sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

e pela noite chegou-me esta preciosidade

http://joaomoita.blogspot.pt/2014/02/poesia-e-solidao.html

Prokofiev- Piano Concerto No. 2 in G minor Op.16, Freddy Kempf (pf)


A AMIZADE TAMBÉM NOS SALVA

Andamos gementes, com dores de alma, mas de repente temos uma boa notícia e somos convidados para um almoço entre amigos, para celebrar a Vida. Um almoço à antiga, preparado com amor e vem-nos à memória, aqueles gostos (im)permanentes e já não sabemos quantos séculos tem a nossa amizade e passamos a ouvir harpas em vez de gemidos.
Eis que chegados somos e rimos às cascalhadas, as dietas acabaram-se e comemos tâmaras enroladas em salmão, ananás com camarões e isso só para começar.  Arredondávamos o gosto à amizade, saboreando o encontro.
Sorvemos haustos de ar mesmo com as janelas fechadas.
Falamos todos ao mesmo tempo e celebramos a vida.
Faltava-nos um que esteve impedido de comparecer, mas estava connosco pelas vezes que foi falado.
A política ficou de fora porque sabemos  todos nós que sentimos igual, mesmo pensando diferente e somos todos lindos aos nossos olhos.
E é sempre como se inventássemos a amizade e vem-nos aquela vontade imensa de mergulhar dentro dela mais e mais

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

BOM DIA, ROLA-BRAVA

Identificação

Do mesmo tamanho que uma rola-turca, caracteriza-se pela
plumagem mais escura e menos uniforme, especialmente no
dorso e nas asas, distinguindo-se o seu padrão malhado. A
barra branca da cauda é mais estreita que a daquela espécie e
no pescoço tem um conjunto de riscas pretas e brancas, que
apenas se vê a pequena distância.



Abundância e calendário

Outrora extremamente abundante, a rola-brava vem
experimentando uma tendência regressiva desde há várias
décadas e é hoje pouco comum na maior parte do território a sul
do Tejo; a norte é mais comum, particularmente no nordeste.
Tem uma distribuição ampla mas ocorre geralmente em
densidades baixas no sul do país. É uma ave migradora, que
chega geralmente em Abril e parte em Setembro (neste último
mês observam-se, por vezes, bandos de migradores).









Abundância e calendárioOutrora extremamente abundante, a rola-brava vem
experimentando uma tendência regressiva desde há várias
décadas e é hoje pouco comum na maior parte do território a sul
do Tejo; a norte é mais comum, particularmente no nordeste.
Tem uma distribuição ampla mas ocorre geralmente em
densidades baixas no sul do país. É uma ave migradora, que
chega geralmente em Abril e parte em Setembro (neste último
mês observam-se, por vezes, bandos de migradores).

A Cena do Ódio (Parte III)


A Cena do Ódio (Parte II)


A Cena do Ódio (Parte I)


A EUROPA É PIMBA

A Europa nunca foi grande coisa mas agora é demais e tudo que é demais é veneno, já ouço dizer desde pequenina.
Uma Europa que gosta da Joana Vasconcelos tem que ser pimba. Uma Europa que tem como presidente um Barroso de Valpaços/Lisboa chamado cherne na intimidade, tem que ser pimba. Uma Europa que gosta duma Alemanha gorda tem que ser pimba. Uma Europa que gosta duma França fraquita tem que ser pimba.
A Europa é pimba a escolher os seus dirigentes, apenas é robusta na aparência.
A velha Europa culta, a que toda a gente queria pertencer, até mesmo os E. U. da América, hoje é uma lenda.
Se houvesse União Europeia não se falaria em Mercados, onde há mercados há lucros, não há união nem amizades.
A Europa está seca de alma, é violenta e apoia as guerras imperialistas dos Estados Unidos, é uma sua filial.
A Europa criou-se um sítio de egoísmos vários, um sítio mal frequentado, quase um prostíbulo.
A América quis em tempos ser como a Europa, era chique, hoje a Europa quer ser como a América.
Não sei se a decisão é mudar a geografia e mudar tudo, mas que apetece até apetece.
É um cansaço pertencer à Europa.
Há aquele conselho matemático que se deve acreditar em metade da metade, já que não há método infalível, mas de facto, metade da metade é muito no que respeita à Europa.
Quem achou que não tínhamos com quem falar e que tínhamos que falar com alguém foi o Mário Soares, sempre o inefável MS.
Quem disse que não temos com quem falar? Temos sim, temos os povos explorados do mundo, esses não nos querem o País, não nos querem hipotecar. Se nos unirmos todos, somos mais que a Europa e a América juntos.
Porque nos queremos os náufragos da história? Não temos que o ser.
Obedecemos cegamente aos carrascos. Não temos que o fazer, temos que os enfrentar, enfrentando-nos.
O crime do criminoso é não sentir o seu crime. Está na hora de nos libertarmos das correntes e deixarmos de ser escravos.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

BOM DIA, MOCHO-GALEGO

Identificação

Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção
pela sua característica silhueta arredondada. A plumagem é
castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. As
suas vocalizações, que fazem lembrar um latido, são facilmente
audíveis, podendo ouvir-se vários indivíduos a responder uns
aos outros nas zonas onde a espécie é mais comum



Abundância e calendário


O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se
de norte a sul do país. É uma espécie residente, que está
presente no país durante todo o ano.
É particularmente frequente em terrenos agrícolas com algumas
árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas
ou amontoados de pedras, que usa para nidificar. Está ausente
em zonas de altitude, bem como em áreas densamente
florestadas.

Paco de Lucía y Chick Corea (+lista de reprodução) Morreu Paco de Lucia


BOM DIA, MAÇARICO-DAS-ROCHAS

Identificação

Pequena limícola castanha e branca. A cabeça, o peito, o dorso e as asas são castanhas. O ventre é branco,
sem riscas, sendo a linha divisória bastante bem marcada. As patas são cinzentas ou esverdeadas.
A característica identificativa que mais facilmente permite separar esta espécie de outras limícolas é a
pequena “língua” branca que a plumagem forma de ambos os lados do pescoço.


Abundância e calendário


O maçarico-das-rochas é uma espécie relativamente comum em Portugal e distribui-se um pouco por todo
o país, mas como raramente forma grandes bandos não pode ser considerado uma espécie abundante.
Frequenta todo o tipo de zonas húmidas, sejam elas de água doce, salobra ou salgada.Pode ser observado
ao longo de todo o ano. Na época de reprodução é relativamente escasso e ocorre sobretudo na metade
interior do território. Fora da época de reprodução é mais comum, ocorrendo então com regularidade em
praticamente todas as zonas húmidas do litoral português.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

última continuação da continuação (BEST OF)

e digo eu: para a próxima levo gravador. Porquê? Porque se perde imensa coisa, embora muita coisa que é dita  não interesse a ninguém.


