segunda-feira, 31 de março de 2014

Chet Baker - Best Of Chet Baker


BOM DIA, PICANÇO-BARRETEIRO

Identificação

Espécie fácil de identificar através do barrete cor-de-ferrugem e da máscara preta, bastante distinguíveis ao
longe, assim como da sua cauda comprida e dos painéis brancos nas asas. Pode ser encontrado com
relativa facilidade empoleirado em postes, cercas, fios, ou no topo de árvores ou arbustos, sendo este um
dos comportamentos mais característicos da espécie.
Abundância e calendário

Este passeriforme é relativamente abundante no nosso território,
podendo atingir densidades elevadas em alguns locais onde
encontra habitat adequado, como montados abertos, barrocal e
charnecas. Como nidificante estival, apenas é possível observá-lo
entre meados de Março e princípio de Setembro, altura em que
migra para a África subsahariana. Distribui-se por todo o território a
sul do Tejo e pelo interior norte


Copacabana (1947) - Carmen Miranda - "Tico Tico No Fubá"


domingo, 30 de março de 2014

Romantic Love Songs - Instrumental Hits- e porque hoje é domingo


AGORA TODA A SOCIEDADE É CORRUPTA

Dizia-me uma aldeã: agora toda a sociedade é corrupta se formos a ver, é difícil apontar o dedo a este ou àquele.
E a pergunta bailava na minha cabeça. O que pretendem as pessoas, afinal? Serem corruptas também ou batalhar contra a corrupção?
Obviamente que as respostas seriam variadas, mas penso em termos percentuais.
Será que as pessoas estão adormecidas em poeiras? Ou será  que os dias são assim tão lisos porque além do medo escorrer há uma sociedade pró-corrupção?
Não vejo campanhas anti corrupção a não ser a lançada pelo governo com os Audis a corromper, aliás o normal em países em que a corrupção é o 1º poder.
Há pequenas fagulhas de luta, mas acabam por se desfazer no ar. Estamos emurchecidos enquanto cidadãos.
Tudo vai deslizando bem nesta sociedade e o governo actual é vitorioso em toda a linha.
Este governo foi lançado no centro duma sociedade corrupta, lá onde lateja o sangue da corrupção mundial.
A maioria não consegue tirar de si um pensamento sequer, evitando clarezas.
O governo procura sempre com reais volúpias  conseguir simpatias e até piedades.
Tudo vai continuando pois a aguardar os acontecimentos.
Realmente não querem lutar contra nada, o que querem realmente é que tudo apareça feito.

BOM DIA, GAVIÃO

Identificação

Bastante semelhante ao açor, o gavião tem menores dimensões,
sendo uma das mais pequenas aves de rapina diurnas da nossa
avifauna. O macho exibe uma tonalidade rosa no peito e abdómen,
que está ausente no
açor. O macho e a fêmea, tal como no açor,
exibem notórias diferenças de dimensão, sendo a fêmea
significativamente maior. A cauda proporcionalmente mais
comprida que o seu congénere permite também separar as duas
espécies. Em comum possuem as barras horizontais das partes
inferiores, barras na cauda e uma tonalidade cinzento-prateada no
dorso, bico curto e robusto e patas longas.

Abundância e calendário

Espécie pouco abundante, o gavião é principalmente residente,
podendo contudo ver os seus números aumentados durante o
Outono e Inverno com a chegada de aves invernantes vindas do
norte da Europa. Como nidificante, distribui-se sobretudo pelo norte
do país, acompanhando as zonas florestadas. A sul do Tejo tem
uma distribuição mais esparsa.

sábado, 29 de março de 2014

BAFO MANITAL DA TELEVISÃO PORTUGUESA

Se houvesse menos conversa e mais acção:

O sol brilharia no seu carro de ouro e a lua no seu carro de pérolas (sei a frase de cor) .
A voz seria mais poderosa e delicada quando fosse ouvida.
Os sorrisos não seriam de escárnio.
Os comportamentos seriam mais facilmente alterados.
Menos novas igrejas surgiriam em todas as ruas, vilas e cidades.
Se a acção fosse mais,o sofrimento seria menos.
Convivia-se melhor com a História.
Haveria menos condescendência para os energúmenos.
Haveria menos derrotados e mais vencedores.
Menos conversa, menos preguiça.
Menos ignorância. A ascensão da ignorância neste sistema dito democrático, faz-se muito pelos meios de comunicação social com a televisão à cabeça.
Não se veriam tantas gárgulas ferozes a lutar com cães velhos.
Não haveria tanto desperdício entre sevandijas.
A candonga acabaria.
Os funerais não seriam um êxito.
Os nossos pés ficariam com menos serradura.
E a vida dos comentadores ex e futuros qualquer coisa, jornalistas do patrão, agindo todos na secreção da melatonina seria uma concha univalve cónica.
As confidências com urgências acabariam.
As plumas no mercado não escasseariam.
E as ilusões deixariam de ser ópticas.

Quebra Nozes versão completa at the Mariinsky Theater.wmv


BOM DIA, QUEBRA NOZES

Identificação

Pequeno corvídeo do tamanho de um gaio; tem a plumagem castanha cor de chocolate, salpicada de
branco; as infracaudais são brancas






O quebra-nozes ocorre nas florestas de coníferas da Europa central e setentrional, nomeadamente nos
Alpes e na Escandinávia. Não ocorre habitualmente na Península Ibérica. Contudo, esta espécie realiza por
vezes movimentos irruptivos, tendo sido registada a sua presença em Portugal em diversas ocasiões.

