sábado, 5 de julho de 2014

ESTADO DE ALMA

Cansaço. Tristeza.
Neste jogo da vida há muita coisa que me parece insólito.
Há muita gente que joga falso.
Vejo muita gente perdida, sem esperança no futuro. Jovens com vidas desfeitas por falta de emprego e perspectivas.
Outros há que se vêem sentados em terraços à sombra de guarda-sóis, a debicar mariscos e a beber cerveja, lembrando personagens de Somerset Maugham.
Esforço-me por não me afogar em queixumes. O que foi e o que nunca mais será.
Que sentimento de desconforto.
As alegrias são passageiras e as dores são prolongadas.
Melancólica, deixo que o passado desfile sem saber se são memórias de factos realmente vividos.
Esta corrupção tentacular e não a acontecer em certos momentos em que envolve apenas certas pessoas afecta as nossas vidas, a dos nossos filhos e a dos nossos netos. A falta de esperança para os mais novos da família envolve todos os seus membros, duma forma geral.
Ou por um motivo ou por outro estas políticas para o país, estas direcções que nos governam têm afectado todo um povo, à excepção dos que cada vez mais lucram com isso.
Ver a maioria das pessoas no meu país a viver de expedientes e biscates e saber que as cabeças destas pessoas vão mudar irremediavelmente. As pessoas tornam-se mesquinhas, invejosas, rivais.
Ver outros que têm como único objectivo na vida, único fito, a riqueza, reconhecendo uma única lei, a sua própria.
Os políticos com falsa bonomia.
Tudo isto melancoliza, tira a alegria, corrói, cansa.

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