quarta-feira, 30 de junho de 2021

A BORBOLETA QUE SE ATIRA AO AR

Era uma vez um dia de Verão. Era uma vez a seguir a uns dias felizes noutros Verões que num minuto, num dia, num mês, num ano, começou a verdadeira conspiração e o bravo general caíu do escadote. Morremos qualquer dia todos e nada sabemos da vida. Estamos no Verão e devíamos estar a atirar-nos ao ar como as borboletas, no entanto o Verão faz-se Inverno todos os dias com as más notícias que nos chegam pela (des)informação.
Sentimo-nos vulneráveis e deixamos de ter certezas. Vivemos vidas estranhas e já não sabemos a quantas andamos. Esperamos por outras vidas. De resto, TUDO, pouco importa. Ainda sentimos sob os pés a terra? Navegamos, mas só verbalmente em redes pouco seguras. Solidariedade? Só em algumas palavras primordiais deitadas de joelhos, que em caso de necessidade nunca se levantam. As palavras que nos isolam, que se acocoram em prateleiras, arrumadinhas por 24h. De novo ingressamos nos nevoeiros e neblinas e é Verão.

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