terça-feira, 2 de outubro de 2012

PERCEBO MUITO POUCO

O meu entendimento nublara-se.
Não sou capaz de ver o fundo, de penetrar o Mundo, de ir muito além das cores apresentadas.
É-me difícil captar o ilógico, ver todo o desacerto.
Será uma audácia grande conhecer o nosso desconhecimento?
Há demasiada informação como estratégia de ocultação do conhecimento. As intrigas, as teias tecidas no país, na Europa e no Mundo são enormes e não é por tudo ser diariamente diferente que o meu entendimento  sobre o que se passa melhora.
Há quem se ria como Cervantes fez com o pobre cavaleiro D. Quixote, há quem morra louco e viva sábio, no  que a mim diz respeito, pareço mais uma viajante meditativa da vida.
Viver, verificar, verificar, viver, cansa.
Bebo a civilização perdida.
Colho sombras.
Parece-me que cheguei a um sítio onde o poço secou, aliás a maioria de nós chegou.
Desencanto-me.

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