Na bibliografia é possível encontrar referência a quatro registos desta espécie:

  • 1872, Estarreja, abatido a tiro
  • 1888, Dezembro, Serra de Ossa (Estremoz), abatido a tiro
  • 1962, 14-Ago, ribeira de Seda (distrito de Portalegre), anilhado
  • 1968, data e local desconhecidos

Não se conhecem registos mais recentes de quebra-nozes em Portugal.
 
 
 

sexta-feira, 28 de março de 2014

A Naifa - Todo o Amor do Mundo - ao vivo


PASSEANDO

ACONCHEGO

Pertencer a um país pobre, faz-nos pobres.
Que auto estima elevada teríamos se fossemos ricos, evidentemente que ser americano ou alemão é completamente diferente de ser português.
O país lapara na alma.
Temos redes no pensamento, consideramo-nos menores, as atitudes dos governantes são disso boa prova, sempre a proclamarem bem alto, que lá fora é que é bom.
O país vive em algazarra permanente, totalmente feita pelos governantes e seus acólitos, enquanto isso o povo trabalha e sofre.
Tudo atravessa as linhas e nós continuamos a ter que dar tributos aos cavaleiros, mas no nosso caso não é dum romance de cavalaria que se trata. Tem um entrecho de aventuras como em todo o romance de cavalaria, mas é ainda um país governado por meia dúzia de autocratas mangas de alpaca europeus.
Estamos sem couraça e sem candura, expostos a todos os golpes. Esquecemo-nos de colocar o arnês e aqui estamos de peito às balas e prontos a morrer sem aprender.
O PM diz em Bruxelas a toda a gente que encontra.
"Estou disposto a ser aquilo que você quiser, quando e onde quiser", mas é um aconchego porque todos os dias levamos uma explosão nas veias de dopamina, norepinefrina e feniletilamina e depois  há aquela moda de dizer que o passado é passado e o futuro a Deus pertence, logo só interessa o presente.
Mas os velhos não morrem temporariamente como quem vai de férias, morrem mesmo e antes disso têm noites insones.
Pretendia eu ter uma perspectiva menos íntima para me parecer banal o que se passa todos os dias, mas em vez disso interesso-me por tudo em que não consigo acreditar.
Já não sei se existe o meu país, mas sei que o amor por ele continua a existir.

BOM DIA, PIADEIRA

Identificação

É um pato de dimensões médias. O seu bico é curto. Em voo, os machos, identificam-se
fácilmente ainda devido ao “espelho” verde e à grande “mancha branca” nas asas (zona das
grandes e médias coberturas). Quando pousados as características mais salientes são a
sua cabeça arruivada e “testa” amarelo-torrado, o dorso acinzentado e as infra-caudais
pretas. O tom geral da plumagem nas fêmeas é castanho, destacando-se o castanho-
canela das partes laterais e o ventre branco, sendo esta última característica visível
sobretudo em voo.


Abundância e calendário

Em Portugal é uma espécie invernante, podendo ocorrer de norte a
sul do país, entre Outubro e Abril, sendo mais abundante nas
zonas húmidas costeiras. Pode associar-se com frequência a
outras espécies de patos, sendo comum observar bandos com
muitas centenas de indivíduos desta espécie a alimentar-se em
zonas estuarinas, na maré baixa, ou a descansar em bandos
“compactos” em algumas lagoas.

quinta-feira, 27 de março de 2014

UM SUCESSO!

PASSEIO NO PARQUE





PORQUE HOJE É O DIA MUNDIAL DO TEATRO

http://teatroplural.blogspot.pt/2014/03/dia-mundial-do-teatro-e-dia-nacional-do.html

BOM DIA, TORDO

Identificação

Um pouco mais pequeno que o melro-preto, caracteriza-se pela plumagem globalmente castanha. As
partes inferiores são brancas, sarapintadas de castanho. Distingue-se da tordoveia pelo seu menor
tamanho e pela contra-asa amarela e não branca


Abundância e calendário

Como reprodutor, o tordo-comum tem uma distribuição limitada ao
norte do país, a qual tem vindo a expandir-se para sul em anos
recentes. A partir de Outubro, com a chegada de um grande
número de invernantes, a espécie pode ser vista por todo o
território. É uma das espécies mais abatidas pelos caçadores