"A língua transporta valores, inscrevendo-se no património imaterial da Humanidade. Exemplos: os escravos abrem as vogais; Timor  tem valores dos invasores" - Adriano Moreira

"Não acontece nada em Portugal, mas tudo é feito por uma maioria silenciosa. Há uma Confraria da Imoralidade. O cardeal é  o 1º Ministro, os noviços -secretários de Estado, por exemplo" - João de Melo

"A palavra foi a origem do pensamento. Criação e revelação são a essência da poesia. A Poesia tem um poder subversivo e libertador" - António Gamoneda

"A cultura ocidental atravessa a maior crise que atravessou ate hoje, não propriamente uma crise europeia, é uma crise que vem do centro dum sistema que não tem centro. É uma espécie de crise sem sujeito. Estamos vivendo como uma civilização planetária, num momento de mudança de paradigma. E a cada dez anos é como se mudássemos de cultura, de planeta. A resposta só pode vir do futuro, talvez um anjo insólito como o Benjamim nos traga a chave".  - Eduardo Lourenço

" A poesia é a mais íntima de todas as resistências" - Uberto Stabile

"A poesia é a tentativa de tradução da idealização" - Inês Santos

"A poesia é verdade e como arte é imperfeição" - Luisa Amaral

"A poesia é uma voz única que se exprime sempre de maneira forte e trouxe para a conversa poetas como Fernando Pessoa, José Régio e António Botto - Artur Cruzeiro Seixas

" A nova geração de escritores parece-se com a geração da década de 40 e 50. Portugal mudou e a literatura mudou a partir de 80/90. O leitor mudou e o escritor mudou e vice-versa"- Miguel Real


Editoras representadas (já que este encontro é cada vez mais de editoras que apresentam os seus produtos (livros e escritores que cada vez são menos independentes para escreverem o que querem)

Ed. Sextante
Ed. Caminho
Ed. Don Quixote
Porto Editora
Ed. Quasi

e deve haver mais, estas são as que me apercebi à primeira vista

Nota pessoalíssima: Este Encontro como todos os outros do género, são fundamentalmente para publicitar autores e livros. O público curioso é o potencial comprador, servindo de teste/barómetro para novas literaturas e novos escritores a lançar, etc.
Se se tratasse de moda, digamos que seria a nova Colecção Primavera/Verão para os editores e para o livreiro de serviço (= banca de livros exposta no local) ainda acrescentam a  componente escoamento de stock, já que os livros que aqui vendem dos autores, mesmo que sejam do princípio da sua carreira literária têm um custo actualizado.
 

Sainkho Namtchylak. Dance Of Eagle (+lista de reprodução)


cont. III

"a poesia começa quando o idiota diz do mar: parece azeite" Luisa AmaraL

http://tempocontado.blogspot.pt/ - blog do J. Rentes de Carvalho

(agora não tenho tempo para mais, logo continuo, ok? Isto até dá trabalho, não dá?9

BOM DIA, IBIS-PRETA

Identificação

Inconfundível, pela forma curvada e longa do bico, e pelo tom uniformemente castanho-escuro. Por vezes,
conseguem-se observar os reflexos esverdeados nas asas dos adultos. Ave de dimensão média-grande,
pode desaparecer facilmente por entre a vegetação nos locais onde se alimenta, possuindo um pescoço
comprido como se fosse o prolongamento do bico longo e encurvado para baixo. As patas compridas e
escuras permitem-lhe caminhar sobre a vegetação e na água.


Abundância e calendário

Espécie presente no nosso país durante o ano todo, sendo mais
abundante nos meses de Inverno, entre Setembro e Março.
Como nidificante, apenas são conhecidas duas tentativas
recentes de reprodução, ambas no vale do Tejo. Pode formar
bandos de algumas centenas de aves, embora o mais comum é
encontrarem-se aglomerados de algumas dezenas, tratando-se
de uma espécie pouco comum e de distribuição muito localizada





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CONT.II

Rilke (citado por João Moita) - "temos de aceitar a nossa existência, por mais longe que ela chegue; tudo nela tem de ser possível, mesmo o inaudito. É no fundo esta a única forma de coragem que nos é exigida: que encaremos ousadamente o mais estranho, o mais fabuloso e o mais inexplicável"

"a primeira vez que fui a Paris tinha 14 anos. Estava numa cama de hospital e ofereceram-me o livro Paris é uma festa, de Ernest Hemingway. Através desta obra viajei atá à capital francesa e, quinze anos mais tarde, quando realmente visitei Paris pela primeira vez, estive à procura dos sítios que Hemingway descreve no livro. Essa é a importância dum livro" - Ivo Machado

"amor e morte são os temas mais recorrentes de toda a poesia. Funcionam para o poeta como o fogo funciona para o ferreiro, isto é, como o meio que lhe permite dobrar o ferro e moldá-lo. Amor é fogo, mas também carne e dor. É a descoberta do outro, porque o que realmente importa é o mistério do encontro. É do coração que tudo nasce e que é no coração que tudo tende a instalar-se, até o Mal" - Inês Fonseca Santos, jovem poeta

"Ser poeta é condenar-se a uma espécie de purgatório dentro do 0,01 do Orçamento de Estado que sobra para a Cultura, quanto sobra para a poesia? zero. Numa livraria em Lisboa, entrei e procurei pela secção da poesia. Não havia nem um livro. Nada. Porque diabo  insiste um poeta, então, em escrever? Má sina, masoquismo? Não. Um poeta traz-se à perna de si mesmo porque hoje mais do que nunca, o mundo precisa de poesia. Num tempo de abismo como este, o mundo precisa de poetas porque são aqueles que mais se abeiram do abismo. Como é sabido, só quem se abeira do abismo consegue olhar para cima, ver de novo, ver a luz com renovado olhar de espanto" - Pedro Teixeira Neves - jovem poeta

Bill Evans - All The Things You Are


fotos de alguns escritores presentes nas Correntes 2014



1º António Mota

2º Luís Filipe Castro Mendes

3º José Rentes de Carvalho e Onésimo Teotónio Almeida

continuando com as aprendizagens literárias

hoje apenas colocarei aqui algumas frase ditas pelos escritores nas Correntes d'Escritas 2014


"amar a vida exige todas as coisas e mais algumas. A vida é extraordinária mesmo quando é infeliz e má"- Cruzeiro Seixas

"literalismo é um dos perigos que está um pouco a regressar, dado que as pessoas comunicam muito através das redes sociais e, às vezes, são incompreendidas quando usam de alguma ironia" - Ana Margarida de Carvalho

"nunca dizemos aquilo que verdadeiramente somos, apenas dizemos aquilo que queremos que os outros saibam a nosso respeito"- António Mota

"pela primeira vez em Portugal, temos uma mediania intelectual muito alta. Isso é uma coisa que só se consegue conquistar em democracia. O nível cultural de um povo é medido pela sua mediocridade, ou seja, quanto mais alta for a mediocridade, mais cultos somos todos nós"- Hélder Macedo

" Portugal mudou, a literatura mudou. O escritor mudou porque o leitor mudou e vice.versa. Há centenas de palavras novas que surgiram a partir da década de 90. Há novos tipos de tratamento entre as pessoas e também a literatura tem novos tipos de tratamento" - Miguel Real

Miguel Real chamou a atenção para "a pulsão ficcional fortíssima da nova geração de escritores portugueses"

e amanhã há mais



BOM DIA, ABELHARUCOS

já conheces, mas são bonitos

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Prémio Casino da Póvoa

MANUL JORGE MARMELO, nasceu em 1971, no Porto. Estreou-se na literatura em1996 e já publicou mais de 20 títulos. UMA MENTIRA MIL VEZES REPETIDA, prémio Casino da Póvoa.

