George Steiner disse há uns anos na Gulbenkian, num colóquio sobre "Os Limites da Ciência", algo que todos já sabíamos: "Hoje não há esquerda na Europa".
Com o aparecimento do Syriza e destes novos políticos gregos surgiu uma nova esperança.
A ESPERANÇA não pode nem deve morrer.
Na situação difícil em que os gregos se encontram, ousar lutar contra uma Alemanha toda poderosa e uma Europa lacaia, é um feito que merece ser acarinhado.
Liptovetski dizia que ficou 'le vide' na esquerda intelectual porque o edifício de um século tinha ruído e nada viera ocupar o seu lugar. Só restava o indivíduo e os seus interesses.
O conceito de ideologia pode não ser exactamente o mesmo, mas gosto deste registo de igualdade social desta nova esquerda que vem da Grécia. A opção pela justiça como valor ético fundamental, paradigma marxista, pode ter soçobrado, mas já no Oriente os Maoistas herdaram um registo de horizontalidade herdade de Confúcio que harmonizava a igualdade social.
Chamem-lhe ideologia, chamem-lhe ciência, chamem-lhe valores, chamem-lhe o que quiserem, mas é tão precisa hoje como o foi antes. Os povos estão necessitados de mudança como de pão para a boca.
1 comentário:
Exactamente! Não foi por acaso que o Syriza conseguiu conquistar a confiança dos gregos e ganhar as eleições.
Bom fim-de-semana.
Abraço.
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