quarta-feira, 26 de março de 2014

Sumi Jo - Franz Schubert - Ave Maria - Paris, 2006


ABSORVENDO A VIDA

Estar preparado para nascer as vezes que forem precisas não é fácil, às vezes sentimo-nos velhas(os) e gastos(as), mas na verdade quando vem a Primavera voltamos a nascer. Por muito que nos ordenemos e direitinhos andemos, julgando que controlamos tudo, a vida encarrega-se de nos transbordar, de nos desarrumar e às vezes a vida é tão viva que até parece as chuvas de Verão e ficamos com medo de ir na enxurrada.
Convém esvaziarmo-nos de vez em quando, como se faz com as gavetas, para conseguirmos espaço para mais sonhos.
É difícil sabermos quando as coisas que acontecem nos estão a mudar.
Quase sempre não somos capazes de explicar o que nos está a acontecer a não ser quando os acontecimentos já passaram há muito.
Para quase tudo somos empurrados.
Vivemos neste vaivém, sempre presos aos motivos que justificam as deslocações desses movimentos.
Quando morava e trabalhava na cidade, deslocava-me dum lado para o outro com objectivos específicos. Depois vim morar para o campo, por opção, e colocava a mesma questão diariamente, o que vou fazer hoje?
A questão era sempre a mesma - para que sítio me desloco - e inventava um programa que cumpria escrupulosamente.
Agora estou porque estou. O sentido de utilidade já me diz cada vez menos.
O ser para mim é o mais importante e profundo.
Escuto velhos, gente que podia ser meus pais, a questionar o sentido da utilidade e não raro deprimem, pensando que já não são úteis. É algo que angustia, mesmo só ouvindo.
Saber ir em busca do desconhecido, do imprevisto, não por qualquer tipo de espírito aventureiro, mas tão só porque se absorve o sabor da vida.
A aceitação do imprevisto, da descoberta que cada um vai fazendo é algo que nos rejuvenesce

BOM DIA, PERNA-VERDE-COMUM

Identificação

Maior que o perna-vermelha-comum, distingue-se desta espécie sobretudo pela sua plumagem mais clara,
destacando-se as partes inferiores brancas, que constrastam com as partes superiores acinzentadas. As
patas são de um verde-azeitona, que podem parecer cinzentas à distância. O bico é recurvado para cima.
Em voo destaca-se a “lança” branca no dorso e a ausência de qualquer risca alar.


Abundância e calendário

Embora raramente seja observado em grande quantidade, o
perna-verde-comum pode ser observado em Portugal durante
todos os meses do ano. É durante as épocas das migrações que é
mais numeroso, devido à ocorrência de indivíduos que se
encontram em passagem de ou para África. No Inverno pode ser
visto em pequenos números nos principais estuários e na época
dos ninhos são por vezes vistos indivíduos não reprodutores.
Associa-se frequentemente a outras espécies de limícolas







terça-feira, 25 de março de 2014

Turn Me On ~ Norah Jones


Bach - French Suite No. 2 in C minor, BWV 813 (Maria João Pires) (+lista...


para quem gostar de animais e ilustrações

http://www.bbc.co.uk/mundo/video_fotos/2014/03/140321_galeria_ciencia_atlas_zoologia_np.shtml

BOM DIA, PEGA-AZUL

Identificação

Extremamente fácil de detectar pelos bandos numerosos e
barulhentos, vocalizando frequentemente quando em voo ou em
alimentação. São facilmente reconhecíveis pela cauda e asas
azuladas, e pela cabeça preta que contrasta com a tonalidade ocre
do resto do corpo, e a garganta quase branca. A cauda é comprida,
o que proporciona a estas aves um voo algo lento, mas com
capacidade de manobra notável, podendo inverter a direcção com
bastante facilidade


Abundância e calendário

Espécie localmente abundante, a pega-azul distribui-se pelas
zonas de influência mediterrânica e ocorre sobretudo em zonas do
interior, de norte a sul, e em alguns locais do litoral, como é o caso
do Algarve e do
estuário do Sado. Trata-se de um corvídeo
residente, observável durante todo o ano. Durante o Inverno forma
bandos de dimensão considerável.

segunda-feira, 24 de março de 2014

PARA QUEM QUISER ESPREITAR

https://www.facebook.com/ArtGuide

PRESENÇAS

Chove mas a presença da Primavera faz-se sentir.
E tu que estás lá do outro lado do mundo, tu estás sempre em mim.
De que falamos realmente quando falamos de saudade?
De que falamos realmente quando falamos da vida?
De falamos realmente quando falamos de ausência?
Há ausências que estão bem presentes. A diferença apenas reside na sua singularidade.
Cada presença colecciona os seus acontecimentos, mas acontece o mesmo nas ausências.
Há o perigo de subestimar as ausências.
Há territórios que são absolutamente íntimos, nem a poesia os aborda.
Todos nós temos os nossos atalhos, as nossas ruas sem saída, as nossas autoestradas.
Há alguns que mentem  e dizem a verdade discriminadamente e vão perdendo gradativamente o sabor das vivências, das presenças das ausências.
A realidade só é real para quem a constrói.
Sem os meus ausentes ser-me-ia bastante mais difícil viver.
Reinvento-os quase todos os dias.

A Palavra - Tema para Sasseti


BOM DIA, GORAZ

Identificação

É uma garça de dimensão intermédia. O seu pescoço curto confere-lhe um ar atarracado. As asas e o
barrete preto contrastam com o dorso cinzento e com o ventre esbranquiçado. As patas são amarelas e os
olhos são vermelhos. Os juvenis são malhados de castanho e também têm as patas amarelas



Abundância e calendário

Actualmente o goraz é uma espécie muito escassa em Portugal, com uma distribuição muito fragmentada.
O litoral centro e o vale do Tejo, onde se conhecem algumas colónias, constituem as suas principais áreas
de ocorrência. Nidifica colonialmente em árvores, nas imediações de zonas húmidas, em associação com
outras espécies de garças.
É uma espécie estival, que está presente no país sobretudo de Abril a Setembro. Ocasionalmente
observa-se durante o Inverno.


domingo, 23 de março de 2014

La Petenera (Christina Pluhar)