IMAGENS - 15ª CORRENTES D'ESCRITAS

 



1º - Vergílio Alberto Ferreira

2º- da esquerda para a direita - Uberto Stabile poeta Valenciano; José Mário Silva- moderador e
 Manuel Rui- - poeta angolano com muita ficção publicada

3º - Eduardo Lourenço

RESUMO, RESUMIDO, DAS CORRENTES D'ESCRITAS

15º ANO DE CORRENTES (www.cm-pvarzim.pt )
dias 20 a 22  de Fevereiro

A conferência de abertura coube a Adriano Moreira sob o título "A Língua e o Saber", onde o apresentador, José Carlos Vasconcelos, tratou de clarear bastante o curricullum político do convidado, no meu ponto de vista.
A revista das Correntes foi este ano dedicado a Maria Teresa Horta.
O local escolhido foi o Hotel em que ficaram hospedados os participantes,com 600 lugares, sempre lotados.
Há um espaço de venda de livros dos autores que participam e outro de apresentação de novos livros a publicar ou publicados daqueles escritores. Assim sendo, há um enorme interesse dos editores no certame literário. No início este encontro literário anual foi uma ideia da Câmara Municipal da cidade que criou uma equipa para trabalhar todo o ano na feitura do encontro. Hoje, o Presidente é outro, mas a equipa é a mesma, aliás o vereador da Cultura actual era o antigo presidente da Câmara.
A assistência é composta, maioritariamente, de professores(as) reformadas e no activo e muitas outras profissões, chegando-se ao ponto de pessoas tirarem estes dias de férias para assistirem ao encontro.
Os participantes, escritores de ficção e poetas, são falantes de língua portuguesa e espanhola dentro e fora de fronteiras, assim temos gente das antigas colónias, e escritores da América Latina e espanhóis.
Hoje, o encontro tem menos estrangeiros do que tinha, desconheço se por obter menos dinheiro para a realização do mesmo ou por interesses editoriais e dos parceiros, tornando-se um pouco mais pobre porque menos diversificado.
Verifico que as parcerias, estão a ocupar grande espaço, quer nas votações (por ex: este ano, que era o 15º, convidaram 15 jovens escritores a estar presentes pela 1ª vez)
Há também gente, que é o caso da Inês Pedrosa, que dá "graxa" a toda a gente que está lá todos os anos, havendo assim uma espécie de residentes do Encontro.
A análise que eu faço é que hoje é muito menos livre do que era e tem muito menos interesse.
Aprende-se sempre alguma coisa, senão não valeria o esforço, que para mim é grande, já que não resido perto, mas cada vez menos.
Vou ainda falar do público que assiste e fionalizo por hoje por me encontrar ainda muito cansada, três dias dentro dum espaço fechado é extenuante, continuando amanhã com aquilo que aprendi este ano do que disseram os escritores, ou seja, transcrevendo os meus apontamentos, entretanto podem consultar a NET, no portal acima.
O público, como referi antes, é gente licenciada na sua maioria, professor, classe média portanto.
Uma mínima parte desta gente será informada e leitora, outra nem por isso, verificação empirica baseada na observação e algumas conversas de circunstância.
Têm uma mania que me irrita que é guardar lugares para as companheiras e colegas, por vezes durante uma sessão inteira.
Vejo professoras que seriam do meu tempo de aluna, portanto do tempo do fascismo com tiques do fascismo.
O Encontro tem uma vertente fantástica, muito positiva que é o de levar os escritores à escolas da região e os alunos estarem e cada vez ficarem mais interessados por coisas ligada à literatura. Aparecem, quando não têm aulas no auditório e mantêm-se muito calados e respeitosos tomando notas do que se diz, piores são mesmo as professoras que desde atenderem telemóveis quando um conferencista está no uso da palavra, cochicham umas com as outras e se pavoneiam por lá, parecendo que é um dos maiores interesses das damas (serem vistas umas pelas outras).
Quando se fala do ensino que é mau, não é só o que é ministrado mas também quem o ministra e as senhoras professoras desta estirpe deixam muito a desejar, mas isso são contas de outro rosário.
Amanhã há mais (desculpa bloguinho estou mesmo cansadita nem vou reler).

BOM DIA, ESMERILHÃO

Identificação

A maioria dos falcões que ocorre entre nós apresenta um claro dimorfismo sexual, e o esmerilhão não é
excepção. Possui a silhueta de um falcão de pequenas dimensões. Enquanto a fêmea e os juvenis são
bastante semelhantes, com o peito barrado sobre fundo branco, e dorso acastanhado escuro, o macho
apresenta barras pequenas no peito, em fundo alaranjado e dorso cinzento-azulado. Normalmente
desloca-se em voos baixos e bastante rápidos, apresentando cauda menos comprida que um peneireiro,
asas em bico, sendo a tonalidade geral algo escurecida.


Abundância e calendário


Trata-se de um invernante raro, que ocorre em baixos números e sobretudo em zonas abertas, do tipo das
lezírias, terrenos agrícolas extensos e pastagens amplas. Dada a sua fenologia, os melhores meses de
observação decorrem de Novembro a Fevereiro.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

BOM DIA,ANDORINHAS-DAS-BARREIRAS

já cá andam

Depois falamos mais delas, hoje foi só para deixar um beijo a quem aqui venha
CORRENTES D'ESCRITA 2014 (15ª. EDIÇÃO)

Estou de saída para as Correntes d'Escrita, na Póvoa de Varzim.


Só no domingo darei novidades de como se portaram por lá

Até lá abraço-te bloguinho e fica bem

BOM DIA, TOUTINEGRA-DE-BARRETE-PRETO

Identificação

Toutinegra com corpo acinzentado, mais escuro nas partes
superiores. Como característica mais saliente apresenta um
barrete conspícuo, preto nos machos e arruivado nas fêmeas, que
permite ao observador identificar facilmente esta espécie


Abundância e calendário

Comum nalgumas regiões, particularmente na metade norte do
território. Tal como outras toutinegras, faz-se anunciar mais
facilmente cantando, sendo mais fácil de observar durante a
época dos ninhos, que decorre entre Março e Julho.
Durante o Outono e o Inverno surge em grande número no sul
do país, sendo então particularmente abundante em olivais.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A PRIMAVERA PENDURA-SE NO CABIDE




UMA ENORME AVENTURA ESTA VIDA

CAPÍTULO I

Queremos gozar todos os benefícios da civilização sem assumir a responsabilidade pelos seus defeitos.
Se lêssemos desapaixonadamente as redes, a imprensa escrita e oral veríamos, leríamos imensas coisas, nomeadamente os 4 pontos cardeais do sofrimento humano.
Estendem-se todas as misérias, sejam as das barracas, sejam as dos palácios.
Para mim e para muitos como eu, mesmo sem nos deitarmos no divã da psicanálise, sabemos que temos uma mania, uma ideia fixa nesta aventura da vida, um hábito, uma rotina que é de nos guiarmos pela própria cabeça.
Somos estéreis em muitíssimos domínios. Normalmente exigimos dos outros o óptimo que não cabe a nós realizar. 
A crítica é um direito, como é um direito e um dever discuti-la.
A vida oferece-nos momentos únicos, umas vezes parecemos cogumelos húmidos, destilando tristeza.
Todos nós temos uma metade ruim, muitas vezes feitas de medo, aliás na sua grande maioria feita de medo.
A maioria de nós é dissimulado e vive assim uma vida inteira, nem sequer usa as estações do ano para mudar de vestes.
Outros vivem estrabicamente, essa forma indefinida de olhar o que os rodeia.
Como era bom que nos dividíssemos em dois grupos- os bons e os maus como nas histórias da nossa infância.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

