domingo, 15 de setembro de 2013

NÃO, NÃO!

Não é um sentimento flutuante, iridescente, é duro e cada vez mais fixa esta sensação.
Vivo cansada. Cansada desta grande pausa branca.
Estamos todos ou quase todos, sem espaço.
Vermos o 25 de Abril dissolver-se e não é fácil, em especial para todos aqueles que o ajudaram a construir, que o viveram.
Esta sensação é de enorme impotência.
É preciso recomeçar tudo, mas há zumbidos no pensamento não obstante, não podemos desfalecer de desejos, esquecer tudo.
Há demasiada gente a dizer: não quero pensar nisso.
Precisamos de consciências iluminadas e não ligeiramente iluminadas.
As políticas a que estamos sujeitos, devoram-nos e tornam-nos impacientes.
Continuamos a aguardar os acontecimentos enquanto submergimos.
Submergimos até nas lembranças. As lembranças esfarrapam-se.
Vivemos dias grossos e sem luz.

Como gostava de ter laços na cabeça.

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