quarta-feira, 5 de maio de 2021

A MALDITA TELEVISÃO

Os temas da televisão não me interessam, vejo-os como fonte de mexericos. Os canais televisivos vestem-se todos de igual, de futebol, de baixa política, de desgraças humanas. Disputam nomes. Não usam a imaginação, mas antes linguagem estéril capaz de desencorajar qualquer pessoa. Não denunciam lúcida e eficazmente. As pessoas têm problemas e não sabem como resolvê-los, então decidem colocar-se em frente a um aparelho de televisão, ouvindo a vida dos outros para se esquecerem das suas. Uma fuga sem sair do sofá. Acordem contemporâneos meus, salvem a democracia, salvemo-nos. Vivemos num país em a imprensa escrita e oral fala a uma só voz. Os jornalistas, com medo de serem dispensados, dizem sempre o que o capitalista que lhes paga quer que digam e, assim, a televião chefia o Ministério da Educação, Justiça, Economia, Cultura e Finanças. Claro que em tudo na vida há excepções e aqui também, uma delas são os santos, alguns santos, que são a protecção de muitas pessoas com fé. Parece que estamos no séc. XIX em que a máxima da época era quem tivesse respeito por si próprio teria forçosamente de suportar insultos e impertinências várias e, preferem este jogo "mauvais genre", entregando-se terrivelmente a ajustar a sua ética e ideias às agendas televisivas. A televisão comanda a vida de uma grande parte dos portugueses.

1 comentário:

GL disse...

E as malditas redes sociais. Uma e outras só têm um "mérito": mostrar o homem no que tem de mais mesquinho, sórdido, desumano,
Abomino uma e outras.
O mérito da televisão é mostrar-nos - será que ainda não nos tinhamos apercebifo?! - que batemos no fundo, prova disto é olharmos para a nossa Assembleia. Da esquerda, à direita, qual é o Sr., a Sra. Deputado/a que nos oferece credibilidade? Pior deve ser difícil!:(
Diz o provérbio que "cada um tem o que merece", logo...