sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

EVOCAÇÕES




Nestes dias invernosos, de chuva, vento, frio e nevoeiro resta-nos evocar estes agradáveis locais - as esplanadas.
Agora já temos esplanadas adaptadas aos rigores do Inverno como se via anteriormente por essa Europa fora. Vi a primeira em Braga, mas já me disseram que vão existindo por todo o país.
Nestes dias tão oprimidos em que somos testemunhas dum sofrimento além do imaginável no Haiti que nos reduz a alma e nos dá a dimensão exacta daquilo que somos, é bom lembrar estas delícias de palratório e de observatório que são as esplanadas.
Os economistas ingleses chamaram ao tempo capital, já nos lembrava Camilo Castelo Branco num dos seus livros, e é fazendo jus ao tempo que se investe nas esplanadas a conversar com os amigos que melhor o capitalizamos.
Como sabe bem de quando em vez ouvir uma algazarra difusa.
É preciso rir, só temos tido tristezas. É imperioso encontrarmos rapidamente uma brincadeira na chateza da miséria quotidiana para não mergulharmos no lado do aborrecimento.
É necessário a aventura na alegria.
Proponho que viajemos até outros locais bem mais alegres, deixemos os telejornais com os casos do dia e desinformação constante (há uma correlação directa entre a quantidade de "notícias" que ouvimos e a desinformação),que tenhamos a capacidade de nos rir diariamente um bocado de nós mesmos, que não nos levemos tão a sério e enquanto isso não acontecer, evoquemos o tempo a fluir nas esplanadas da vida.
Centremo-nos noutras melodias.

1 comentário:

Carlos Romão disse...

Estou de acordo com o que afirma sobre as esplanadas. A da fotografia, então, é muito agradável.
Cumprimentos e obrigado pelos comentário que deixou nas Cidades.