terça-feira, 15 de maio de 2018

VÉU DA VIDA

As nossas ideias, as ideias do povo simples, não se podem transportar para as esferas do poder.
As nossas ideias são independentes dos poços de petróleo, a única coisa que interessa aos poderosos. O espírito deles, se é que o têm, é constituído de buracos, buracos vazios.

Não vivemos fora do mundo, estamos na vida, no entanto somos burros na maior parte das vezes.
Há demasiada gente a esconder-se atrás das palavras dos outros, quase sempre acomodam-se nas suas pantufas.

Vivemos numa civilização de loucos. A maioria das pessoas nem o real conhecimento da sua existência possui.
Para alguns esta civilização é uma espécie de templo onde oram, sem reservas, onde guardam a sua verdadeira loucura.



domingo, 13 de maio de 2018

IDEIAS À SOLTA

Olha-se para o espelho de anos, meses, dias passados.
A vida dá-nos a volta.
O ferro quando submetido a uma grande força, amolece.
Fechamo-nos sobre a vida ou a vida fecha-se sobre nós?
Os nossos amigos morrem, uns a seguir aos outros, é doloroso ficarmos sem uma parte de nós.
Momentos há que a essência do nosso mundo se vira do avesso.
Num momento tudo se dissolve em nada.
Os domingos são dias que revelam, quase sempre, alguma coisa dos despojos da vida.
São dias de balanço, o pior é quando sentimos a cabeça oca.
Não sei se é bom ou mau não desejar muito. Nunca estive nesses lugares de muito desejar, daqueles que não se conseguem realizar. Os meus horizontes de aventura não me deixam de in/satisfazer pela sua curta dimensão.
Por vezes temos ligeiras divisões de consciência. Desconforto, desconforto ascético? Insatisfação, insatisfação intelectual?
Somos espíritos livres que vivemos segundo as regras dos seres aculturados, domesticados, acomodados, caindo naquela perigosa contradição de que outrem é verdadeiramente melhor e mais sério.
Quase todos nós temos pontos que nos desequilibram.