segunda-feira, 21 de setembro de 2009

SOCIOLOGIA DAS ELEIÇÕES




Temos a sociedade portuguesa e as suas manhas representadas nos candidatos a 1ºMinistro. Senão vejamos:
Um Operário que já não o é, mas que podia ser - Jerónimo de Sousa. Tem corpo de operário, forma de vestir e até postura. Nele se realça o operário, embora tenha o dobro de anos de deputado da Assembleia da República (33 anos) do que de operário.

Temos um Burguês Diletante- Paulo Portas. Tem andar de comando e jeitinho para tudo, em especial, para se misturar com o povo em dia de feira. Nitidamente, o menino- família que goza com estas actividades sociais e políticas.

Temos o rapaz, Classe Média, representado pelo Sócrates. Filho de pais divorciados, inteligente, ambicioso e que faz todas as falcatruas possíveis e imaginárias para singrar na vida, ao ponto de ter até entrado para o PS e candidatar-se a 1º Ministro.


Temos o Intelectual Burguês que gosta mesmo de política e luta pelo seu ideal - Francisco Louçã.
Não usa gravata como bengala dos intelectuais, obstinado e inteligente e trabalha por objectivos.

Temos o Padre Leigo ,como em todas as sociedades católicas, que proclama da justiça social - Rui Marques.

Temos o Revolucionário que se tornou burguês porque já o era, mas que continua a querer dar nas vistas, fazendo disso um trampolim para a sua actividade profissional de advogado (nem todos podem ser presidentes de clubes) - Garcia Pereira e por aí fora.

Como se pode observar com uma pequena amostra, embora significativa, temos a sociedade portuguesa, em traços largos, representada.

Se descermos aos candidatos a autarcas, então é que não falha nenhum "cromo", sim, já não são classes sociais que aí se representam, mas tipos e traços do povo que somos que aí se plasma.

E depois dizemos que estamos a ser mal governados. Mas nós somos isto, e os nossos representantes foram eleitos democraticamente. De que nos queixamos então?
De nós, possivelmente.

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