sexta-feira, 28 de agosto de 2015
O ZERO
Há dias em que vemos tudo sem névoa, mesmo que a neblina seja intensa.
Vemos que envelhecemos irreversivelmente, que os sonhos não dão frutos. Vemos que todos os conflitos se agravam e as dúvidas também.
Há uma espécie de estrídulos apitos na nossa cabeça que tal como uma máquina de calcular das antigas nos vá acrescentando parcelas às perdas. Sentimo-nos um zero à esquerda da vírgula, tanta luta, tanto cansaço e apenas uma gota de melancolia, aquela melancolia nacional.
Vemos que envelhecemos irreversivelmente, que os sonhos não dão frutos. Vemos que todos os conflitos se agravam e as dúvidas também.
Há uma espécie de estrídulos apitos na nossa cabeça que tal como uma máquina de calcular das antigas nos vá acrescentando parcelas às perdas. Sentimo-nos um zero à esquerda da vírgula, tanta luta, tanto cansaço e apenas uma gota de melancolia, aquela melancolia nacional.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
COMO EU DETESTO ESTA CANALHA
Quem manda no mundo não devia mandar.
Quem manda no meu país não devia mandar.
Não são gente civilizada, são cabotinos, incultos, desconhecedores de praticamente tudo.
O Eça de Queiroz orgulhava-se da Europa em detrimento da América, eu não me orgulho. Que valeu a Revolução Francesa, Kant, Mozart ou Shakespeare?
A experiência não ensina nada.
Os governantes de hoje não merecem nada e muito menos o passado dos povos.
Quem manda no meu país não devia mandar.
Não são gente civilizada, são cabotinos, incultos, desconhecedores de praticamente tudo.
O Eça de Queiroz orgulhava-se da Europa em detrimento da América, eu não me orgulho. Que valeu a Revolução Francesa, Kant, Mozart ou Shakespeare?
A experiência não ensina nada.
Os governantes de hoje não merecem nada e muito menos o passado dos povos.
domingo, 23 de agosto de 2015
1896- 2015
Um Povo Resignado e Dois Partidos sem Ideias
Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguen...tando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]
Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguen...tando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.
Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)'
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.
Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)'
E A EXPERIÊNCIA EXISTE?
CITAÇÃO DE MARCO TÚLIO CÍCERO, SENADOR ROMANO...
"O orçamento deve ser equilibrado,
o Tesouro Público deve ser reposto,
a dívida pública deve ser reduzida,
a arrogância dos funcionários públicos deve ser moderada e controlada,
e a ajuda a outros países deve ser eliminada,
para que Roma não vá à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver às custas do Estado! ".
Ano 55 AC .
o Tesouro Público deve ser reposto,
a dívida pública deve ser reduzida,
a arrogância dos funcionários públicos deve ser moderada e controlada,
e a ajuda a outros países deve ser eliminada,
para que Roma não vá à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver às custas do Estado! ".
Ano 55 AC .
sofrimento
sofrimento é:
- ver uma pessoa que amamos doente, sabendo que essa doença não tem cura
sofrimento é:
- sentirmo-nos impotentes para alterarmos o que nos faz infelizes
sofrimento é:
- esta dor profunda, esta mágoa ardente que me parece irremediável e que persiste dentro de mim.
sofrimento é:
- irmos adiando a verdade para nós próprios
sofrimento é:
- querer meter na ordem o rebanho de sentimentos e eles sempre a tresmalhar.
- ver uma pessoa que amamos doente, sabendo que essa doença não tem cura
sofrimento é:
- sentirmo-nos impotentes para alterarmos o que nos faz infelizes
sofrimento é:
- esta dor profunda, esta mágoa ardente que me parece irremediável e que persiste dentro de mim.
sofrimento é:
- irmos adiando a verdade para nós próprios
sofrimento é:
- querer meter na ordem o rebanho de sentimentos e eles sempre a tresmalhar.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
O DRAMA DOS HOMENS
A América com a sua indústria da guerra e a Europa capitalista e seguidista destruíram países c que hoje estão em guerra civil.