NASCIDOS DEPOIS DA LIBERDADE

Mesmo sabendo da História e ouvindo falar não é a mesma coisa, não se pode comparar, em especial o que não é comparável.
E agora lembrei-me das invasões francesas, na forma como actuavam os franceses. Carregavam com tudo depois da destruição, levaram de rasto as marquesas, as duquesas, as pérolas, os soldados carregaram o que puderam, pilharam tudo. Não sei a que propósito me veio à memória isto, mas se calhar foi mesmo a memória afectiva a comandar.
No 25 de Abril de 1974, todos nós, portugueses maltratados pelo fascismo, durante cinco décadas a fio, deixamos que aqueles que sempre nos pilharam e assaltaram, mesmo na honra e dignidade, fossem para o Brasil e para outros destinos, deixamos que levassem tudo ou então que guardassem tudo bem guardado.
Foi pena, um erro crasso que pagamos com língua de palmo. Eles apenas fizeram um interregno nas suas vidas, umas férias e voltaram com os mesmos hábitos e com as mesmas formas de roubo e opressão.
Os que não morreram de morte natural, estão cá todos. Quem manda hoje são os filhos e netos  tal e qual como num país da América Latina na era dos Coronéis, com as devidas adaptações, adaptações europeias se fizeram.
Entretanto os filhos da Nação, como diz o verso da canção, estão sem emprego ou com salários tão baixos que acabaram os especialistas, tal como na Checoslováquia há uns anos.

Quem me dera ser escritora e tirar personagens dos livros e pô-los a funcionar comigo como quando era pequena e "escritora", tudo seria diferente, faria uma História do meu País linda, com personagens lindas. 
A escrita é uma necessidade biológica, sempre foi anti-séptica, fisiológica.

Nós, os que nascemos antes do 25 de Abril sabemos o que são pessoas boazinhas que fazem mal, as tais do sadismo com bacalhau.
Nós até falávamos de pintura sem imagem e de amor sem o fazer.
Os nascidos depois da liberdade  conhecem as imagens, conhecem o amor, mas talvez não conheçam tão bem a ignorância ocidental ou talvez não.
Sabem muito bem que o país se tornou uma praça de touros sem alternativa no que a empregos diz respeito. Sabem o que é viver na Europa, sabem isso tudo mas para eles a Europa fica no bairro onde moram, nas periferias, nos espaços metafísicos.  A Europa não deixa de ser uma superfície lunar.
Para todos nós que vivemos aqui, passamos a viver em órbita todos os dias. Vive tudo em guerras de nervos.
Eles não sabem o que passamos para aqui chegar, mas sabem muito bem porque não são pancrácios, que esta liberdade por si só, não os torna felizes, que viver à custa dos pais e não terem direito a constituir família  não é uma liberdade que preze o nome e que este viver não tem nada de civilizado.
Sabem, depressa o perceberam, desde os bancos da escola que quem ganha é o mau, o biltre, o pulha, o denunciante. Uns aceitam isso e fazem-se políticos ou aninhados ao poder, outros emigram e os de antes do 25 de Abril ficam sem filhos, sem netos e cumpre-se o Fado nacional.
Os pais investiram dinheiro nos seus filhos, em obras de fomento para  os poderes instalados e a instalar os oferecem ao mundo como mão de obra qualificada sem custos de formação e ordenados modestos.
Os nossos filhos, os nascidos depois do 25 de Abril, sabem o que é a liberdade mas também já sabem que a mesma é condicional.
Claro que também há os outros, os de antes e depois, que estão alheios, passam alheios pela vida, não querem mais nada que respirar e gostam de futebol, até de fazer a guerra por lá.
Todosaprendemosque há uma liberdade, que afinal não é mais do que a obrigação de se pensar como os outros querem.
A nossa "ignorância" é tão limpa. Todos sonhávamos com a liberdade, agora todos sabemos que esta liberdade está na linha da tradição da falta de liberdade portuguesa, vem de longe.

BOM DIA, MOCHO PEQUENO-DE-ORELHAS

O assobio monossilábico do mocho-pequeno-d’
orelhas, repetido de três em três segundos
durante horas a fio, por vezes em dueto, é um
dos sons mais característicos da Primavera
transmontana.
Identificação


Ligeiramente menor que o mocho-galego,
caracteriza-se pelos pequenos tufos que possui
sobre a cabeça, que se assemelham a
“orelhas”. Tal como a maioria dos membros da
sua família, tem hábitos nocturnos e só
raramente se vê de dia. O seu canto monótono,
que na Primavera se faz ouvir durante horas a
fio, é geralmente a melhor forma de localizar
esta espécie. Contudo, é importante lembrar
que o canto do sapo parteiro é muito
semelhante, podendo causar confusão


Abundância e calendário

De uma forma geral é pouco comum, excepto no nordeste onde é
claramente mais numeroso. Este pequeno mocho é estival e
pode ser observado sobretudo de Março a Setembro. Frequenta
zonas de árvores velhas com cavidades onde possa nidificar, por
vezes também ocorre em zonas habitadas, nidificando em jardins
públicos.

ai, o que eu descobri

https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=o57b8UBWzRA&list=PLw5kpe7c-OOkW3y5tZiNuKd1HV4dBY2u7#t=2

sábado, 22 de março de 2014

BOM DIA, RABIRUIVO

Identificação

Pequeno passeriforme insectívoro do tamanho de um pisco-de-peito-ruivo. O macho é preto com uma
pequena mancha branca na asa. A fêmea e o juvenil são acastanhados. Em todas as plumagens, o
rabirruivo-preto identifica-se pela cauda cor-de-fogo e pelo “tique nervoso” que se consubstancia num
frequente tremer. Estas características permitem distingui-lo de todos os passeriformes excepto do
rabirruivo-de-testa-branca.


