sábado, 29 de maio de 2021

COISAS

Quantas pessoas se encontram livres de interesses e preocupação de conveniências? Duma maneira geral, vive-se com a cabeça decepada, embora ninguêm dê conta. Chegam a indignar-se antes da decepação? Talvez. Quem traça a verdade ou as verdades? Sempre a mesma espécie de indivíduos, aquela espécie mais ordinária que sabe caminhar sempre à frente. Os cabeças decepadas arvoram as correspondentes maneiras. Que bom que era mudarmos o dia do calendário e defrontarmo-nos com outra situação e vermos que afinal as pessoas mantinham as suas cabeças em cima do pescoço. Aguardamos e esperamos, muitos de nós, sem sair do sítio, esperas sem fim porque as coisas mudem, mas na verdade há coisas que se mantêm suspensas outras,
até apodrecem e vão para o caixote do lixo. As coisas de que falo são as políticas contra o povo trabalhador e honesto que paga impostos ordeiramente e sustenta toda esta cáfila de marmanjos e marmanjas, desde as autarquias até ao poder central, passando pela a AR. A aproximação de eleições chega para o exército dos sem cabeça, com seus espíritos entorpecidos e acidentalmente calmos, em sua apoarência, tomem a mesma direcção e de punhos cerrados, nos batam de novo nos neurónios, em todos aqueles que ainda não os perderam para nos porem Knock-out. As obras nas estradas recomeçaram depois da paragem de quatro anos, mais propriamente desde a última eleição, os cartazes conspurcativos são muros na paisagem. Claro que podemos sempre, com muito custo pessoal, muralhar-nos de forma discreta e intransponível. Poderemos ainda viver neste regime chamado democrático, armando-nos de paz sem nostalgias dum 25 de Abril, que queríamos justo, com habitação para todos e não para os ratos nem para os bancos, com pão não com o das campanhas da jonet, com educação não com os rankings dos colégios privados e o facilitismo fascista que grassa nas escolas, com trabalho para todos, não de trabalho de escravo, com saúde, não a das clínicas, pagas a peso de ouro...olhando o céu azul com o anunciado chilreio dos pássaros de Abril?

2 comentários:

GL disse...

É a desilusão, a revolta, o sentimento de termos sido - e continuamos a ser - ludibriados, roubados do sonho de um país mais justo, governado por homens honestos, Homens com letra bem grande, não por marionetes sem respeito, por eles e por nós, sem vergonha, sem saberes de qualquer ordem, a não ser a de roubar, explorar, nivelar por baixo, cada vez mais e mais.
Olha-se o Parlamento, olha-se os nossos(?!) representantes e o que vemos? Vemos que não há esperança, vemos que vamos de desastre em desastre, e isto sem fim à vista.
É a desilusão total, absoluta!

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

ESTA DEMOCRACIA PODRE, FAZ COM QUE TENHAMOS MEDO DE FALAR, DE DENUNCIAR E APENAS POR UMA RAZÃO SIMPLES: A EXTREMA-DIREITA ESTÁ À ESPREITA PARA APANHAR TODAS AS DESILUSÕES DAS PESSOAS E TRANSFORMÁ-LAS EM VOTOS. ESCUTA, OLHA EM REDOR E DEPOIS VOMITA ATRAVÉS DO DRAGÃO EM CHAMAS V., AQUILO QUE UM POVO MAL ALIMENTADO E MAL PAGO PENSA, EMBORA ESSE POVO NEM SEQUER SAIBA O QUE É EXTREMA-DIREITA E O QUE PODE REPRESENTAR PARA O PAÍS. OS MAIS NOVOS QUE NÃO CONHECEM A HISTÓRIA DAS EXTREMAS-DIREITAS NA EUROPA E DO QUE ELAS SÃO CAPAZES, DO QUE FIZERAM AOS POVOS QUANDO PROMETIAM MELHOR VIDA E DIZIAM 'DEFENDÊ-LOS' DOS PODERES CORROMPIDOS ESTÃO A SER ARREGIMENTADOS.
VIVEMOS MOMENTOS MUITO DIFÍCEIS, ATÉ PARA A ANÁLISE E CRÍTICA.