Os povos ao fugirem das guerras encontram, muitas vezes, a morte no Mediterrâneo.
Os dirigentes europeus, ditos civilizados, o que fazem? Muros.
Os mesmos que fazem a guerra agora armam-se em servos do Senhor, fazendo uma colheita.
Milhares e milhares de migrantes em bandos procuram terra doce que os acolha e, se não morrerem, apenas encontram sombras cerradas e muros.
Uma falta de amparo completo.
Encontram o nada.
Esta gente que foge à morte deve ter dentro de si uma gritaria de palavras que não saem.
Sinto um vazio dentro de mim feito de tanta impotência.
Não são apenas estas pessoas que buscam a sobrevivência, iguaizinhas a nós, independentemente da cor, do país em que nasceram, de tudo que precisam de ser salvas, nós todos precisamos de salvação urgente. Estamos a desintegrar-nos.
Os inimigos maiores destes dirigentes que fazem as guerras são eles próprios, enclausurados na sua pequenez e regularidade opressivas.
Tornamo-nos todos os náufragos da história, não são só os que morrem naquele mar da fuga.
Os povos ao fugirem das guerras encontram, muitas vezes, a morte no Mediterrâneo.
Os dirigentes europeus, ditos civilizados, o que fazem? Muros.
Os mesmos que fazem a guerra agora armam-se em servos do Senhor, fazendo uma colheita.
Milhares e milhares de migrantes em bandos procuram terra doce que os acolha e, se não morrerem, apenas encontram sombras cerradas e muros.
Uma falta de amparo completo.
Encontram o nada.
Esta gente que foge à morte deve ter dentro de si uma gritaria de palavras que não saem.
Sinto um vazio dentro de mim feito de tanta impotência.
Não são apenas estas pessoas que buscam a sobrevivência, iguaizinhas a nós, independentemente da cor, do país em que nasceram, de tudo que precisam de ser salvas, nós todos precisamos de salvação urgente. Estamos a desintegrar-nos.
Os inimigos maiores destes dirigentes que fazem as guerras são eles próprios, enclausurados na sua pequenez e regularidade opressivas.
Tornamo-nos todos os náufragos da história, não são só os que morrem naquele mar da fuga.
domingo, 16 de agosto de 2015
CRÓNICA SOBRE GATOS COM GENTE
Entre o que acontece nos cios e o que se conta depois, desde que o mundo é mundo, há sempre uma certa diferença, mas na vida dos gatos pouco importa se os donos dormem ou não.
Cá em casa, esta madrugada, foi um filme com vários argumentos ou alguns argumentos para um só filme.
Romance de cavalaria também seria um bom título.
Acontece que todos no soninho do senhor, não naquele território de fronteira, quando se está a adormecer em que ainda sabemos quem somos ou julgamos saber, mas em que já não conseguimos abrir os olhos isso foi depois, a gata miava, gemia melhor dizendo, gritava desesperadamente.
Pensei de imediato: voltou tudo ao princípio, mas não, era um gatarrão da vizinhança que andava às gatas e queria levar a menina para a cama depois de a trocar por outra e desaparecer.
Arrogante introduziu-se cá em casa.
Veio-lhe aquelas vontades imensas de mergulhar dentro da minha gata e saltou pela janela da casa de banho que se encontrava entreaberta.
Pronto, foi assim, uma noite povoada de personagens e gritos insólitos.
A Nini, que até leva uma vida honesta, fugia dum gato, tipo gatarrão, que a veio 'visitar' sem pré-aviso.
Gato amarelo, bem treinado, sem acesso a computador, com educação liberal, introduz-se por qualquer poro da casa não tecendo loas à moral.
Com sono ainda pensei ou julgo ter pensado - que pena os gatos não terem computador, se esta possibilidade estivesse ao seu alcance, por certo que quando desesperados, mediariam os seus ímpetos sentados à mesa do computador.
Cá em casa, esta madrugada, foi um filme com vários argumentos ou alguns argumentos para um só filme.
Romance de cavalaria também seria um bom título.
