A MINHA DOR É A MINHA DOR
Posso tentar compreender a dor do outro, mas é sempre do outro, a minha não me é muda, não me é estrangeira, conhece-me, falamos a mesma língua.
Este contacto com a morte e a doença diariamente através da imprensa escrita e falada amolece-nos a vida, faz-nos pensar como Sartre e dizer que a vida não tem sentido.
Não intuímos o futuro, nem o presente tudo nos é proibido, com alguma sorte conseguimos intuir algo sobre o passado.
Os outros são diferentes e temos que fazer concessões e isso cria-nos dor.
Shopenhaur fala do dilema do porco-espinho. Quando o porco-espinho tem frio aproxima-se de outros porcos-espinhos, mas juntos picam-se e provoca dor e afastam-se de novo.
Eu não sei se gostar de estar sozinha é um mal ou um bem, só sei que já me habituei a ele.
Não vivo sozinha, mas gosto de estar sozinha.
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