES, MAIS RÁPIDOS!

BOM DIA, ABIBE

ÉS DE FACÍLIMA IDENTIFICAÇÃO COM ESSE TEU PENACHO

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

EU, EU E EU

Meu querido diário,

Não tenho tempo para ti, tenho que sair já, mas gostava de mentalmente te dizer "Caramba, estou hoje mesmo em forma", mas não será o caso.
Continuo a pensar nos quatros pontos cardeais do sofrimento humano, dos palácios e casebres e estou  inquieta e frustrada.
Às vezes falam que eu falo muito em ti, que é o mesmo que dizer mim, dá-me vontade de rir. Em quem hei-de falar contigo que és o meu Eu se nem a mim conheço bem?
Esta coisa de eu me guiar pela minha própria cabeça, este hábito, esta rotina que tenho desde sempre, é má, não é bloguinho? O meu gesto de ser livre e consciente merece uma ida ao psiquiatra, diz lá. Não, não é ideia fixa, mas posso dizer-lhe que é, ou até chamar-lhe mania sei lá, e ele dar-me umas pílulas para a minha cura, talvez mesmo me ponha a dormir durante um mês, o que dizes?
Mas nós sabemos, Eu mais Eu que é como a quem diz Eu e tu, que seria fita minha e já agora tua também, que o induziríamos ao engano, porque sabemos que é infortúnio mesmo, quando comecei com esta liberdade.
Bem, vou saltar daqui e vou para o nós, para a sociedade, caso contrário, ainda haverá alguém e tu sabes, que tudo é possível e que dirá:
"Sabes do que sofres, sabes? E tu que és Eu, dirás, de quê? Diz-me rápido que eu não tenho tempo?
Vai e volta e eu digo-te, dizes tu que sou Eu e eu respondo-te: já te conheço seu gaguito mental, queres dizer desmo, desmo, diz vá lá. Ouviste, leste isso em qualquer lado e agora achas que podes dizer assim os palavrões? Desmo teratofilia lembras-te da literatura? Estás muito letrado em matéria de palavrões.
E tu: teratofilia, é esse o teu termo!
Bem, fizeste-me rir a sério. Estás armado em psiquiatra, psicólogo clínico, sexólogo, és um PONTO! Esse diagnóstico é do domínio do Mito, olha estou sem tempo, depois explico-te. Fica bem que bem precisas. Até!

Cansaço

Acabei de eliminar o último escrito sem querer e não consigo recuperar, fiquei triste, mas pronto é a vida. Acabo assim a semana.

BOM DIA, ALFAIATE


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

GRANDE HOMEM

MORREU NELSON MANDELA

OS OCIOSOS


Falar de ociosos e de ociosidade são coisas muito diferentes,não são?
Se calhar não, se calhar sim.
As sociedades  são economicistas,querem tudo a trabalhar.
As pessoas, duma maneira geral, têm medo da liberdade, em especial, da liberdade de terem tempo sem agenda preenchida, não sei se faz parte do horror ao vazio.
Conheço gente que não vem para a reforma primeiro porque tem medo do depois, de não ter o dia programado pelos outros. Normalmente são os mesmos que dizem que o desemprego grassa.
Aqui, na aldeia, se veem uma pessoa a trabalhar nalgum organismo em que o seu lugar possa ser ocupado por outro trabalhador desempregado é muito mal visto. Eu acho o mesmo.
Quando a pessoa se reforma vem logo uma catrefada de amigos e familiares, conhecidos e não conhecidos perguntar o que se está a fazer, continuando com aquele raciocínio pobrezinho de "agenda cheia". Só tem préstimo uma pessoa pelo que faz, não pelo que é.
Não dão tempo para se envelhecer devagar, para não se estagnar no tempo.
Tem que se dar tempo ao tempo, sempre ouvi dizer e concordo.
As pessoas precisam de tempo para si, para a ociosidade, para olhar para o tecto se quiserem, para pensarem.
Nunca se criou nada quando se trabalha  8 e mais horas diárias. O tempo vendido não é criativo.
Há pessoas muito invejosas e muitas pessoas invejosas, mas as emoções só parecem invisíveis, já que quase sempre se detectam.
Há pessoas que não limparam suficientemente a sua vida e nunca o conseguem fazer por falta de tempo e chegam a desprezar aqueles que tempo têm,porque foram programados para valorizar apenas o trabalho, não a ociosidade, nem que essa seja criativa.
Há muita gente a "matar o corpo" a trabalhar e não sabem fazer de outra maneira.
Como vão encontrar o que se perdeu dentro de si mesmos?
Só por um golpe de asa o conseguirão.
Talvez sejam "felizes" aqueles que não têm tempo para pensar sobre o tempo, quiçá?