BOM DIA, TECELÃO vestido de noivo

DEIXO AQUI O ENDEREÇO ONDE SE PODE VER AS CARACTERÁSTICAS ARQUITECTÓNICAS DOS NINHOS DOS TECELÕES http://www.jardiland.pt/animais-2/os-assombrosos-ninhos-dos-passaros-teceloes/

IdentificaçãoDo tamanho de um pardal, o macho é facilmente identificável pelo capuz preto, pelo ventre amarelo e pelo
dorso esverdeado sem manchas. A fêmea, tal como o macho fora da época de nidificação, é acastanhada,
com o dorso estriado e as partes inferiores claras.


Abundância e calendárioEmbora seja localmente numeroso, o tecelão-de-cabeça-preta é
relativamente pouco comum em Portugal, apresentando uma
distribuição muito localizada em torno dos locais que colonizou,
situados principalmente na Estremadura, no Ribatejo e no Algarve.
Nos locais onde ocorre está presente durante todo o ano, mas é
mais fácil de observar de Abril a Outubro, quando os machos
exibem a sua vistosa plumagem nupcial. Durante o resto do ano
pode passar despercebido, devido ao seu aspecto “apardalado”.






Horowitz - Scarlatti Sonatas E major and G major


DESENROLANDO O CORAÇÃO

Gosto de áticos.
Não gosto de sibilas nem de santinhos carunchosos.
Gosto de pedras que se fazem ouvir
de estorninhos que se deixam fotografar
De árvores no Inverno
De cães de todas as idades
Das irmãs aves e das primas flores.
Não gosto de gente beócia.
Gosto de gente lúcida.
Não gosto de homenzinhos e mulherzinhas cúpidos(as) e que julgam que vão encontrar a felicidade ao virar da esquina.
Não gosto da terra onde moram e mandam os diabos. Gostava que os diabos fossem mandados embora.
Gosto de entender, mas a maioria das vezes não entendo e a cabeça não sossega.
Gosto das várias respirações da casa.
Não gosto de saltar dias mas salto alguns, como se a existência fosse mais intermitente. Há horas que me passam ao lado.
Não gosto de criminosos que não reconheçam o seu crime.
Gente alegre em demasia,  aborrece-me
Gente sempre triste, fujo dela.
Não sei quando pondero ou quando sonho, mas o que conta é a imaginação, o resto às vezes parece mentira.

BOM DIA, TREPADEIRA-AZUL

IdentificaçãoEste passeriforme de tons cinzento-azulados
destaca-se pelo seu bico comprido. O ventre é
alaranjado e tem uma máscara preta nas faces.
Observa-se frequentemente agarrada aos troncos, como
os pica-paus, mas o que verdadeiramente a distingue
de qualquer outra espécie de ave portuguesa é o facto
de conseguir percorrer os troncos das árvores no
sentido descendente.


Abundância e calendárioÉ uma espécie residente que pode ser observada em Portugal
durante todo o ano. Pode ser vista de norte a sul do país, em zonas
florestais bem desenvolvidas, especialmente em carvalhais,
sobreirais ou azinhais, sendo relativamente comum nas zonas
onde o habitat se encontra bem conservado






segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Pisco-de-peito-ruivo


BOA NOITE VIMOS DAR (eu e o pisco-de-peito-ruivo)

lembram-se dele?
Já foi apresentado em tempos e ontem apareceu-me aqui mesmo à janela do escritório :)

Keiko Matsui-Live In Tokyo © 2002


RECEITA PARA MELHORAR O HUMOR

Claro que não vou falar da cultura do ylang ylang (flor que faz o Chanel 5) em Madagáscar.
Não vou falar do tempo.
Não vou falar da mudança de políticas, hoje intervalo bloguinho.
Então do que vou falar bloguinho, ainda não sabes?  Dita, vá lá, dá uma ajudinha.
Pronto, já ouvi, já disseste, não grites, vou falar de manjares deliciosos. UPA!
Para sossegar a barriga e o espírito, pronto, já entendi.
Com laranjas? Ok, com laranjas e a ver as caretas que faço quando tiro os caroços da boca e a observar os outros a comerem laranjas.
Transformar em rotina tudo o que é insuportável, dizes que é uma receita óptima, ok, quando sair daqui vou passar a ferro.
Se quiseres arranjar um namorado, sê indiferente e alegre. Ok, não quero, mas pode haver quem queira.
Se não quiseres, concentra-te nas melodias que se escondem em todo o lado e continua a mandar sempre no teu próprio corpo dizes e, dizes bem.
Claro que temos que nos rir diariamente, um bocado de nós mesmas e passar uma grande parte do dia sem homens porque estes julgam saber sempre o que lhes convém e não admitem observações de qualquer espécie, mesmo que finjam que admitem.
Não comas muitos doces para substituir o que quer que seja; se queres pecar, peca mesmo.
E depois desta receita se ficares com fome, come arroz, grão a grão, como comi no deserto, sabe bem e entretém muito.
Ainda estás enfim... não sabes como adjectivar?
Pronto, nessas alturas deve-se levar tudo a lume brando com uma colher pequena de açúcar e um cálice de Porto e um ovo e retém o sabor na boca o mais possível, ficarás óptima(o).
Delicioso, não é?

PS: feito a  duas mãos, por mim e pelo meu bloguinho

BOM DIA, PIADEIRA (macho)

Fazendo a sua aparição entre nós sobretudo no Inverno, os machos adultos são fácilmente reconhecíveis,
devido à sua cabeça arruivada e testa “resplandecente”, mesmo a grandes distâncias.



