No outro dia perdi um caderninho gêmeo deste com anotações de coisas que vou lendo, observando, pensando, investigando na NET e outros locais.
Hoje, ao pegar neste, pensei em passar algumas coisas para este cantinho, com medo que se extravie também.
NOTAS SOLTAS
sobre a nossa preocupação obsessiva em descobrir quem somos e o que somos:
. Pessoa aos 24 anos anuncia e anuncia-se a si mesmo um super Camões.
. Um povo é um sistema, uma estrutura histórica orgânica e não há razões éticas ou ideológicas capazes de o estruturar, distinguindo neles o negativo e o positivo enquanto atribuíveis, sem objecções, aos estratos sociais antagónicos que constituem uma sociedade.
. Chama-se povo, o povo que efectivamente trabalha e para quem, como escrevia Goethe, a maioria das revoluções que se fazem em seu nome não significam mais que a possibilidade de mudar de ombro para suportar a costumeira canga.
. O verbo camoniano se fez carne a ponto de nos servir de pátria.
. António Sérgio que a Wikipédia trata por filósofo mas eu não (era um político e pensador social), pensava por nós, logo dispensava-nos de pensar.
. Pascoes dizia que ficamos pagãos, familiares de deuses e do destino (que é mais que deuses). Daí essa forma de indiferentismo, após o espasmo orgânico do grito , tão característico do nosso comportamento histórico "tinha de ser". É o nosso lado árabe porventura.
Logo que nos aproximamos da linha tórrida do racional tornamo-nos tímidos, ficamos paralisados.
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