quinta-feira, 13 de maio de 2021
O TEMPO É CURTO
A fortaleza de espírito obstinada de herança ainda remoinhante, qual lâmpada chinesa, apenas se evoca longinquamente.
Parece que se suspende, infinitesimal, não progredindo.
A velhice cresce com pressa.
Os amigos, muitos não estão acordados, mas também não estão a dormir. Não os consegue deter.
Para onde vais? Pergunta-se. Estava a andar mais um bocado mas é muito cansativo.
Olhar em frente é um exercício de atenção, sem desvios de qualquer espécie, mas cada vez há mais curvas na estrada e mais frequentemente esta desaparece, cruzada com sombras oblíquas.
Todas(os) nos comportamos como andarilhos e palmilhamos caminhos, mas vezes há que nos apetece sentar na margem da estrada olhando os outros dobrar a curva.
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