Abundância e calendárioEm Portugal é uma espécie invernante, podendo ocorrer de norte a
sul do país, entre Outubro e Abril, sendo mais abundante nas
zonas húmidas costeiras. Pode associar-se com frequência a
outras espécies de patos, sendo comum observar bandos com
muitas centenas de indivíduos desta espécie a alimentar-se em
zonas estuarinas, na maré baixa, ou a descansar em bandos
“compactos” em algumas lagoas.







domingo, 16 de fevereiro de 2014

VAMOS DE VIAGEM

Vamos de viagem e levamos Portugal connosco.
Não "conseguimos" mudar de governantes, então mudemos de mundo.
Surrealista? Agora que toda a gente sabe o que é, se calhar não sentem isso.
Existem desejos surrealistas? Não? Não importa, passam a existir aqui no meu diário.
Vamos, está resolvido, tivemos ontem a última reunião e Portugal esteve presente, aliás dirigiu os trabalhos.
Somos todos aqueles que temos força braçal e cabeça pensante. Vamos para um Mundo dentro e fora do mundo ao mesmo tempo, um paraíso onírico.
Não queremos mais cheiro a morte e a Europa está defunta.
Não vamos reescrever a história do Robinson Crusoe, vamos continuar a escrever a história do Herculano, fugidos ao sebastianismo, é verdade, e aos delírios que ele acarreta.
Não queremos morrer já, não queremos que a nossa existência nacional continue a morrer.
Queremos viver, queremos respirar, queremos ser saudáveis, vamos embora, despegar-nos destas sanguessugas. Queremos preparar o futuro com um presente diferente.
Não, não queremos cometer desses erros grosseiros, como importar da Itália o mármore de Mafra, não faremos Alcácer-Quibir, não queremos ser colonos nem colonizadores.
Nós e Portugal, amantes inseparáveis concordamos com uma vida simples, sem luxos, mas honesta. Não haverá ricos mas também não haverá pobres.
No nosso Novo Mundo gostaremos de nós e seremos auto-suficientes porque acreditamos que somos capazes. Claro que uns são mais inteligentes que outros, mas todos têm barriga.
Neste novo mundo cobiçado por todos os que ficaram como novo lugar a corromper, o tal das novas oportunidades, não deixaremos entrar quem não venha por bem e com provas dadas.
Claro que haverá gente má e gente boa, como em todo o lado, mas haverá justiça para punir os que fizeram mal à sociedade.
Dizes que levamos hábitos de há séculos, mas serão modificados com um novo ambiente, não queremos continuar a ser impensáveis e invisíveis para nós mesmos.
Vamos sair desta vida pícara de séculos. Não queremos novos Brasis nem novas Áfricas, queremo-nos a nós, com vida própria.
Não, não somos uma ilha, mas também não temos que ser o balde do lixo deste melting pot a que estamos sujeitos.
Trata-se dum quadro surrealista? Se calhar é, mas o que estamos a viver há séculos como se chama? 

BOM DIA, PISCO-DE-PEITO-AZUL

IdentificaçãoO macho adulto é fácil de identificar, pois ostenta no
peito uma mancha azul com o centro branco; já o
macho jovem e a fêmea apresentam pouco ou
nenhum azul; os machos oriundos da Escandinávia
(subespécie
cyanecula) têm o centro laranja em vez
de branco. Em todas as plumagens, as aves
apresentam uma grande mancha cor-de-laranja nas
penas exteriores da cauda, que são facilmente
visíveis em voo.


Abundância e calendárioO pisco-de-peito-azul é sobretudo um migrador de passagem e
invernante, que frequenta sobretudo sapais e caniçais, podendo
ser visto na maioria das zonas húmidas costeirase, com menor
frequência, no interior do território; está presente sobretudo de
Janeiro a Março e de Agosto a Dezembro. Contudo, existem
algumas observações primaveris nas serras do interior norte e
centro, podendo haver uma pequena população nidificante nessas
regiões.





sábado, 15 de fevereiro de 2014

ÉTICA E MORAL

Não irei falar do tema, apenas o trouxe à colação para ser discutido.
Um tema que desde sempre me interessou e desde os meus verdes anos, trabalho.
Poderia fazer aqui um brilharete copiando um trabalho académico que realizei no meu curso de Filosofia, mas não vou enfastiar ninguém. Ontem, essa tese caiu-me quase em cima da cabeça quando fui a uma das estantes e disse, de mim para mim, ainda me rachas a cabeça e sorri, porque afinal sempre me "rachou", desde a primeira vez que dei conta que eram coisas diferentes, era eu adolescente.
As pessoas moralistas duma maneira geral, cuidam pouco da ética, têm tendência a abandoná-la, mas a questão séria é que todos nós caímos no moralismo, gostemos ou não dele.
É um tema que me apaixona, em especial observá-lo todos os dias na vida.
Estes dois conceitos confundem-se muito, ainda agora estive a dar uma vista de olhos sobre as suas definições na NET e verifiquei a enorme confusão que grassa.
Mas há que ter em atenção nesta época pejada de moralistas, desde o futebol até à política,  para não cozinhar todas as suas receitas e muito menos comê-las.
Os moralistas normalmente têm remédios para tudo e assumem-se como virtuosos. A Pátria tem fabricado muitos e ainda importa muitos outros.
A espécie humana tem uma natural queda para a maldade e os moralistas não se querem ver banidos na altura da distribuição de recompensas.
Conheci até um santo, de seu nome Jerónimo, que luta contra o pecado.
Há uma fronteira ente ética e moral, mas às vezes é demasiado ténue e não se vê.
Todos temos porém uma hortinha onde cultivamos uma e outra espero, como espero que a Ética seja a mais adubada.

BOM DIA, CORVO-MARINHO (na Ria de Aveiro)


IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) é uma ave de grande porte, esguia e de plumagem escura. Embora semelhante ao Corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis) é maior e mais pesado, com o bico e pescoço mais grossos. Os adultos, em plumagem nupcial, têm o bico alaranjado e manchas brancas conspícuas nas coxas e na zona da garganta e face. As coberturas superiores são de cor castanho-bronze orladas a preto. Nas aves da subespécie sinensis o branco estende-se por todo o pescoço. Os juvenis são castanho-escuro com o ventre esbranquiçado.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
Ocorre nos cinco continentes onde está representado por várias subespécies. No Paleártico tem uma vasta área de distribuição. As áreas de reprodução estendem-se desde as regiões árticas até zonas subtropicais, embora as maiores concentrações se localizem em latitudes médias. A subespécie P. c. carbo está presente no Norte da Europa onde os seus efectivos nidificantes tem conhecido um incremento notável, expandindo a sua população para sul até Espanha e Itália. A subespécie P. c. Sinensis está representada na Europa Central e do Sul.
Em Portugal, onde ocorrem estas duas subespécies, os indivíduos são invernantes e migradores de passagem. A população tem vindo a crescer desde 1990 encontrando-se actualmente em estabilização. A população invernante no nosso país está estimada em cerca de 11000 indivíduos.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

AO SOL INEXISTENTE

Em nenhum lugar se está tão bem como na Primavera.
Hoje está um vento sarraceno, encontrei-o parecido no Egipto e noutras paragens desta aldeia global. É nestas alturas que só queremos o que não temos.
A paixão por estações mais amenas como a Primavera que nos renova e o Verão que nos dá força é absolutamente compreensível após estes dois meses de Inverno sem trégua.
Apetece-nos outras paragens. Se calhar o Inverno existe para sonharmos com a Primavera.
Os homens são volúveis e nunca estão bem com a sorte que têm e saudades são frutos vermelhos.
Gosto das estações do ano, parecem-se com cães velhos, obstinados, que nunca desistem e eu tenho um especial carinho por cães velhos.
A Primavera é a única estação do ano que é feminina e possui aquela tendência natural em se deixar seduzir ao mesmo tempo que seduz.
Depois de uma noite mal dormida não procuro nenhuma emoção extraordinária, a não ser alguma nostalgia das coisas impossíveis.

