sábado, 23 de maio de 2015

ERA UMA VEZ UM PAÍS

Nos idos 500 lá íamos nós à descoberta e fomos bons na marinhagem e em muitas artes que com ela se relacionavam nalgumas fomos até os primeiros, os inventores.
Hoje, diluimo-nos, desfazemo-nos nos grandes.
Dum momento para o outro descubro que afinal o futuro não é sermos todos pretos ou mestiços, o que não me desagradaria de todo, mas que afinal iremos ter os olhos em bico.
Sempre fomos pequenos, mas hoje somos mais pequenos do que nunca porque a alma mingou. A acrescentar a tudo isto, temos uma imprensa esmagadora que como de um rolo se tratasse nos passa por cima.
Deixamos de ter Pátria, apenas temos os criminosos de colarinho branco de elevado grau, banqueiros e políticos das governações, oportunistas vários em todas as classes sociais, jovens a cargo das famílias, crianças pobres com pais pobres e famílias pobres, videirinhos de todos os coturnos e os honestos, a minoria silenciosa ou será a maioria? É tão silenciosa que não se sabe quantos são. Maioria por certo são os que sofrem sem mexerem uma palha, à espera que o destino resolva e faça justiça ou quem sabe a Santa Madre Igreja, a toda poderosa sempre de bem com Deus e o Diabo.
Os que sustentam tudo isto e não são donos de nada sei eu bem, são 11% nas minhas contas feitas e refeitas.
Vivemos juntos como se tivéssemos acordado ser bem comportados, mas não há noção de pátria. A esquerda convencional odeia esta palavra, aliás esta esquerda não tem qualquer sucesso, apenas existe para se conservar, não para alterar coisa nenhuma ou governar, faz parte do sistema, o sistema dito democrático, precisa de ter direita forte, muito forte a comer espinafres todos os dias e uma esquerda miudinha e certinha, a criticar o que está mal, o sistema capitalista moderno alimenta-se disto. Não mobilizam, não lideram as massas populares insatisfeitas, queixam-se muito e dividem-se muito mais.
A Pátria é um mercado como na Bélgica e não só.
A maioria dos portugueses são escravos do euro ou porque lhes falta o pão ou porque o têm em demasia.
Só exigimos dos outros mas cada um de nós realizar aquilo que exige que normalmente é sempre o óptimo, isso não, obrigada.
De facto, somos um povo inquietante!
Criticamos mas na hora da verdade, baralhamos para ficar tudo na mesma.
O conservadorismo acompanha-nos sem tão pouco sabermos o que isso é.
Um povo cheio de manias de grandeza nem que para isso tenha que ser injuriado, vilipendiado, comprado, um povo pequeno com alma pequena.
Não tenhamos ilusões vãs, essas são boas para as letras do fado ou nem isso.

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