"_Tenho frio. Que é do fogo?"
"_ Está apagado." "_Apagado?
Quem foi que apagou o fogo?"
"_Durma, filha. Foi o sapo."
"Mas mexa na cinza, mexa!
Veja se acende de novo."
"_O sapo não deixa." "_Deixa!"
"_ Só matando o sapo. Mato?
Querendo, eu mato a teu rogo."
_ Eu, não. Matar o bichinho!"
"_ Não matando, não há fogo".
O fogo acendeu sozinho.
Rui Ribeiro Couto, Maio de 1939
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