Jan Garbarek - Hasta Siempre


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

felosa poliglota (Hippolais polyglotta)


BOM DIA, FELOSA-POLIGLOTA

Esta espécie consegue produzir combinações vocais extraordinárias, a Felosa Poliglota é rechonchuda , as suas partes superiores são cinzentas e esverdeadas e a sua parte inferior e amarelada, o seu bico é bicolor. A felosa encontra-se bem distribuida a Norte e a Sul podendo ser localmente abundante, a felosa é uma espécie estival, permanecendo no nosso território entre meados de Abril e Setembro, sendo os maiores meses de observação Maio e Junho.

Ria de Aveiro



PATOS REAIS

a "andar" para trás :)
 

DIAS POROSOS

Vivi sempre em altitude, isto é, vivi antes dos anos prefeitos, devia quando chegar ao vale ter um avanço em relação aos outros, terei?
Assisto a tantas vidas de molho que devia ter alma de aço e preparada para todos os cataclismos, mas sempre que surge um novo é como se fosse o primeiro.
Este sentimento de impotência está a crescer em forma de trepadeira e não obstante apenas somos seres transitórios.
A vida não pede desculpa a ninguém, se assim é, nós também não.
Há dias em que o mundo nos foge dos pés, no resto vamos vagalumeando acesos por intermitências.
Sacode-se a tristeza e olha-se com olhar luminoso para o que a vida nos oferece.
Não quero escrever lembranças nem afirmar silêncios, no entanto é o que mais tenho feito.
Tive raivas e continuo a ter, sinto uma grande revolta e isso talvez me alegre. Significa que mantenho o combate contra a injustiça.
Todos queremos bodes expiatórios, dá-nos jeito, difícil é fazer a auto-crítica.
Fomos muito reprimidos com a educação que nos era ministrada naqueles outros tempos "não se aponta que é feio; não se pode meter o dedo no nariz; não se pode sentar de pernas abertas; não se pode pôr a língua de fora" e outras como esta.
De um momento para o outro tudo é permitido, pode-se destruir tudo sem sanções e até com recompensas.
Pensava eu e muitos como eu, que de tanto ser proibida de apontar poderia até ficar com uma atitude hipócrita de indiferença já que os meus dedos ficariam para sempre anquilosados para apontar ou condenar aquilo que a minha consciência condena.
Afinal isso não aconteceu, continuo a apontar e muitas vezes  viro até os dedos para mim, ginasticando-os.
Quem aponta assume as consequências do seu gesto porque há sempre na sombra da noite quem nos aponte o cutelo pronto a cortar, portanto estou em crer que hoje se erguem menos mãos a inquirir, a acusar, a denunciar com medo do cutelo pronto a cortar.
Quem silencia não corre o perigo de ficar sem o dedo e se calhar ainda ganham anéis.
Nós, pessoas e povos, precisamos de autoridade, queremos justiça, queremos regras, mas no respeito duma liberdade responsável. O que não queremos é austeridade, tirania, ausência de regras. Precisamos duma educação de baixo para cima e de dentro para fora que é como cresce o feijoeiro na horta e não uma educação de cima para baixo e de fora para dentro.
Um povo tal como uma pessoa não pode ser livre, se for escravo.
Estes novos-ricos que estão no poder há anos têm como maneiras o salve-se quem puder, de vamos lá acabar com isto antes que isto se nos acabe, porque neste mundo tudo é efêmero, tudo sobe e tudo cai num abrir e fechar de olhos.
É o mercado livre, a iniciativa, a concorrência, a igualdade das armas e quem não pode arreia.
Cresci e não me disfarcei, será que cresci? Crescer não é disfarçar-se e ser o mesmo e aparentar ser outro?  

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

BOM DIA, ALCATRAZ-PARDO

Conheço-te de Peniche e gostei muito, muito de ti

IdentificaçãoDe tamanho semelhante a um ganso-patola, distingue-se desta espécie pela plumagem castanha, com
excepção do ventre, que é branco. O bico e as patas são amarelos.


Moris Ravel, Boléro - Maurice Béjart, Sylvie Guillem (Full).wmv


ESTAMOS PIOR OU MELHOR DO QUE ESTÁVAMOS A 24?

Pus-me eu a pensar, a pensar no que ouço dizer sobre aquela história do copo meio vazio e meio cheio e sem concluir, enumerei algumas coisitas com a ajuda do caderninho 3.

Por onde começar?

talvez por o bom

- Não temos o Kaúlza de Arriaga que era presidente da Junta de Energia Nuclear e fundador do MIRN

- Não temos os Estados Unidos a sugerirem a Espanha invadir Portugal para os comunistas e socialistas não tomarem o poder, também não temos.

- Nem Vasco Gonçalves para ir directamente aos assuntos e bater o pé aos norte-americanos, é pena.

- Felizmente que não temos um doido dum Otelo operacional.

-Já nem temos vinte e oitos de Setembros em que os partidos de direita faziam uma prova de força, porque são eles quem mandam e forçam-nos todos os dias.

-Temos ainda um Mário Soares mas já não vai convencer o céptico Kissinger que os comunistas não conseguem tomar conta do país, mesmo assim o Kissinger dizia-lhe que ele era um Kerensky (ministro dos negócios estrangeiros em 1917 na Rússia).

- Não temos o Mário Soares a mendigar perante o Ford para ajudar Portugal, depois mudou de agulha e foi pedir para a Europa.
O Mário Soares ainda anda aí a fazer estragos, mas muito menos porque o estrago maior fê-lo quando era poder e foi-o durante muitos anos, demasiados.

Estamos melhor nas estradas, até podíamos vender algumas, na Saúde e em muitas outras coisas, tais como Parques das Cidades, Vilas e Aldeias, piscinas, passeios marítimos e etcs.
Se analisarmos a pobreza vemos bem em que é que estamos melhor. Os sem abrigos já engrossaram com  licenciados. (não sei se inclua esta nas boas ou nas más. Diz-me os marginalizados que tens, dir-te-ei o país que és)


Falando do mal, afinal é pouca coisa:

A desesperança sobre o futuro é tamanha  que não me recordo de coisa igual.
O massacre aos trabalhadores com cargas horárias desumanas, anti-família, desemprego em massa. A vida não é só trabalho e ainda por cima trabalho mal remunerado
O imenso roubo ao país dos seus jovens válidos.
Destroem-nos o gosto, o tempo para ter gosto, o gosto de gostar, a família, os tempos livres e absolutamente necessários para a existência. Todos os que o têm são desempregados ou reformados.

Afinal o balanço parece ser positivo e como dizia a outra  (Teresa de Sousa) até andamos calçados e tudo.

