sábado, 21 de novembro de 2015

A ESPERANÇA E O TEMPO

À medida que o tempo passa a esperança vai diminuindo, a incerteza aumentando sobre se o futuro governo do PS será capaz de fazer face a tantos constrangimentos internos e  externos.
A crise é de tal maneira grande que políticos/partidos que se mantinham, cada um de costas viradas para o vizinho, refiro-me ao PCP, BE mais PS, tiveram que se unir pelos cabelos, i. é, pelos mínimos, como forma de sobrevivência política, para que a coligação PSD/CDS, que tomou o país de assalto e o pôs a pão e água, não continuasse na sua escalada criminosa.
O nó foi desfeito sem dúvida e a outra parte, a de quem ainda governa, não tem uma estratégia para defender a sustentabilidade económica. Dizem defender princípios e valores que atacam todos os dias.
As televisões e os media em geral, com os seus manipuladores de serviço invadem todo o espaço nacional.
Hoje porém, o maior factor de instabilidade é mesmo o PR. Tem como lema a mentira. Mentindo invoca tratados, como é o caso do Tratado Transatlântico, a mentira sobre os Acordos, que nem nos Mercados Internacionais colheu.
A Constituição nada impede.
Os ultraliberais do CDS/PSD vêm com a sua radicalidade político/ideológica absoluta impedem que a democracia se debata.
Repetem até à saciedade, que as desigualdades  socioeconómicas, a tão prestimosa estabilidade, a 'extrema'-esquerda vai acabar ao intervir  na governação, gritando e babando pela preciosa fluidez dos movimentos dos capitais.
 Como é que estes fascistas, neoliberais para ser politicamente correcta, que destruíram o Estado Social,  as leis laborais, os serviços públicos, o emprego, numa palavra a Democracia, os seus pilares, podem dizer isto agora?
Ser-se extremista é ser contra a austeridade?
É ser-se contra o que a austeridade fez - subtracção de rendimentos ao trabalho e às pensões, desemprego, com níveis nunca vistos nem no tempo do  primeiro fascismo.
Apoiaram-se nos constrangimentos do euro e empobreceram o país a níveis completamente pornográficos e indecorosos.
Claro que os alarmismos da extrema direita do governo e seus amigos, estará a preparar eleições antecipadas para dizer que a esquerda não conseguiu, que fracassou.
A toda a esquerda compete congregar-se e dar força ao futuro governo, com vista à reposição dos rendimentos, do reequilíbrio das relações do trabalho na defesa do Estado Social Universal, do combate ao desemprego e combatermos a moeda do Euro em simultâneo, mal arquitectada. Se não o fizermos, a regulação dos sistemas financeiro, económico, comercial não se fará e a direita virá para durar e durar e culpar a esquerda pelo fracasso.
HS 

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