quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

QUANDO SABEMOS QUE ESTAMOS A SONHAR

PRIMEIRA REFLEXÃO

Quando sonhamos que estamos a sonhar é porque o momento de acordar está próximo.
Parece sonho mas temos que acordar, acordar a sério quando o que vemos é que loucos à solta querem acabar com uma civilização, com os seus valores.
Como se chegou até aqui?
Quais são os inimigos para este fanáticos?
Lançam-se à caça de inimigos imaginários. Enclausurados na sua pequenez e regularidade opressivas lançam-se nesta aventura - A MATANÇA EM NOME DUM DEUS.
Estes náufragos querem escrever a sua história encontrando inimigos externos e como os que o são verdadeiramente- o CAPITALISMO ACTUAL E O QUE DAÍ DECORRE- não sabem como exterminá-los, fazem de si próprios os seus verdadeiros inimigos (uma grande parte é ocidental que não aprendeu os valores e princípios da sua civilização).
Dizem-se escravos da religião e é por ela que matam, mas é sabido que os escravos perdem tudo quando perdem as suas correntes estes os recrutadores, os recrutados já perderam tudo ou não têm esperança de alcançarem nada, refiro-me principalmente aos filhos do Ocidente que aderiram a esta matança. Todos eles se aperceberam que até a alegria perderam por pensarem em libertar-se das suas próprias correntes. Acorrentaram-se, acorrentaram-nos e querem acorrentar outros através do medo. São os náufragos de deus e querem ser os náufragos da História.
Quem é esta gente? Como são recrutados? Porque aderem?
Porque se empoleiram no crime?
Estes jovens são ou não escravos duma civilização?
Perderam ou não tudo, fundamentalmente a esperança?
É-lhes dito que há um Deus que os vai libertar da sua escravatura e que lhes pode retribuir o amor que não têm.
Se analisássemos um por um dos jovens ocidentais que aderem a estes clubes do medo, da caça ao homem ocidental em nome dum Deus, talvez soubéssemos mais alguma coisa sobre os seus desejos reprimidos.
Estes jovens ocidentais têm alguém com quem falar? Têm emprego? Têm valores enraizados?
O mundo capitalista de hoje pulula de gente a saltar à volta das suas  fogueiras pessoais.
Um mundo de exclusão que cria gente fraca com desejos reprimidos.
Enfrentavam até aqui os seus demónios com as diversas drogas. Não dominam a linguagem, não conseguem falar com o outro, nunca aprenderam e se calhar até gostavam de falar.
Têm desejos mas não os concretizam.
Querem possuir, capturar e com as propostas que lhes são feitas, julgam que será possível enclausurar os seus desejos, possuí-los.
O seu crime, porque de criminosos formados se trata, é não sentir o seu próprio crime.
Querem penetrar uma civilização que os mata e exclui e matam para a penetrar. São escravos.
É-lhes dito, suponho, que quem ama Deus não pode tentar fazer com que Deus retribua esse amor, isto porque ao desejar isto estaria a desejar que Deus não fosse Deus e esta questão serve aos seus desejos reprimidos. Matam pessoas, homens, mulheres, crianças em nome dum deus.
Uma das perguntas que esta gente se deve colocar antes de serem treinados para a acção é possivelmente: que tenho eu andado a fazer nesta fronteira bárbara?
Quando qualquer um de nós coloca esta questão, nestes momentos lúgubres, somos tentados a fazer um balanço, a unir as pontas soltas, só que esta gente não consegue. Antes eram recrutados para a guerra, hoje é esta a sua guerra.
A História parece que se repete mas apenas parece, dado que as circunstâncias são sempre outras.
Se quisermos, por exemplo, pensar apenas num português sonhador que se atirou  à aventura da morte, poderíamos falar de D. Sebastião, que tinha 26 anos, era órfão de pai e mãe e foi educado por uma tia.
Lutarem em nome duma 'causa' cria a sensação de felicidade e o ontem faz-se hoje de repente nesta sociedades de elevados contrastes.
A América, a Europa e o Capitalismo actual recrutam muitos destes jovens que se tornam assassinos profissionais, não são apenas os chefes religiosos fanáticos os bem sucedidos.
O que oferecem a estes jovens?
Apenas vidas desenxabidas e obrigam-nos a retirarem-se para bem longe dentro deles
Omnia vincit amor et nos cedamos amori.


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