BOM DIA, BICO GROSSUDO

O Bico-grossudo (Coccothraustes coccothraustes) é um passeriforme granívoro, pertencente à família Fringillidae, onde também se incluem Pintassilgos, Tentilhões e Verdelhões. Em Portugal, o Bico-grossudo é o representante de maior dimensão desta família: pode pesar 60g, que é cerca de 3 a 4 vezes mais do que um Pintassilgo, tem um comprimento de 18 cm e uma envergadura que pode ultrapassar os 30 cm. Tem uma cabeça grande, um pescoço largo, um bico extremamente forte, adunco e triangular e uma cauda muito curta. A plumagem é dominada por um castanho avelã, com as costas castanho-escuro e um anel cinzento-claro no pescoço. As asas são preto-azuladas, com um painel branco muito visível em voo, e a ponta da cauda e as infracaudais são brancas. Tem uma mascarilha negra que envolve os olhos e a base do bico. Durante a época de reprodução o bico é preto e durante o resto do ano, amarelo-claro.
Em Portugal, ainda que em densidades aparentemente baixas, a espécie ocorre desde Trás-os-Montes ao Algarve

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Stairway to Heaven live (Rodrigo y Gabriela)


UM ESPECIAL PARA A GL QUE GOSTA DE AVES

http://lisboa.avesdeportugal.info/

NOTAS DO MEU CADERNINHO PRETO

Hoje apenas vou copiar anotações do meu caderninho preto nº 42

No outro dia perdi um caderninho gêmeo deste com anotações de coisas que vou lendo, observando, pensando, investigando na NET e outros locais.
Hoje, ao pegar neste, pensei em passar algumas coisas para este cantinho, com medo que se extravie também.

NOTAS SOLTAS
sobre a nossa preocupação obsessiva em descobrir quem somos e o que somos:

. Oliveira Martins (não este que não diz coisa com coisa, mas o avô) foi um herdeiro indirecto de Michelet e percebe e vê Portugal como uma identidade, podia dizer-se como uma pessoa, como Michelet via a França.

. Pessoa aos 24 anos anuncia e anuncia-se a si mesmo um super Camões.

. Um povo é um sistema, uma estrutura histórica orgânica e não há razões éticas ou ideológicas capazes de o estruturar, distinguindo neles o negativo e o positivo enquanto atribuíveis, sem objecções, aos estratos sociais antagónicos que  constituem uma sociedade.

. Chama-se povo, o povo que efectivamente trabalha e para quem, como escrevia Goethe, a maioria das revoluções que se fazem em seu nome não significam mais que a possibilidade de mudar de ombro para suportar a costumeira canga.

. O verbo camoniano se fez carne a ponto de nos servir de pátria.

. António Sérgio que a Wikipédia trata por filósofo mas eu não (era  um político e pensador social), pensava por nós, logo dispensava-nos de pensar.

. Pascoes dizia que ficamos pagãos, familiares de deuses e do destino (que é mais que deuses). Daí essa forma de indiferentismo, após o espasmo orgânico do grito , tão característico do nosso comportamento histórico "tinha de ser". É o nosso lado árabe porventura.
Logo que nos aproximamos da linha tórrida do racional tornamo-nos tímidos, ficamos paralisados.

BOM DIA, ABIBE

IdentificaçãoUm pouco menor que o abibe-comum. Quando pousado, distinguindo-se desta espécie pela plumagem
mais acastanhada, pelas patas pretas, pela ausência de poupa e pela lista supraciliar branca. Em voo, o
padrão tricolor da plumagem, composto por branco, castanho e preto, é característico e facilmente visível à

distância.
PS:  PARA LEMBRAR MAIS UMA VEZ, O SÍTIO ONDE COSTUMO IR 'DESENTRANHAR' OS NOSSOS AMIGOS É:http://www.avesdeportugal.info/vangre.html

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Violeta Parra "Gracias a la vida"


MUITO ME SURPREENDE

Não é só a fragilidade da amizade que me surpreende, há muita coisa que me surpreende.
Quanto mais envelheço mais me surpreendo.
Penso até que aquilo que vivi me ensinou muito pouco, diria mais, não me preparou para a vida.
Por vezes os livros ensinam-nos mais que as nossas próprias experiências.
Há em mim um enorme desejo de me blindar frente ao mundo, se bem que o meu modo de fazer acabe por ser o contrário, mas continuo apesar de tudo a considerar o isolamento um componente indispensável da 'felicidade' humana.
Ainda fico surpreendida com a chegada dos bárbaros.
Em alturas como esta, de terror político ainda nos podemos surpreender, isto surpreende-me.
Surpreendo-me com tanta loucura e do seu enorme poder.
Surpreendo-me da forma como as pessoas se levam a sério, muito cheias dos seus próprios juízos, nunca se pondo em causa.
Surpreendem-me os elevados níveis de maldade e de desafectos.
Surpreendo-me até por me surpreender.

BOM DIA, BORRELHO

IdentificaçãoEm Portugal, o borrelho-ruivo é mais regularmente observado nas plumagens de Inverno e de juvenil.
Nestes casos, é visível a distintiva marca branca no peito em forma de meia-lua. Esta marca também é
bastante visível na plumagem de Verão dos adultos. Estes apresentam uma cor arruivada abaixo desta
mesma marca, que contrasta com a cor cinzenta da garganta e do dorso. Nos juvenis e no Inverno, este
borrelho perde esta cor ruiva, que é substituída por tonalidades mais amareladas. Em todas as plumagens
apresenta uma lista muito pálida por cima do olho, que se prolonga até à nuca.
Abundância e calendárioO borrelho-ruivo é um migrador de passagem, ocorrendo sobretudo em Setembro e Outubro. Quase
exclusivamente observado na metade sul do território, é ainda assim bastante raro enquanto visitante

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ivone Silva e Camilo de Oliveira "Ai Agostinho,Ai Agostinha"


NÃO HÁ PEITO PARA TANTO

Começamos a sufocar.
Afogamos em desgostos colectivos que individuais são.
Não nos podemos conformar.
Este país dá raiva, muitas raivas e não temos onde as afogar, não há peito para tanto.
Tombam todas as nossas conquistas, que nos deram tanto trabalho e luta a conseguir. Alguns morreram por elas, outras sofreram torturas e anos de prisão.
Nem todos podem emigrar e muito menos emigrar de si próprios, dos desgostos que acumulam.
Muitos de nós somos teimosos, teimosos como agulhas de bússolas e sonhamos com um país menos desigual, com educação e saúde verdadeiras para todos e muitos de nós até tornam esses sonhos mais reais que o próprio sonho. O mundo está sempre a fugir-nos dos pés e quando me refiro ao Mundo é ao nosso mundo, ao nosso país em primeiro lugar.
Estivemos quase no bom caminho. Dizíamos até que a educação era uma paixão e a saúde era para todos e de um dia para o outro, o da paixão emigrou e desertou e a paixão acabou e deixamo-nos arrastar pela enxurrada capitalista  desenfreada e desumana, de não batermos o pé das nossas razões e nos fazermos valer e voltou tudo ao princípio, a bota grande calca-nos a cabeça de novo, amarrota-nos e quase que não nos deixa respirar do buraco em que nos enfiou.
Querem-nos analfabetos de novo, para isso dão-nos muito lixo televisivo e mau ensino.
Emudecem-nos.
Quebram-nos.
Põem-nos como fronteiras o medo e a culpa. Os jovens têm medo, os pais dos jovens têm medo, os pobres têm  culpa.
A culpa e o medo mandam mais que qualquer governo, já alguém disse.
E cá estamos nós na nossa habitual concha. Quando estávamos quase a sair, vieram dizer-nos que era engano, que não podíamos ser um povo livre.
Quem disse desta vez foi a Alemanha imperial e os seus amigos, mas já  antes os "amigos" americanos nos tinham dito o mesmo.
Tememos a morte, mas temos mais medo da vida e dos seus enganos.
Não há peito que nos chegue para tanta raiva.

para a GL- NINHO DE GRALHA, um exemplo apenas

A gralha preta pediu-me para a convidar neste domingo chuvoso para a sua casa/ninho e desde já lhe dar um beijinho de agradecimento, pelo o seu interesse nas suas (dela :) ) qualidades de arquitecta.