Acontece que todos no soninho do senhor, não naquele território de fronteira, quando se está a adormecer em que ainda sabemos quem somos ou julgamos saber, mas em que já não conseguimos abrir os olhos isso foi depois, a gata miava, gemia melhor dizendo, gritava desesperadamente.
Pensei de imediato: voltou tudo ao princípio, mas não, era um gatarrão da vizinhança que andava às gatas e queria levar a menina para a cama depois de a trocar por outra e desaparecer.
Arrogante introduziu-se cá em casa.
Veio-lhe aquelas vontades imensas de mergulhar dentro da minha gata e saltou pela janela da casa de banho que se encontrava entreaberta.
Pronto, foi assim, uma noite povoada de personagens e gritos insólitos.
A Nini, que até leva uma vida honesta, fugia dum gato, tipo gatarrão, que a veio 'visitar' sem pré-aviso.
Gato amarelo, bem treinado, sem acesso a computador, com educação liberal, introduz-se por qualquer poro da casa não tecendo loas à moral.
Com sono ainda pensei ou julgo ter pensado - que pena os gatos não terem computador, se esta possibilidade estivesse ao seu alcance, por certo que quando desesperados, mediariam os seus ímpetos sentados à mesa do computador.
sábado, 15 de agosto de 2015
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
SEM ADJECTIVOS
As pessoas duma maneira geral não prestam e mesmo que se use as mesmas palavras, não se fala a mesma língua.
Há pessoas que colecionam personalidades.
Podem ilustrar-se muito bem, fazer esforços desesperados por se apresentarem, ter o sonho de dissolverem os caracteres em aparências, mas a verdade é que a natureza humana é aquilo que é, nem é preciso mais adjectivos.
Há pessoas que colecionam personalidades.
Podem ilustrar-se muito bem, fazer esforços desesperados por se apresentarem, ter o sonho de dissolverem os caracteres em aparências, mas a verdade é que a natureza humana é aquilo que é, nem é preciso mais adjectivos.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
PARA QUE AS COISAS FOSSEM COMO AS PENSO
Gostara eu de ser escritora/poeta.
As coisas como são escapam-me ao entendimento, por isso poderia compreendê-las através da poética, duma forma imaginada.
As coisas como são escapam-me ao entendimento, por isso poderia compreendê-las através da poética, duma forma imaginada.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
A INVEJA
A inveja é um sentimento doméstico e ao contrário da admiração que vence todas as fronteiras e todas as épocas.
Todos nós temos um rebanho de sentimentos que se tresmalham muitas vezes.
Meter na ordem estes sentimentos não é pêra doce.
sábado, 8 de agosto de 2015
QUERO
Há pessoas que fazem os possíveis e até os impossíveis por se parecerem com todos os anúncios que veem.
A leviandade a proferir palavras, sentenças de morte sobre coisas sérias, profundas, como se de amendoins se tratasse, refiro-me aos números do desemprego, mas podia referir-me a tantas outras coisas que afectam a vida das pessoas duma forma, às vezes, fatal. Ontem, ouvi técnicos do IEFP a falarem, na televisão, sobre a forma como chegaram aos tais números do desemprego por volta dos 12%, consoante as semanas, sabendo nós que a verdade deve rondar quase os 40%, tinham perfeitamente um aspecto técnico-burlesco.
Tenho uma mágoa ardente que persiste dentro de mim: este país dói-me, a Europa dói-me, o mundo dói-me.
Por isso cada vez mais me quero nas coisas banais, nas coisas simples sem mais.
Acontece que nós, os que intelectualizamos o sofrimento humano, é-nos proibido ser simples, mas podemos, pelo menos, não o ignorar e lutar por aqueles que sofrem pacificamente vencidos.
Até morrer, quero que as gotas da chuva que perlam as ervas me façam o mesmo.
A leviandade a proferir palavras, sentenças de morte sobre coisas sérias, profundas, como se de amendoins se tratasse, refiro-me aos números do desemprego, mas podia referir-me a tantas outras coisas que afectam a vida das pessoas duma forma, às vezes, fatal. Ontem, ouvi técnicos do IEFP a falarem, na televisão, sobre a forma como chegaram aos tais números do desemprego por volta dos 12%, consoante as semanas, sabendo nós que a verdade deve rondar quase os 40%, tinham perfeitamente um aspecto técnico-burlesco.