Abundância e calendário

Na época reprodutora distribui-se essencialmente a norte do Tejo,
surgindo associado a zonas rochosas e também a locais
habitados; para sul do Tejo tem uma distribuição muito localizada,
ocorrendo essencialmente nas falésias costeiras e, localmente em
escarpas no interior (nomeadamente no norte alentejano). A partir
de Outubro, com a chegada de muitos invernantes, ocorre em todo
o território continental e pode ser visto em qualquer local ou tipo de
habitat, desde zonas florestadas com clareiras, até terrenos
agrícolas e também zonas habitadas.

"Bella Ciao" in 9 Languages (HD)


sexta-feira, 21 de março de 2014

Voces de Primavera - Johann Strauss


NOTÍCIAS AVULSO




. há 150 milhões de anos, o maior dinossauro carnívoro da Europa era português

. Os carrilhões do Palácio Nacional de Mafra e Vilar de Perdizes figuram entre os 11 monumentos e sítios pré-selecionados para o programa "Os 7 Sítios Mais Ameaçados de 2014, informa a Europa Nostra, a principal organização europeia para a salvaguarda do património- que o Centro Nacional de Cultura representa em Portugal- conjuntamente com o Banco Europeu de Investimento.

. Amanhã, 22/3, comemora-se pela 7ª vez o Dia Mundial da Poesia no CCB.  VITORINO NEMÉSIO é o poeta em destaque este ano.

. Barragens por fazer custam 2,4mil milhões de euros e quem está à frente do negócio, quem é? Couto dos Santos (lembram-se deste?) e João Manso Neto, da EDP Renováveis.

. Hiperluxo acelera vendas - Ferraris e Maseratis pois então.

. PARFOIS - é a maior marca portuguesa fora de Portugal.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

O Lutador

Carlos Drummond de Andrade

O Lutador *
Carlos Drummond de Andrade **
Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem 3 há sevícia
que as traga de novo
ao centro da praça.
Insisto, solerte.
Busco persuadi-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassam levíssimas
e viram-me o rosto.
Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue…
Entretanto, luto.
Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste descampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
da maior tortura.
Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.
Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumará.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
aquela sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! é o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.
O ciclo do dia
ora se conclui 8
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio.
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.

AINDA SOBRE A PALAVRA

Certas Palavras

Certas palavras não podem ser ditas
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
lá onde a polícia dos adultos
não adivinha nem alcança.

Entretanto são palavras simples:
definem
partes do corpo, movimentos, actos
do viver que só os grandes se permitem
e a nós é defendido por sentença
dos séculos.

E tudo é proibido. Então, falamos.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Boitempo'

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

A Palavra Mágica

Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Discurso da Primavera'

A Invenção da Água de Mário Henrique-Leiria.mp4


BOM DIA, ROQUINHO

Identificação

As duas espécies deste género são as maiores de entre o grupo dos painhos que ocorrem regularmente
nos mares de Portugal Continental. Tal como é salientado para os restantes painhos, a distinção entre
estas duas espécies envolve-se de um grau de dificuldade acrescido. Basicamente, a menor dimensão das
asas, a quase ausência de manchas pálidas na parte superior das mesmas, a cauda mais quadrada e a
maior largura da banda branca uropigial, estas são as características que permitem distinguir o roquinho do
painho-de-cauda-forcada. No entanto, é preciso ter em atenção que é bastante complicado de observá-las a
partir de terra, dado o diminuto tamanho destas espécies.

Abundância e calendário

O roquinho é raro junto a Portugal Continental. Existe uma pequena população reprodutora nos Farilhões
(perto da
Berlenga), sendo esta uma população de Inverno, pelo que a melhor época para a observação
desta espécie na zona se situa entre Novembro e Março






VIVA A POESIA

Chaves na mão, melena desgrenhada


Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.

A filha, moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada...»

- «Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,

Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado!...

Nicolau Tolentino

CESÁRIO VERDE

Vaidosa


Dizem que tu és pura como um lírio
E mais fria e insensível que o granito,
E que eu que passo aí por favorito
Vivo louco de dor e de martírio.

Contam que tens um modo altivo e sério,
Que és muito desdenhosa e presumida,
E que o maior prazer da tua vida,
Seria acompanhar-me ao cemitério.

Chamam-te a bela imperatriz das fátuas,
a déspota, a fatal, o figurino,
E afirmam que és um molde alabastrino,
E não tens coração como as estátuas.

E narram o cruel martirológio
Dos que são teus, ó corpo sem defeito,
E julgam que é monótono o teu peito
Como o bater cadente dum relógio.

Porém eu sei que tu, que como um ópio
Me matas, me desvairas e adormeces
És tão loira e doirada como as messes
E possuis muito amor... muito "amor próprio".

