quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

MORTE DE MÁRIO SOARES

O Mário Soares morreu. Foram decretados três dias de luto nacional e a realização dum funeral de Estado.
O primeiro em Democracia. O último funeral de Estado pertencia ao Oliveira Salazar, homem que ele combateu desde jovem. A vida tem destas coisas e a morte também. Veio  Temer, o actual Presidente fascista não eleito, do Brasil.
Estava pouca gente nas ruas. Assim que o PS tomou conta dessa ocorrência, mandou que o Partido, a nível nacional, se mobilizasse e comparecesse no funeral, foram de camioneta  paga. Distribuíram rosas amarelas, a flor querida da mulher, Maria Barroso, falecida há um ano e seis meses.
Não compareceram muitos chefes de Estado estrangeiros, nem mesmo o Governo Espanhol se fez representar ao mais alto nível, o que não deixa de ser paradoxal, embora o Rei estivesse presente.
Convencida estou que se o Cristiano Ronaldo morresse, salvo seja, muito mais gente iria para as ruas.
Claro, que houve um conjunto de circunstâncias que se conjugaram para se ter realizado um funeral de Estado, a primeira e desde já, é o PS estar no Governo e Mário Soares ter sido um dos fundadores do PS em 1973, as outras não foram explicadas, bem como esta.
A História foi branqueada em todos os Canais televisivos, chegando-se ao ponto de se passar a mentira inacreditável que Mário Soares foi o pai da Democracia e os partidos, todos, que lá estavam representados, anuírem  nisso.
O PCP de hoje nada tem a ver com o PCP de antigamente, daqueles que prepararam  o regime democrático, este PCP, dirigido por Jerónimo de Sousa, é um partido servil e não se confunda simpatia com servilismo.
Muito teria a dizer do que se passou neste país com as cerimónias fúnebres de Mário Soares, filmada em directo pelos canais televisivos, mas não me apetece narrar mais, a não ser que o CINISMO E A HIPOCRISIA  foram as grandes bandeiras presentes.
Salvaram-se os discursos dos filhos, em especial o da filha, verdadeiros e emotivos.

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