terça-feira, 25 de abril de 2017

TRAGÉDIA

É preciso conservar os ideais para continuar a revolução. É esta a grande dificuldade.
Todos nós queremos a chave na mão, queremos tudo pronto para nos encaixarmos onde nos der jeito, ninguém quer construir o edifício.
O erro maior é pensar-se que tal como as coisas estão, é a única forma que existe.
Quem assim pensa e age desiste dum mundo melhor.
Esta forma pusilânime de sermos, para não lhe chamar cobarde, é que nos torna submissos/as às coisas, é o acharmos que nada pode ser feito.
Gandhi dizia: "seja a mudança que você quer ver". Quem de nós cumpre este princípio?
Quem pensa fazer a revolução?
Quem pensa em alterar as condições mínimas na sua vida, quem pensa alterar as condições existentes?
Vivemos numa sociedade ágrafa, que não escreve, apenas lê imagens. Pensar tornou-se mais difícil.
As pessoas suicidam-se todos os dias, eticamente falando, viciam-se em trabalho, fazem várias coisas ao mesmo tempo, distraem-se do foco, do que é verdadeiramente importante, não atendem.
As pessoas preferem o confronto ao conflito, neste dialoga-se e há divergência e isso dá trabalho, por isso mais vale romper.
Vivemos uma tragédia!
Erguemo-nos acima dos outros, achamo-nos sempre mais altos, mas o problema da tragédia é não haver esperança porque não se tem ilusão em relação às coisas.

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