quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

VAMOS PREGAR PARTIDAS AOS DOGMAS







Podemos ter dogmas?
Claro que sim.
Olha quem fala! Tenho muitos e alguns são mesmo de estimação e para que conste, algumas frases até as começo por "convicta estou..."
Mas então porquê pregar partidas às nossas convicções, aos nossos dogmazinhos?
Para não nos colocarmos apenas a favor duma versão em detrimento de outra.
Devemos sempre que ouvimos uma versão ir em busca da outra para formular opinião. A questão do contraditório, hoje tão enunciado e tão pouco assimilado.
Esta questão vem ainda a propósito do Sr. Mário Crespo e da sua crónica não publicada no JN.
Ontem, falou o director do JN, e explicou muito direitinho que a crónica do Sr. Mário Crespo não tinha sido publicada pela simples razão que era alcoviteira, traduzido: eclipsava os factos reais e não tinha honestidade intelectual, que é um princípio moral.
O jornalista em questão pauta-se por este tipo de conduta, moralista, dogmática.
Nem todos nós somos capazes de introduzir aspas ou perturbações nos dogmas jornalísticos, políticos ou outros e o Sr. Mário Crespo devia saber disso, por isso é falta de moral (ele que tanto fala dela) proceder daquela maneira, e nem sequer me refiro ao Shaw e insultos a tudo e a todos, a quem o ouve e a quem ainda persiste em estar atento aos meios de comunicação social, mas ao facto, de confundir coragem com incompetência. Para ser bom jornalista é preciso apresentar ou pelo menos ter provas concretas do que refere como notícia; é preciso distinguir notícia do que não é; mais básico ainda, é preciso distinguir o que é da esfera do público e do privado.
O Sr. Mário Crespo que se mostra tão piedoso, que carrega sobre aqueles ombros o carácter de tudo o que é moralmente condenável, desprezível, este senhor viu-se ontem retratado pelo Sr. José Leite Pereira, director do JN, na Comissão de Ética Sociedade e Cultura da AR e não sei se percebeu, penso que não, que não se pode ter lido Shopenhauer duma forma leviana.
Convido-o pois a reler este filósofo e a ler Hegel e já agora Platão, porque Platão situá-lo-ia duma vez por todas.
Foi dramático vê-lo a ler pelo teleponto umas frases sobre o tema "generalidades democráticas e sua imprensa", leia-se: "como eu posso sair desta sem dar mais o flanco", no telejornal das 21h na SIC notícias, anunciando a notícia que ele próprio criou e seu desfecho.
Como também tenho dogmas e alguns são mesmo de estimação, tenho para mim que o Sr. Mário Crespo anda mal amado, ouve pouca música boa e se sente muito infeliz.
SR. Mário Crespo faça o favor de ser feliz, para ver se nos dá tréguas e não nos gasta tanto dinheiro na AR. Uma comissão só para si, durante duas tardes, custa dinheiro e, como diria o Rei de Espanha "Por qué no te callas?"

1 comentário:

SEK disse...

Devastador e divertido. Uma maravilha.
Música boa?!?!