segunda-feira, 11 de maio de 2015

..". simultaneamente, porém, procurava Berlim eximir-se ao pagamento da enorme factura (132 de marcos - ouro) que lhe foi apresentada pelos aliados, após longo debate e vários passos em falso, em 1921. Como o demonstrou Nail Ferguson, no seu livro "The Pity of War", havia excelentes contactos entre a delegação alemã a Versalhes e uma das figuras mais influentes da sua congénere britânica, o economista John Maynard Keynes. Este, em "The Economic Consequences of the Peace" (1919), popularizou o argumento, sobretudo no mundo de língua inglesa, de que a Alemanha não estava em condições de arcar com uma pesada indemnização. Juntos, a campanha alemã, os argumentos de Keynes, a interpretação leninista da guerra, o crescente isolacionismo norte-americano e o desejo generalizado de impedir um novo conflito mundial conduziram a um consenso que se instalou nos anos Vinte: todas as grandes potências europeias tinham sido, em parte,  responsáveis pela guerra (o que significava, na prática, que nenhuma era responsável)."

extracto dum artigo do Historiador Filipe Ribeiro de Menezes no Expresso deste fim de semana

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