Cesário Verde

VIVA A PRIMAVERA, VIVA





quinta-feira, 20 de março de 2014

Astor Piazzolla Libertango (versión original)


BOM DIA, GAIVINA


GAIVINA PRETA
Identificação

Como uma andorinha-do-mar de pequenas dimensões, apresenta plumagens distintas entre o Outono-
Inverno e a Primavera. No primeiro caso, ostenta um capuz preto que não cobre os olhos, bico fino e escuro,
branco da garganta até ao abdomén, e patas avermelhadas. O dorso é cinzento com os ombros escuros.
Durante a Primavera apresenta uma vistosa plumagem negra que cobre a cabeça, a garganta, o peito e a
barriga, contrastando com o cinzento-prateado do dorso e das asas. O bico e as patas são escuros nesta
plumagem. Quando em voo, apresenta corpo escuro e asas pálidas nas partes inferiores e superiores.
Pode ser confundida com a
gaivina-d’asa-branca, especialmente em plumagem não nupcial


Abundância e calendário

Trata-se exclusivamente de um migrador de passagem, com
algumas concentrações observáveis sobretudo entre Maio e Junho,
e entre final de Agosto e Setembro. Ainda assim, é uma espécie de
distribuição localizada e pouco comum e cuja abundância parece
variar fortemente de ano para ano.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Janine Jansen - Summer 1945 (Soundtrack Süskind movie) (HD)


BOM DIA, POUPA

Nome comum: Poupa
Nome científico: Upupa epops
Nome em inglês: Hoopoe
Há muito que não escrevia nesta secção! Isto das lides bloguísticas tem estado um pouco em segundo plano devido a muitos factores externos que não vou referir aqui pois este post não tem nada a ver com isso.
Portanto voltando à questão que me trouxe aqui, falo desta vez da Poupa. Pertencente à família  Upupidae (aves upopiformes ), esta ave encontra-se distribuída pela Europa, zonas tropicais da Àsia , toda a Àfrica excepto zonas desérticas e pelo Madagáscar. É característica de zonas agrícolas ou pastagens com pequenas matas e arbustos.
Com um comprimento de 26 a 28 centímetros, e uma envergadura de 42 a 46 centímetros, esta ave não pesa mais que 80 gramas e tem uma esperança média de vida de 11 anos.
Esta ave é caracterizada por possuir um bico comprido e arqueado, com uma crista eréctil. É esta crista em forma de poupa que lhe dá o nome. A sua plumagem é acastanhada , com as asas largas e arredondadas de listas pretas e brancas. A sua cauda longa é preta com uma barra branca larga. As patas são acinzentadas e curtas.
O seu canto é um característico hoop-hoop-hoop que pode ser repetido ao longo de vários minutos.
Nidifica em buracos de árvores e muros de pedra. A postura é efectuada entre Agosto e Outubro e é constituída por 2 a 7 ovos que variam entre as cores cinzento e amarelo. A incubação que dura cerca de 18 dias é efectuada pela fêmea. Ao fim de 3 ou 4 semanas, as crias estão prontas para os seus primeiros voos.
A principal característica dos ninhos das poupas é talvez o seu cheiro fétido, extremamente desagradável. O mau cheiro não se deve a falta de higiene no ninho, pois sabe-se que a fêmea o limpa cuidadosamente de todos os detritos, mas representa uma estratégia contra predadores. A fêmea e os juvenis desta espécie possuem uma glândula uropigial, capaz de segregar o líquido responsável pelo mau cheiro, que é expelido em caso de ameaça.
Desconfiada, passa grande parte do tempo a alimentar-se no solo. Caminha errantemente, mudando constantemente de direcção. Inverna em África. Voa frequentemente a baixa altitude, rente ao solo. Voo com ondulações curtas e batimentos irregulares, intercalados com deslizes. Ao aterrar, levanta a poupa, por breves instantes.
O estado de conservação da poupa é seguro, mas a espécie encontra-se em regressão na Europa. No último século desapareceu da Suécia, Holanda, Bélgica e grande parte da Alemanha, sobretudo devido à alteração das práticas agrícolas e à introdução do uso de insecticidas.
Alimenta-se essencialmente de minhocas e insectos. Embora prefira alimentar-se no solo, é também capaz de caçar insectos em voo.

terça-feira, 18 de março de 2014

FALANDO COM AS PALAVRAS

Vendo eu azedas, plantas que nascem livremente, me lembrei de reixas e teixos, aquelas árvores coníferas que via nos cemitérios na época em que os frequentava, para  junto de árvores e silêncio me recolher.
Hoje, o cemitério do Prado do Repouso tornou-se um local de passagem.
E vieram-me à memória, as resedas com aquele aroma que se conhece, não fossem elas do grupo das aromáticas.
E as palavras a colocarem-se mais uma vez em volta de mim, a acotovelarem-se umas às outras com aquela pressa que lhes é habitual e depois de sestearem pereciam almalhos aos meus ouvidos.
Ai pensavas que nós éramos algumas beócias, não?
Deves ter ouvido muitas anedotas de transtaganos, nem bonzos somos.
Já de pé me encontrava, aguardando que algumas porventura deperecessem.
Manti-me inescrutável.
Supunham que vou escavar o vosso passado Srªs palavras, mas será muito diferente, falarei convosco do futuro. Não reclamarei nada, nem presente nem passado, faremos um diário de coisas para fazer, preparem-se!

Jorge de Sena "Poemas seleccionados e ditos pelo autor" disco LP (1ª ed....


BOM DIA, PARDELA-DE-BARRETE

Identificação

Trata-se de uma pardela típica, de dimensão média-grande, com um característico barrete preto e um colar
branco que interrompe a plumagem escura que se estende pelas partes superiores da ave. Por debaixo,
apresenta uma tonalidade bastante pálida. O seu voo é idêntico ao das restantes pardelas, executando
grandes arcos sem batimentos de asas em alturas de vento forte ou moderado. Quando o vento é fraco ou
nulo, voa rente à superfície do mar. Esta é uma espécie maior que as restantes pardelas, apenas
ultrapassada pela
cagarra em dimensão. Ao contrário desta, possui o bico escuro e mais fino.


