segunda-feira, 29 de março de 2010

PASSOS COELHO VAI TOMAR CONTA DO PAÍS DAQUI A DOIS ANOS?






Como agora se fazem Primeiros-Ministros: fazem-se à semelhança de jogadores de futebol.
Há as escolinhas e um dia o menino quer ser jogador de futebol e os paizinhos com muito amor pelo filhinho e sonhando que possa ter o seu e deles, futuro garantido, metem o menino na escolinha, para um dia mais tarde, quiça, vir a ser um Ronaldinho. No caso das escolinhas de políticas jotas, há secções para políticos, deputados, chefes de partido, gestores públicos, governantes na pior das hipóteses. Os jotinhas vão em pequeninos aprender as artes da malandragem para depois quando forem crescidos e chegar o dia, serem chefes de partido e primeiros-ministros de um paízinho pequenino, coitadinho e assim terem o problema do emprego resolvido para si e para os seus, porque nesse país pequenino há muito desemprego e uma pessoa tem que se prevenir.
Ao princípio, os jotitas são pequeninos e engraçados, alegres, com cor e bandeiras que agitam ao vento conjuntamente com cervejas super-bock. Depois, quando grandes, vestem bem e parecem manequins.
Casam, têm rebentos da mesma cor e fazem os ninhos com mil cuidados os ex-jotinhas.
Olho para o Pedrocas, o Pedro Passos Coelho e não sei porquê, lembro-me do Afonso Lopes Vieira "os passarinhos tão engraçados", é muito apresentável, digamos que até é um passarinho a caminho de passarão e como vaticinou o poeta Afonso L.Vieira "nos bicos trazem coisas pequenas, e os ninhos fazem de musgo e penas (PPC quer diminuir o papel do Estado e aumentar a participação dos "privados" na saúde, na educação e na segurança social, estas são apenas algumas das penitas com que o passarinho está a fazer o ninho, mas os ninhos ficam todos iguais, como sabem, ou muito parecidos).
"Depois lá têm/os seus meninos/ tão pequeninos/ao pé da mãe".
São muitos os filhotes, há-os para todos os gostos, com mais ou menos penas, com mais ou menos graça. E lembrando Marco António (autarca de Gaia) que se não citava Afonso Lopes Vieira na noite da vitória de Pedro Passos Coelho, tinha-o na mente, "nunca se faça/mal a um ninho/ à linda graça/ de um passarinho!" e ía lembrando que aqueles votos todos, senão metade muitos mesmo, se deviam a ele, Marquito, e à sua campanha pelo candidato agora eleito.
"Que nos lembremos/sempre também/ do pai que temos/ da nossa mãe" e mais uma vez A. Lopes Vieira na pessoa da Paula Teixeira da Cruz, militante do PSD e desenhadora do programa de candidatura do PPC, vinha lembrar que um governo sombra seria muito interessante...
Mas porque será que estou a confundir este passarinho que faz o ninho com mil cuidados, com todos os passarões conhecidos, velhos e novos.
O Pedrinho bonito já entrou na conjuntura penso, e vai ser solenemente igual a todos os outros, (até fazer cara triste no dia de eleição), ao Sócrates que também é transmontano e elegante e veste Armani, ao Cavaco que comia alcagoitas e com uma alcagoita se parece.
Porque será que perante um exemplar tão jeitoso eu só me salte aos olhos e ao pensamento, os vícios e as manhas dos transmomtanos? E porque será também que agora me esteja a recordar daquela modinha que diz assim: "Ora agora viro eu, ora agora viras tu, mas nunca ora tu mais eu".
E neste eu, estou eu, tu e mais eles, que somos povo, portugueses e que nos vemos virados à força e forçosamente, mesmo que nunca nos viremos.

1 comentário:

SEK disse...

O Pedrinho bonito não devia ser tomado a sério. Mas vai ser primeiro ministro deste nosso Portugal.