QUANDO O SOL DÁ


BOM DIA, ANDORINHA-DAS-ROCHAS



aqui, não raramente, se veem pássaros mortos na estrada

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ATÉ OS BANCOS E AS COMPANHIAS DE SEGUROS "SÓ" ACREDITAM NO AMOR

eis a publicidade de agora

DIREITA E ESQUERDA MARCHAR

entrevista feita a mim por mim própria (com informação wikipediana)

O QUE ENTENDES POR DIREITA E ESQUERDA?
São sentidos de orientação.

entrevistadora sorrindo: HÁ GENTE QUE CONFUNDE DIREITA COM ESQUERDA, NÃO HÁ?
Claro, como em tudo, aqui também pode haver patologias. Há gente mal lateralizada, sempre houve.

PORQUE SE CONTINUA A LIGAR À POLITICA ESTE CONCEITO?
Não é de agora, vem da Revolução Francesa, como sabes, desde 1789. Os políticos que se sentavam à direita da presidência parlamentar eram favoráveis ao Antigo Regime, partidários do Rei, por oposição aos partidários da Revolução, que se sentavam à esquerda.

QUANDO COMEÇARAM AS CONFUSÕES ENTRE DIREITA E ESQUERDA?
A partir daí, logo nessa altura, o Barão de Gauville dizia: "Nós começamos a reconhecer uns e outros. Os que são leais ao Rei e à religião  à direita, de modo a evitar os gritos e as indecências dos que se sentam à esquerda. Mas logo nessa altura a Direita se opôs a esta disposição parlamentar porque diziam que os deputados apoiavam interesses particulares ou gerais mas não formavam facções ou partidos políticos.

E ONDE SE SITUA A DIREITA FILOSOFICAMENTE?
Mais ideologicamente do que filosoficamente, situa-se hoje em dia, nos neoliberais, nos conservadores americanos, nos fascistas e reaccionários de todas as classes.

NO ENTANTO HÁ QUEM CONSIDERE QUE A DIREITA E A ESQUERDA ESTÃO MAIS DILUÍDAS E NÃO SE DEVE SEPARÁ-LAS APENAS POR UMA LINHA, O QUE ACHAS DISTO?
Não é de hoje o fenómeno, já no séc. XIX assim era, para não irmos mesmo ao séc. XVIII. Com a Restauração em França (1814/15) os clubes políticos foram de novo formados. A maioria ultra-monarquista escolheu sentar-se à direita, os "Constitucionais" sentaram-se ao centro, enquanto os Independentes sentaram-se do lado esquerdo.
Em 1914, a metade esquerda da legislatura francesa composta por socialistas unificados, republicados socialistas e radicais socialistas, sentavam-se à esquerda enquanto os partidos que foram chamados de "esquerda", sentaram-se agora do lado direito.
Havia pois assimetria na utilização dos termos direita e esquerda. A Direita negava  que o espectro Esquerda-Direita fosse significativo porque o viram como artificial e prejudicial à unidade.
A Esquerda buscava a mudança da Sociedade e já Émile Charter, em 1931 dizia: "Quando as pessoas me perguntavam se a divisão entre partidos de Direita e Esquerda ainda faz sentido, a primeira coisa que me vem à mente é que a pessoa que faz a pergunta não é, certamente, de esquerda".
Hoje, investigadores na área da política, dizem que as ideologias se podem mapear num único eixo Esquerda/Direita, outros dizem que se trata duma redução política, como Friedrich Hayek ou Mário Henrique Simonson.

ACHAS QUE A DIREITA ACTUAL SE APODEROU DE VALORES DA ESQUERDA?
Não é de hoje que isso acontece. No Manifesto do Partido Comunista, Marx dizia que a classe média pertencia à Direita e entendia por classe média, os pequenos fabricantes e comerciantes, artesãos e camponeses. Dizia: não são revolucionários, mas conservadores, mais ainda, reaccionários, pois pretendem fazer girar para trás a roda da História.
Já no  séc. XIX  a questão se colocava.

O QUE ACHAS PESSOALMENTE, CONSIDERAS ESTA QUESTÃO MÍTICA, AFECTIVA?
Considero que a direita se tem vindo a apropriar cada vez mais dos valores da esquerda porque lhe dá jeito, é sempre a direita que fala do sentido redutor do eixo Esquerda/Direita, blábláblá e não ao contrário, embora o partido socialista português já no tempo do Soares metesse o socialismo na gaveta.
Voltando à França que foi aí que tudo começou, a Esquerda tem sido chamada o "partido do movimento" e a Direita "o partido da ordem", mas cada vez mais verificamos que a ordem francesa está no partido socialista que se diz de esquerda, tal como cá.

PORTANTO SE BEM PERCEBO, CONSIDERAS QUE CONTINUA A HAVER UMA DIREITA E UMA ESQUERDA BEM DEFINIDAS?
Evidentemente. Há uma esquerda bem definida, como há uma direita mas nem sempre está nos partidos que a reivindicam.

PODES EXPLICITAR UM POUCO MELHOR?
Claro, por muito marxistas que sejamos e eu sou-o, temos que perceber que as sociedades mudaram. Hoje não há operariado em Portugal, existe muito pouco. A classe média empobreceu drasticamente, estando mesmo ao nível do operariado do séc XX, os proletários, por efeito da emigração, tornaram-se burgueses de cabeça. Evidentemente que não é por ter havido esta troca de classes que o reacionarismo diminuiu nas classes médias, antes pelo contrário, aumentou.
Hoje, são reaccionários os antigos reaccionários mais os novos reaccioinários.
Não havendo operários, não há consciência proletária,  da classe operária e a Direita cresce e fermenta.

O QUE FICA DO LADO OPOSTO?
Pois aí é que está, fica muito pouco. Ficam apenas os conscientes politicamente e intelectualmente de todos os grupos sociais e políticos. Muito mais haveria para dizer, mas devido ao adiantado da hora, ficará para outra vez, sua perguntadorazinha.

BOM DIA, FELOSA


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

BOA NOITE, HELENA DIAS E GL





Estou com uma média de 100 pessoas diárias, baixou de 150 para 100, mas não faço ideia quem sejam, a não ser as duas "meninas" QUE FAZEM O FAVOR DE DIZER ALGOOOOOOOOOO :) , portanto merecem que o bloguinho lhes dedique uma canção

CHAMINÉ DA MOTA




AS PESSOINHAS

São tão queridas as pessoinhas
Dizem palavrinhas tão bonitinhas.
Tampam e destampam as conversinhas com mil cuidados
Repassam-nas com muito carinho.
São tão riquinhas as pessoinhas de esquerdinha e direitinha
que metade da verdade já lhes pertence,
só lhes falta agora a outra metade.
As pessoinhas mesmo que se odeiem tramam matrimónios entre si,
como forma de adiar desgracinhas inconvenientes.
Queridas pessoinhas que dizem sempre que dizem tudo o que sentem.
Pessoas formadas de óvulos esperma visigodo, celta e latino.
Fazem golpes todos palacianos
E dizem palavrões ao fim-de-semana, tal e qual os políticos
quando se põem sem gravata.
Lindas são as pessoinhas que se acham todas mestres.


AGORA APLICADO AOS FACEBOQUINHAS


Os faceboquinhas são tão engraçados
Fazem as bocas com mil cuidados
São para os "correligionariozinhos"
Que costumam ter
Que os faceboquinhas
As vão fazer.

Nos bicos trazem coisas pequenas
E os "ninhinhos" fazem
De musgo (estamos no Natal)
E copy-paste (não rima, mas é verdade)

Depois, lá têm
As suas seitinhas,
Tão grandinhas ou pequeninas
Ao pé de si.

Nunca se faça
Mal a um muralzinho
À linda graça
De um faceboquinhas!

Que nos lembremos
Sempre também
Do mural que temos,
E da nossa boquinha ou seitinha (conforme quiserem :) )

BOM DIA, GAIO


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

BOA NOITE, BLOGUINHO


BOCADINHOS DA MINHA TERRA








BOM DIA, MAÇARICO

PICO, PICO, QUEM TE DEU TAMANHO BICO.

DIFERENÇAS QUE PODERIAM NÃO SER

Não  há dúvida que os países do sul são diferentes dos países do Norte, para o bem e para o mal.
No Sul nega-se o tempo, no Norte há uma maior necessidade sempre de saber coisas concretas e essas coisas, no Sul, não são o essencial.
No Norte há maior segurança do que no Sul. Os partidos podem mudar, mas a essência, a estrutura dos países não é tão abalada assim.
No sul há um maior desespero com as fórmulas comuns e os homenzinhos gostam de brilhar em palco.
Tudo isto é o mesmo que dizer que as democracias no Norte são mais antigas que no Sul e que é essa longevidade do sistema que faz toda a diferença.
As pessoas no Sul dão-se uma importância que realmente não têm e o trabalho é encarado de outra maneira.
O fosso que se cravou entre Portugal e a Europa foi tecnológico fundamentalmente na 1ª e 2ª Revoluções Industriais.
As pessoas não são muito diferentes, mas os sistemas políticos e sociais foram-no de há muitas décadas atrás e isso faz toda a diferença.
A quantidade de pessoas que não tem nada no Sul, é algo de aflitivo.
Os regimes totalitários em especial, o de Salazar, fez muitos analfabetos e foi este mundo que semeou estas gerações de agora, que julgam que por terem estudado mais um bocadito, já são doutores e importantes e parecem ter o rei na barriga neste país de licenciados incultos e desinformados, retirando todos os outros que nem sequer estudaram para o ser.
Países em que o consumo é muito superior à produção. Países a que os países do Norte, os que produzem, queriam vender, mas de tanto os empobrecer, ficaram com excesso de produção. A ganância foi muita e não pararam para pensar.
Os países do Sul oscilam em permanência entre o grotesco e o sublime, entre a naturalidade e o mito e agora os do Norte começam a assemelhar-se por razões diversas.
Ainda não aprendemos a olhar-nos de frente. Precisamos de um olhar intenso e urgente, para não termos apenas um olhar angustiado como o de um cão.
Resmoneamos como  de reza se tratasse. Gastamos muito tempo nesta forma de "luta".

domingo, 1 de dezembro de 2013

TENTANDO, TENTANDO FICAR MENOS TRISTE

CASAS DO PORTO

http://ascasasdoporto.blogspot.pt/

EXORTAÇÃO/COMEMORAÇÃO 1/dezº/1640 -1/dezº 2013

Até aqui lutei/lutamos por Liberdade.
Hoje luto por Independência.
Quero independência do novo capitalismo e fascismo nacional e estrangeiro a que estamos subjugados.
Não quero estas lagartas gordas que estão e têm estado no poder.
Não quero estas múmias como presidentes nem que seja de junta de freguesia.
Não quero estes ratos armados em chefes de alguma coisa, até do meu país.
Não quero estes homens e mulheres que abanam e dobram a cabeça mais ou menos submissas ou procuram com fingida repulsa, fintas várias e insultos.
Não deixamos de ser o país das meias solas, como dizia Aquilino, agora não literalmente, porque as meias solas custam mais que sapatos chineses, mas somos o país das meias solas mentais.
Continuamos com a cruz às costas enquanto os políticos que fazem os ricos e os ricos que fazem os políticos andam todos a pandegar à nossa custa.
Não somos uma nação de rapina, mas muitos gostavam de ser, senão não se deixavam rapinar desta forma.
Só quem tem esta ambição pode compreender e aceitar as nações e os governos de rapina.
Já não é só a Europa a olhar para nós com um desdém manifesto por nos considerar medíocres, por aceitarmos todas as cangas que nos impõe, mas o mundo todo. Condideram-nos uma raça de estúpidos.
E se continuarmos assim, é mesmo o que somos.
Estamos a ficar um país chaguento e adusto.
O verdadeiro triunfo é o prestígio próprio como dizia Juan Benet. Temos cada um de nós levantar a cabeça e fazer alguma coisa pela nossa terra, pelo nosso País.
Cada um de nós tem que dar o melhor que tem e colaborar num país Independente e Livre.