Abundância e calendário

Pouco frequentemente observada, a pardela-de-barrete ocorre quase exclusivamente durante a migração
para sul em direcção às suas áreas de reprodução. Este período decorre entre finais de Agosto e Outubro.
Em períodos de temporal, ou imediatamente a seguir a estes, podem aproximar-se da costa,
proporcionando observações de algumas centenas por hora, em passagem para sul. No entanto, esta
espécie é habitualmente rara.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Dmitri Shostakovich - The second waltz


NATÁLIA CORREIA

Natália Correia

"Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,...
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
.
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
.
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
.
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro. Ámen.
.
de Natália Correia

in "Sonetos Românticos"

Mundo Cão - "Anos de Bailado e Natação"


DE QUE VOU EU FALAR?

Já teria dito que a mãe do Velásquez era portuense? Já, por certo. Passei pela Praça e lembrei-me. Agora chama-se Praça Sá Carneiro.
Já falei do amor? Já falei, claro, já disse  possivelmente que o amor não se inventa ou existe ou não existe. Posso conquistar uma ciência, um saber que ainda não tenho, mas não se conquista uma afeição.
Ontem foi dia 16 de Março, em 1816 neste dia morreu D. Maria I, com 81 anos e nem assim  D. João VI resolveu voltar ao reino. Podia falar da falsa partida que foi a revolta das Caldas em 16/3/1974.
Já falei de tanta coisa que se calhar também já disse que não tenho medo do fracasso e nunca receio os prejuízos.
Já falei da vocação que há em todos nós para ultrapassar o humano, assim como a tentação para o medíocre.
Nas minhas reflexões diárias talvez já tivesse dito que no meu fundo há uma certa alegria que vem de me sentir boa, de compreender a dor, de simpatizar, de me revoltar contra as injustiças.
E agora veio-me à cabeça um tema 'bom' para falar, aquele do mercado livre, da livre iniciativa para dizer asneiras, de praticar erros de ortografia e outros, sendo que os do pensamento são mesmo os piores.
Já falei das palavras, das lutas das palavras, mas é sempre um tema que me atrai.
Vejo espadas e diabos e anjos a voarem das letras das palavras.
Não sei, mas talvez falar do mágico, fosse uma coisa melhor do que falar da realidade rotineira e rotulada, levava-nos e purificava-nos.
Também falei da fé e de muita gente para quem a fé é muito mais forte que a verdade. Portanto, se calhar já falei de tudo.
às vezes sinto-me invadida de um infinito cansaço e apetecia-me hibernar, dormir e só acordar quando este país tivesse voltado ao sítio.  

BOM DIA, MERGANÇO-DE-POUPA

Identificação

O merganso-de-poupa é um pato diferente da tipologia
habitual deste grupo, sobretudo devido ao bico fino e
comprido. Esta espécie ostenta uma característica poupa
eriçada na nuca. Tal como nos restantes patos, o macho e
a fêmea diferem substancialmente. O macho, mais
colorido, apresenta cabeça verde escura, o característico
bico fino avermelhado, um colar branco, e padrão no dorso
claro/escuro com uma larga banda branca nos flancos. Já
a fêmea, de tonalidade mais baça, apresenta o bico da
mesma cor, cabeça castanho-fulvo e restante corpo
acinzentado


Abundância e calendário

O número de aves que visita o nosso território é relativamente reduzido, sendo esta uma espécie pouco
comum. Como invernante, a melhor época de observação decorre de Novembro a Março, sendo uma
espécie típica de águas abertas de estuários e lagoas amplas, podendo também ser encontrada em
ambientes marinhos junto ao litoral

sábado, 15 de março de 2014

Amália Rodrigues- Uma Casa Portuguesa (+lista de reprodução)- E VOLTOU TUDO AO PRINCÍPIO


BOM DIA, PETINHA- DOS- CAMPOS

Identificação

Esta petinha, que pela estrutura se assemelha a uma alvéola,
caracteriza-se pela plumagem muito clara, pela ausência de
marcas no peito (adultos) e pela cauda bastante longa. As patas
são rosadas. Pode confundir-se com a
petinha de Richard, à qual
se assemelha.


Abundância e calendário

A petinha-dos-campos distribui-se um pouco por todo o país, mas
é geralmente pouco abundante. Frequenta zonas abertas, tanto nas
planícies alentejanas, como nas zonas mais elevadas das
principais serras. Durante as épocas de migração, ocorre
regularmente junto à costa, nomeadamente em estuários e junto a
certos cabos. Esta petinha é um visitante estival, que está presente
nas áreas de reprodução entre Abril e Setembro e pode ser vista
em migração até Outubro. Ocasionalmente é observada em pleno
Inverno, no litoral sul

