quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

ONDE FICA O DESEJO?

Podia ser o título dum filme, mas não é.
Há pessoas inquietantes.
Ao princípio eram como que caixas vazias.
Depois foram metendo primeiro a linha, depois o fogo e o temperamento ou seria por outra ordem?
Os grandes acontecimentos dão-se sempre antes de completarmos os 10 anos.
Há muito quem viva fora de si e há quem viva dentro de si próprio procurando o que lhes é pessoal.
Diz-se que quando metem filosofia no caso é porque já não têm pernas, isto no caso de ser bailarina, mas podia-se tornar extensível a outras actividades.
O que leva cada um a fazer um esforço enquanto se pode arrastar?
Episódios da vida toda a gente tem. O que se espera realmente do Ser Humano?
As pessoas esperam, de facto, a solução dos seus problemas ou antes a inspiração para os viver e amar?
Quero que a vida para mim ou o que resta dela, seja o canto da sala onde brinquei a ouvir as histórias da minha avó.
Não quero que o robusto se torne frágil ao abrigo do preconceito, da au(s)toridade, antes do 25 de Abril não teria que acrescentar um s à autoridade.
Aborrece-me o bota-abaixo sistemático e cego, a frustração de todas as energias em frente de políticos vitalícios e entrincheirados.
Não sei onde fica o desejo dos outros, mesmo os que reivindicam de o ter, sei onde fica o meu.
O meu radica-se em não perder a frescura militante. 

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