Tenho uma mágoa ardente que persiste dentro de mim: este país dói-me, a Europa dói-me, o mundo dói-me.
Por isso cada vez mais me quero nas coisas banais, nas coisas simples sem mais.
Acontece que nós, os que intelectualizamos o sofrimento humano, é-nos proibido ser simples, mas podemos, pelo menos, não o ignorar e lutar por aqueles que sofrem pacificamente vencidos.
Até morrer, quero que as gotas da chuva que perlam as ervas me façam o mesmo.
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
O QUE EU SINTO AGORA
Agora o que sinto mesmo é uma necessidade de espairecer, de sair não digo de casa, de mim própria, é isso de mim própria.
como se fosse possível...
como se fosse possível...
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
ARRIVISTAS
São ambiciosos e trepam, trepam sempre à custa dos velhos militantes.
Prometem sempre o que não podem dar e sabem-no bem demais. Não hesitam em caluniar aqueles que lhes fazem sombra.
Passam a ser calculistas e muito prudentes e a gostar de louvaminheiros e partem sempre da dúvida para a certeza. Não são crédulos, começam por desconfiar lentamente, pacientemente de todos os que são honestos e desinteressados e mesmo quando confirmam que se enganaram posteriormente, mantêm-se sempre a duvidar, sempre admitindo que os seus receios vão-lhes dar um dia razão.
Prometem sempre o que não podem dar e sabem-no bem demais. Não hesitam em caluniar aqueles que lhes fazem sombra.
Passam a ser calculistas e muito prudentes e a gostar de louvaminheiros e partem sempre da dúvida para a certeza. Não são crédulos, começam por desconfiar lentamente, pacientemente de todos os que são honestos e desinteressados e mesmo quando confirmam que se enganaram posteriormente, mantêm-se sempre a duvidar, sempre admitindo que os seus receios vão-lhes dar um dia razão.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
o irrevogável
Há pessoas que são incapazes de analisar um poliedro, de observar as várias faces dum problema, ao ponto da sua última verdade parecer ser sempre a definitiva
terça-feira, 4 de agosto de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
PERTENÇAM A UMA ASSOCIAÇÃO, SENÃO ESTÃO TRAMADOS
Que frase feia e despropositada.
A Associação é que devia estar mais pequena sem vós.
Ora aí está um raciocínio que nos devia acompanhar na vida.
Juntos conseguimos muito mais que sós.
No tempo das artes e ofícios havia as guildas, lembrei-me ao passar pela Rua dos Caldeireiros.
Hoje só vejo letreiros de associações de futebol e outras relativas ao desporto, não querendo dizer que não haja muitas mais.
Os empresários, por exemplo, estão sempre organizados, só assim se constituem um lobby para o poder.
Respiro fundo: que tem isto a ver com liberdade?
Há quem diga que sim.
Como ninguém me fala daí e nunca gostei de ensinar embora goste muito de aprender, vá-se lá saber como resolvo este paradoxo.
Aqui fico eu a reflectir até ao próximo pensamento que será sobre arte, tenho a certeza, haja tormenta ou mar agitado.
A Associação é que devia estar mais pequena sem vós.
Ora aí está um raciocínio que nos devia acompanhar na vida.
Juntos conseguimos muito mais que sós.
No tempo das artes e ofícios havia as guildas, lembrei-me ao passar pela Rua dos Caldeireiros.
Hoje só vejo letreiros de associações de futebol e outras relativas ao desporto, não querendo dizer que não haja muitas mais.
Os empresários, por exemplo, estão sempre organizados, só assim se constituem um lobby para o poder.
Respiro fundo: que tem isto a ver com liberdade?
Há quem diga que sim.
Como ninguém me fala daí e nunca gostei de ensinar embora goste muito de aprender, vá-se lá saber como resolvo este paradoxo.