BOM DIA, GRALHA PRETA


E seu ovo

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Miguel Poveda - "Malagueña" - Flamenco por Lorca - 26.06.2011


BELEZA

Hora de ponta...na Lagoa...Trombeteiros ,Galeirões , Arrabios , Marrequinhas ...um "must" para os observadores de aves...

Lagoa de Santo André - Santiago do Cacém - Portugal

5.2.2014

BOM DIA, CHAMARIZ

Uma das visões mais comuns no nosso território é a deste pequeno passeriforme empoleirado no topo das
árvores a cantar, mesmo nas horas de calor.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Carlos Seixas (15) - Sonata nº 71, harpsichord, A minor (Ketil Haugsand)


VOU-ME PÔR A JEITO PARA LEVAR NA CABEÇA

Ora vamos lá ver se consigo expressar o que sinto, o que acho:

O pessoal do norte é bem mais rude, não gosta,diz que não gosta nem que seja agressivo, indelicados mesmo. Os do sul muito simpaticamente, ralam o discurso, ralam e quando tal até o silenciam, por outras palavras,fingem muito melhor que discordam. Fazem-me lembrar os franceses que habitualmente dizem muito bem primeiro para na última frase dizerem, bem.. sabe... não concordo.
Os do sul, são bem mais simpáticos e delicados mesmo que não concordem nada com o interlocutor, lembram-me pescadores do âmbar precioso, desejam mostrar a própria competência e confundir a ignorância do outro. Enquanto as pessoas do norte dão uma sarabanda, os do sul, falo em especial dos da capital, dão um sorriso a abater resmoneando em surdina.
Não falo de caracteres ou muito menos idiossincrasias várias como a hipocrisia, a inveja e coisinhas desse género que isso está bem doseado em todo o país e bem disseminado. Falo de algo que já Eça falava quando analisava há cento e tal anos,a sociedade da capital, duma espécie de personalidade base duma comunidade.
Como hei-de explicar isto melhor?
Vou exemplificar e fica mais claro. Fala-se com lisboetas da classe média de várias profissões, liberais, comerciantes, etc. e é muito difícil manter-se uma conversa até ao final, o lisboeta ama a superficialidade, duma maneira geral. Existe nesta gente uma espécie de superioridade inconsciente, não sei se tem a ver com o cheiro do poder ou a proximidade dos Ministérios.
Os do Norte, são manhosos, em especial se são transmontanos ou minhotos, mais fechados que os do litoral.
Não são melhores uns do que outros, são apenas diferentes.
Falei aqui do estereótipo, não do indivíduo, porque esse é um ser único e diferente do outro, seja na China, na Rússia, em Lisboa ou no Porto.
Referi-me à atitude e a atitude de Lisboa já chegou ao norte, há muita gente a copiá-la.
Poder-me-ão  dizer que isto é uma caracterização muito à Rosa Coutinho, o militar de Abril que falava da psicologia das pessoas referindo a região que habitavam.
Na altura ri-me bastante dessa sua análise, achei-a idiota, deve ter sido em 1975, os estudos em Psicologia diziam-me o contrário do que ele afirmava.
Hoje, porém, talvez com a idade, o conhecimento maior das pessoas e do país e das atitudes, verifico que há alguma verdade no que ele dizia, não como o dizia, mas na sua essência.
Ainda hoje discuti com uma lisboeta e verifiquei isto. As pessoas querem passar por gente muito profunda, mas quando se descasca o abacaxi, é a superficialidade, a "leveza" que vem ao de cima.
Dir-me-ão que estou a confundir alhos com bogalhos, quem sabe?

agora vou tomar café

as pessoas que vivem e são do sul são algo diferentes das do norte, depois explico porquê :9

BOM DIA, CUCO-RABILONGO

Para além do conhecido cuco-canoro, ocorre em Portugal um outro cuco, menos comum que o anterior mas
nem por isso menos espectacular: trata-se do cuco-rabilongo, uma espécie parasita, que põe os seus ovos
em ninhos de corvídeos, principalmente de
pega-rabuda, mas também de pega-azul, gaio e gralha-preta.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

BOA NOITE


EMPRÉSTIMOS

As pessoas são aquilo que imaginamos muito mais do que aquilo que são.
Emprestamos-lhe sentimentos, emoções, beleza e até actos, se não forem reais, imaginários.
Colamos-lhes características inexistentes e dormimos sobre elas para o bem e para o mal.
A nossa perspicácia fica-se toda ou quase toda pelos afectos.
Um dia acordamos ou elas acordam-nos e ficamos espantados(as )ao vermos outra pessoa.
Entre o que são de facto as pessoas e o que se conta delas ou delas próprias, há muita diferença.
Nós gostamos das pessoas por aquilo que temos em nós ou que imaginamos ter.
Ninguém conhece ninguém, no entanto julga-se conhecer.
Mas também não nos conhecemos a nós próprios e se calhar nem temos essa verdadeira necessidade.
Sabemos moderadamente o que somos, através do que sabemos que não somos, pelo menos.
Neste processo de empréstimo ao outro daquilo que gostamos, estamos como que a ceder ao  desejo de recuperar algo que julgamos inconscientemente perdido.
E um dia o "não-é-bem-assim" revela-nos o que é assim e a isso chama-se ficção.





Georges Brassens - Les passantes (+lista de reprodução)


BOM DIA, ALCARAVÃO

O misterioso alcaravão é uma ave difícil de observar. A maioria dos contactos com esta espécie envolve
indivíduos a fugir ou observados a grande distância.







quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Bebo Valdes & Diego El Cigala - Hubo un Lugar/Cuba Linda (+lista de repr...


Mulheres de Atenas, Chico Buarque


INVERNO

... do nosso descontentamento

Inverno será quando estiver naquela idade que não se transportam mais memórias, mas apenas as primeiras franjas do esquecimento.
Será quando ultrapassar a idade em que é aceitável ter opinião.
O Inverno a sério é quando há morte, maldade e vulgaridade, todas fatais.
O Inverno rigoroso é quando não temos trabalho de jardineiro para deixarmos crescer as nossas memórias.
O Inverno é quando os argumentos não me (nos) convencem.
O Inverno é quando para não entrarmos em conflito com a Pátria, preferimos julgarmo-nos noutro país.
O Inverno é quando a Primavera acontece em todo o lado excepto em nós.
O Inverno acontece quando é necessário preencher o silêncio.
O Inverno é quando valorizamos mais os inimigos que os amigos.
O Inverno é quando tomamos conhecimento que o corpo é um bem escasso.
Felizmente a memória é selectiva e no Inverno nos lembramos do Verão e da Primavera.

BOM DIA, PARDAL-MONTÊS

Parece uma versão reduzida do pardal-comum, ao qual se associa frequentemente, podendo formar
bandos mistos. Distingue-se principalmente pelo barrete totalmente castanho e pela mancha preta na face.
O babete preto é menos extenso que o do
pardal-comum.