sexta-feira, 14 de março de 2014

Luis Represas e Rui Veloso - Da Próxima Vez


Manuel Freire - Pedra filosofal


REFAZENDO A HISTÓRIA- sonho meu

Os governantes da minha terra estão  trabalhando arduamente para o dinheiro que os bandidos colocam nas suas contas offshores ficar no país.
Os governantes do meu Portugal estão ao serviço de Portugal, não de Bruxelas, não dos Bancos, não do internacional capitalismo.
A maioria na A.R. é gente séria, ao serviço dos contribuintes que lhes pagam e camaradas de ideias.
Os políticos do meu país bebem com sofreguidão as impressões da Pátria.
O povo faz mea culpa e todos que têm votado nos partidos que nos têm governado, se arrependeram e vão dar na próxima vez a hipótese a outros, para testar se o que dizem é verdade, se conseguem governar para e com o povo.
Deixamos de pedir dinheiro a Bruxelas, porque não queremos ficar dependentes de ninguém e de todo aquele dinheiro arremessado à doida.
Deixamos de cumprir pena.
Primeiro vamos tratar da economia e só depois pagamos o que temos a pagar, mas primeiro saber o que devemos ao certo.
A democracia será purificada.
Os políticos serão servidores do povo e desapegam-se de si.
A alma deste Portugal deixará de ser cariada. Voltaremos a ter confiança no progresso e na verdade.
As televisões deixarão de transmitir boçalidade, incultura e mau gosto.
As cidades renascerão das cinzas, não pelos turistas de meia tigela mas pelo pulsar da economia.
O Homem deixará de ser coisificado. Os trabalhadores deixarão de ser coisas bem como as pessoas passarão a ser mais pessoas e as satisfações serão menos de ordem material.
A inteligência e a cultura dos portugueses vai aumentar assustadoramente.

Como é bom sonhar...



BOM DIA, PERDIZ

Identificação

Com o seu aspecto de galináceo, a perdiz é praticamente inconfundível. A plumagem é composta por
tons de cinzento, preto, branco e ruivo. Destacam-se a garganta branca orlada de negro, o ventre ruivo, o
bico vermelho e as patas vermelhas. Os juvenis sao acastanhados


Abundância e calendário

Relativamente comum em todo o país, embora sendo escassa
nalgumas zonas do litoral. Ocorre sobretudo em zonas abertas
ou esparsamente arborizadas, evitando as zonas densamente
urbanizadas. É uma especie residente, que pode ser observada
em Portugal durante todo o ano

quinta-feira, 13 de março de 2014

The Best Of Anna Netrebko (Full Album)

)

Ana Netrebko " From Janitress to Opera Diva"

)

BOM DIA, FELOSA-DOS-JUNCOS

Identificação

Pequeno passeriforme, semelhante a outras espécies como a felosa-aquática. Apresenta uma lista
supraciliar bastante marcada e quase branca, e um padrão pouco riscado no dorso, que é mais escuro que
o peito. Ao contrário da
felosa-aquática, não possui uma lista ao meio da coroa.



Abundância e calendário

Este pequeno migrador de passagem é pouco comum em
Portugal, sendo mais frequente a sua captura e marcação em
redes de anilhagem que a sua observação no terreno. A sua
presença é mais regular na passagem outonal, sobretudo entre
finais de Julho e início de Outubro. Pode também ser avistada nas
passagens primaveris entre meados de Fevereiro e meados de
Abril. O seu habitat de eleição é o caniçal, podendo ocorrer também
junto de outra vegetação aquática. Só raramente é vista longe de
água.






quarta-feira, 12 de março de 2014

Ben Webster meets Oscar Peterson (Hannover, 1972)

)

O MEU CARVALHO RESSUSCITADO

Morreu-me um carvalho há três anos. De vez em quando morrem seres do jardim, no jardim.
Fiquei de luto e fiz como a andorinha quando o companheiro morre, não o deixei sair dali.
Sempre que passava por ele ficava triste e resolvi cobri-lo com bocadinhos de lã e renda.
Toda a gente gostava do meu carvalho morto com vida.
O que eu queria mesmo é que ele voltasse a viver ou então que desnascesse, voltando da vida para antes, era assim um ideia muito lúcida dessa tristeza.
O "milagre" aconteceu. Hoje o meu carvalho morto está coberto de uma espécie de hera linda, as rendas e as lãs ficaram por baixo a aquecê-lo e tem um filho junto dele.
Na natureza tudo se transforma e o meu querido carvalho que me conhece, passou para além do porquê, do porque morreste.
Esta história é verdadeira. Podia ter saído como colheita da imaginação, fruto das sementes que coloco  dentro desta caixa côncava e convexa, mas não é.
O meu carvalho continua a viver dentro de mim e agora mesmo vou-lhe aparar as repas que lhe fiz no outro dia, parecem-me um pouco crescidas.

BOM DIA, BORRELHO-RUIVO

Identificação

Em Portugal, o borrelho-ruivo é mais regularmente observado nas plumagens de Inverno e de juvenil.
Nestes casos, é visível a distintiva marca branca no peito em forma de meia-lua. Esta marca também é
bastante visível na plumagem de Verão dos adultos. Estes apresentam uma cor arruivada abaixo desta
mesma marca, que contrasta com a cor cinzenta da garganta e do dorso. Nos juvenis e no Inverno, este
borrelho perde esta cor ruiva, que é substituída por tonalidades mais amareladas. Em todas as plumagens
apresenta uma lista muito pálida por cima do olho, que se prolonga até à nuca


Abundância e calendário

O borrelho-ruivo é um migrador de passagem, ocorrendo sobretudo em Setembro e Outubro. Quase
exclusivamente observado na metade sul do território, é ainda assim bastante raro enquanto visitante