Aqui fico eu a reflectir até ao próximo pensamento que será sobre arte, tenho a certeza, haja tormenta ou mar agitado.
domingo, 2 de agosto de 2015
SERÁ QUE SE JULGAM DEUS OU COZINHEIROS?
Um deus triúnico composto por PSD/CDS/PS ou três desejos?
Estes interesses vorazes devoram e apanham tudo, à excepção dos ricos e muito ricos de quem se encontram ao serviço, parece a peste de outras épocas em que arrebatava tudo e todos à sua passagem.
A campanha eleitoral começou com modinhas e palavras dispersas pelo vento e ditos para embalar.
Ó vale de lágrimas! Só vejo patos depenados por todo o lado.
Ocuparam-nos, somos um país ocupado com os cozinheiros do regime a oferecerem-nos miudezas cozidas, pescoço, coração, estômago e asas com legumes cortados, embrulhados num molho escuro e acre.
Com ar de bajuladores da corte todos nos apresentam o mesmo prato de múdos de frango, embora alguns nos sirvam caldos de galinha antes.
Administram-se todos muito bem mas a fila para a sopa dos pobres continua a aumentar.
E continuam estes mestres cozinheiros a fazer citações do espólio literário da melhor cozinha dos miúdos de frango.
Enquanto todos falam apenas vejo o colar de âmbar da Merkel e os olhos alienados do seu alienígeno ministro das Finanças, que resolve seguir Hitler modernizando-o e dando-lhe a roupagem das finanças e economia.
Há mesmo, externa e internamente, quem queira introduzir na sopa dos pobres a cicuta, como o apregoam alguns chefes de estado europeus, falando de pragas de migrantes que fogem duma guerra que eles ajudaram a construir.
O tom europeu é desde o início o tom da superioridade de quem tudo sabe e por isso mesmo, apesar das suas afirmações categóricas, diferentes dumas vezes para as outras, na sua tagarelice nasalada, falando do cimo da sua sobranceria de vencimentos demasiado elevados, levando-os a nem questionarem o fim desta Europa.
Alguns(mas) há, que introduzem ainda modos paternais/maternais à mistura.
Toda esta gente padece dum miserável linguajar e mais não fazem que designar o absolutamente dispensável.
Estes interesses vorazes devoram e apanham tudo, à excepção dos ricos e muito ricos de quem se encontram ao serviço, parece a peste de outras épocas em que arrebatava tudo e todos à sua passagem.
A campanha eleitoral começou com modinhas e palavras dispersas pelo vento e ditos para embalar.
Ó vale de lágrimas! Só vejo patos depenados por todo o lado.
Ocuparam-nos, somos um país ocupado com os cozinheiros do regime a oferecerem-nos miudezas cozidas, pescoço, coração, estômago e asas com legumes cortados, embrulhados num molho escuro e acre.
Com ar de bajuladores da corte todos nos apresentam o mesmo prato de múdos de frango, embora alguns nos sirvam caldos de galinha antes.
Administram-se todos muito bem mas a fila para a sopa dos pobres continua a aumentar.
E continuam estes mestres cozinheiros a fazer citações do espólio literário da melhor cozinha dos miúdos de frango.
Enquanto todos falam apenas vejo o colar de âmbar da Merkel e os olhos alienados do seu alienígeno ministro das Finanças, que resolve seguir Hitler modernizando-o e dando-lhe a roupagem das finanças e economia.
Há mesmo, externa e internamente, quem queira introduzir na sopa dos pobres a cicuta, como o apregoam alguns chefes de estado europeus, falando de pragas de migrantes que fogem duma guerra que eles ajudaram a construir.
O tom europeu é desde o início o tom da superioridade de quem tudo sabe e por isso mesmo, apesar das suas afirmações categóricas, diferentes dumas vezes para as outras, na sua tagarelice nasalada, falando do cimo da sua sobranceria de vencimentos demasiado elevados, levando-os a nem questionarem o fim desta Europa.
Alguns(mas) há, que introduzem ainda modos paternais/maternais à mistura.
Toda esta gente padece dum miserável linguajar e mais não fazem que designar o absolutamente dispensável.
sábado, 1 de agosto de 2015
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