sexta-feira, 27 de abril de 2018

VENDO BEM AS COISAS

Vendo bem as coisas tudo se dissolve em nada.

Vendo bem as coisas podíamos estar todos no manicómio.

Vendo bem a democracia na sua expressão mais simples significa fazer aquilo que acontece.

Vendo bem quando vivemos em estado de sonhadora nostalgia, não se vive.

Vendo bem a maioria das ideias não chegam à alma. Todos querem ser racionais e a racionalidade é quase sempre a capitulação da alma.

Vendo bem nunca há liberdade quando nos escondemos nas palavras dos outros, não passando de cobardia.

Vendo bem o que me interessa mesmo é o momento em que conseguimos saltar a vedação.

Vendo bem a minha ruga de reflexão entre os olhos permanece e não há creme que a disfarce.

2 comentários:

GL disse...


Vendo bem, não há verso sem reverso.

Não será no momento, nesse preciso momento em que saltamos a vedação que o sonho acaba?

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

SE CALHAR COMEÇA OUTRO, QUIÇÁ... :)