terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER




SUSTENTABILIDADE- a palavra muitas vezes dita por políticos, economistas, comentadores e outras espécies que pululam por aí.
O que é sustentável/insustentável para nós, OS OUTROS?
Que interrogações colocamos quando a ouvimos?
Falo por mim e por aquilo que ouço aqui e ali.

É sustentável haver tanta gente a precisar de receber das diversas ONG, alimentos e outros artigos, para poder sobreviver?

É sustentável haver milhares de jovens desempregados, grande parte licenciados?

É sustentável haver cada vez mais horas, crianças e adolescentes, armazenados uns e à sua sorte outros, por cada vez mais pais e mães trabalharem mais horas, mesmo sem maior remuneração?

É sustentável deputados e políticos que deveriam estar ao nosso serviço, ao serviço do país, servirem-se a eles próprios e aos amigos, esquecendo-se completamente da função que desempenham e para a qual foram eleitos?

É sustentável magistrados e médicos serem desviados, embora de formas diferentes, para exercerem outros cargos e funções que não para os quais foram formados e todos nós pagamos, para além de serem mais necessários nos lugares que deixaram suspensos?
É insustentável clínicas privadas, que mais parecem fábricas de doença, empregarem médicos formados pelo sistema público. As empresas privadas, chamadas clínicas, não gastam um euro a formar os seus médicos, é só lucro!
É insustentável os tribunais terem falta de magistrados e estes serem convidados para lugares políticos e para outras carreiras.

É sustentável a hipocrisia reinante?

É sustentável o 4º poder, assim chamado, a comunicação social, por vezes e cada vez mais, passar a 1º poder?

É sustentável esta democracia ter características de fascismo?
É insustentável ter ministros mentirosos, oposições arruaceiras sem sentido de responsabilidade, presidentes medíocres, administradores corruptos, bancos e empresas públicas com lucros obscenos?


ETC. ETC. ETC.

NÃO FALEM DE SUSTENTABILIDADE P.F.

A ÚNICA COISA EM QUE PODEM FALAR ÀCERCA DO TEMA É DA "A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER" DO MILAN KUNDERA, de 1984.

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