segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CAPITALISMO ACTUAL

O Sr. Horta e Osório, gestor do Lldoyds Banking Group, é considerado um dos melhores gestores pelos seus pares por despedir 55.000 trabalhadores  para salvar o banco que estava à beira da falência.

Um estudo de sociologia duma Universidade estrangeira - diz sobre as variações na promoção pelo mérito nos países em vias de desenvolvimento, apenas 8% das pessoas oriundas das classes trabalhadoras conseguem singrar numa carreira pública mediante concurso, enquanto 72% são colocadas por ligações ou partidárias sem concurso nenhum, sendo que as 20% que se submetem a concursos raramente são admitidas - em geral os concurso destinam-se a formalizar a admissão de gente colocada antecipadamente, por cunhas.
Nepotismo forte que impede o desenvolvimento económico, uma vez que os mecanismos de concorrência são rejeitados por estas sociedades.

Jean-Claude Juncker- ex Minstro das Finanças e ex Primeiro Ministro do Luxemburgo, agora Presidente da Comissão Europeia deixou que 340 grandes empresas, algumas até se dizem com preocupações sociais, roubassem despudoradamente os seus países e seus respectivos contribuintes. Hoje este senhor diz-se a trabalhar para a harmonização fiscal, antes ainda foi Presidente do Eurogrupo onde se defenderam as políticas de austeridade.
Estas empresas protegidas por Yunker pagavam no Luxemburgo, 1%, 0,5% ou 0,25% de impostos. Quanto pagamos nós, cidadãos? 53%.
A Holanda, a Irlanda, o Luxemburgo são exemplos de dumping fiscal (convidam as empresas dos outros países a fingir que moram lá para não terem de pagar os impostos devidos nos seus países de origem).

Este fim de semana apareceu uma notícia pequenina, disfarçada, que o Sr. Timothy Geitner, que foi responsável pelas Finanças na 1ª Administração Obama e presente na reunião da Eucofin em 2010, escreveu nas suas memórias que os líderes europeus em relação à Grécia, não resistiram à tentação de transformar um problema político numa questão moral e que o G20 nessa altura dizia: "vamos dar uma lição aos gregos começando então o caminho europeu para o suicídio financeiro.
Passados 3 anos continua-se a procurar ocultar o falhanço das políticas para responder a uma crise sistémica com uma leitura moral das suas raízes.

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