segunda-feira, 22 de junho de 2015

SEGUNDA-FEIRA

Na realidade um dia, apenas isso, mais um menos um, depende do ponto de vista.
Não me apetece superlativos,  aditivos, complementos ou suplementos.
Nada, apenas nada que é tudo.
Há dias que sou aprendiza do tédio, mas vou disciplinar-me, não quero pensar na quantidade de coisas que esquecemos para sempre.
Reamar-me-ei de sensatez, daquela que sempre detestei do mais fundo da minha alma.
Só pode escrever sobre as pegadas da Humanidade quem deveras está feliz ou, pelo contrário, se esconde da infelicidade.
Como gostara eu de encontrar uma abertura na minha mãe por onde revolutear e injectar mais memória.
Não conseguimos dar marteladas na alma, só na testa e essas não resultam. 
Esta narrativa está um pouco kafkiana, não será por aí que quero ir, mas que a vida é uma ratoeira e o real é apenas teatro, já os outros o disseram antes de mim.

Sem comentários: