segunda-feira, 9 de novembro de 2009

QUANDO A MINHA FILHA TOMOU CONTACTO COM A MORTE

Tinha cerca de seis anos.
Íamos a passear pela Av. dos Aliados e ela viu uma pomba morta.
Ficou muito impressionada. Fez muitas perguntas sobre a pomba morta. Como tinha morrido, porque a tinham matado, porque estava ali morta?
Seguiram-se os lamentos: que a pomba não devia ter morrido; que tinha muita pena dela; que era muito bonita e por aí fora.
Foi dramático! Uma cena irremediável.
Não se pôde evitar. Tinha-se passado por ali naquele momento e não por qualquer outro sítio.
A morte assim ali. E nós tivemos que a enfrentar.
Soubemos uma e outra que a partir daí nada era igual.

1 comentário:

golfinha disse...

foi terrivel esse dia. pois lembro muito bem, até parece que foi hj. não sei porqu, mas a mim choca-me muito mais td que fassam mal aos animais do que as pessoas.ainda hj se tiver que lá passar choca-me ainda.pois minha mãe, só te sei dizer que sou uma pessoa com bom ser, com bons sentimentos, que tenho pena de certas coisas que passam na minha vida, e que tenho ainda mais pena de não poder evitar que elas não sejam feitas, mas uma coisa aprendi nesse dia que te referes...que qd perdemos alguma coisa muto boa é como uma parte de nós tb morresse