segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

extraído do blog de Eduardo Pitta

Em Paris, um milhão e meio de pessoas foi da Repúblique à Nation: Terroriste, t’es foutu, la France est dans la rue. No resto da França, mais dois milhões disseram não à barbárie. Netanyahu, Abbas e a rainha da Jordânia estiveram na primeira fila. Curioso alinhamento: Samaras, Rajoy, Cameron, a senhora Thorning-Schmidt, Hidalgo, Juncker, o primeiro-ministro de Israel, o Presidente do Mali, Hollande, Merkel, Tusk, Abbas, Rania al-Abdullah. A Rússia ainda mandou Lavrov, mas os Estados Unidos fizeram-se representar por um funcionário de segunda linha.

Contudo, será em Washington (e não em Paris ou Berlim) que a Europa irá decidir, no próximo dia 18, como controlar as suas fronteiras. Dito de outro modo, como acabar de vez com o espaço Schengen. A reunião dos ministros do Interior da UE, marcada para a próxima sexta-feira, é para inglês ver. Hollande, com a propensão que tem para a gaffe, acabou o dia na Sinagoga de Paris ao lado de Netanyahu. Como se os reféns assassinados (François-Michel Saada, Philippe Braham, Yoav Hattab e Yohan Choen) no supermercado kosher da Porte de Vincennes fossem uma adenda da Marcha. A foto é do El País. Clique.

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