domingo, 7 de fevereiro de 2010

A ACTUAL A.R. (IBI PATRIA)




Olhem para o retrato.
Vejam quem a compõe, da direita para a esquerda, de cima para baixo. Analisem bem.
É um espelho eloquente da nossa sociedade, dizem que da nata ( a nata faz mal como sabem, principalmente quando azeda).
Se é da nata como será o resto, a verdadeira massa?

A nação está ali representada. Será que esta representação pode ser atribuída ainda ao Salazar? Claro que não, esta já é da inteira responsabilidade do período democrático. Há pessoas que nasceram depois de Abril de 1974 e são muitas.
Desfiguram a paisagem da colectividade? Sim ou não?
São um espelho sumamente eloquente? Se calhar sim e se calhar não. Não estão ali representados os trabalhadores, os operários(poucos) que ainda restam, as gentes que fazem o universo dum país. Esses, estão a trabalhar para pagar aos seus "representantes" (escolhidos apenas pelos partidos para fazerem coro ao que as suas direcções ditam) vencimentos exorbitantes, para "tratarem dos seus interesses".
O que vemos na A.R.?
Um punhado de clubes que se formaram, alguns, em sociedades anónimas e que constituem aglomerados de interesses egoístas. Estes interesses obviamente encontram-se nos antípodas da ideia de colectividade, de pátria, de nação.
Aquela gente é a alma de nós todos ou antes, pelo contrário, desconsidera a realidade nacional?
Aquela gente move-se por nós? ("ANIMA" aquilo que faz mover).
Actua pela colectividade?
Sendo que o acto é movimento, como é que há alma naquela A.R.?
Eles agitam-se, agitam-se muito, em especial, quando o P.M. responde às suas falas, ao seu agitar de poeiras, poeiras para os nossos olhos.
Eles, os deputados, deviam ser mestres do sentir pátrio, os representantes da vontade ideal do país, os garantes dos valores da liberdade e fidelidade.
São uma instância democrática a quem cabe comandar a tarefa de dar ânimo ao país para o povo concretizar essas tarefas?
A A.R. está a saber fazer frente às fragmentações existentes? Aos perigos vindo de dentro e de fora do país? Está a cumprir o seu destino?
Ou são cada vez mais estroinas e perdulários das funções que lhes foram concedidas?
Têm preservado com severidade e firmeza as suas funções, i.é, defender os direitos do povo, embora com distintas orientações de pensamento?
Estas interrogações são mesmo interrogações e não perguntas, porque para as perguntas há respostas, o mesmo não acontecendo às interrogações.
Toda a gente acha mas poucos pensam.
A maioria parou de pensar, apenas acha.

1 comentário:

SEK disse...

Todas as interrogações são pertinentes. Não devemos transigir com o que achamos errado. Não nos devemos calar. É inerente à democracia.
Esta A.R. é um espelho do país. Com a vantagem que os podemos tirar na próxima eleição.