terça-feira, 12 de junho de 2012

NÃO QUERO

Sinto-me empurrada.
Não quero, não gosto de ser levada. incitada ao ódio.
Quero continuar com as minhas ideias, a comungar com as pessoas, a partilhar o espírito cooperativo.
Quero continuar a amar a liberdade na sua essência, não a minha liberdade, mas a de todos, mas para amar a liberdade dos outros eles não podem ser escravos.
Quero voltar ao sonho e à razão, à paz do quotidiano.
Quero  que todos voltem à força do trabalho. As pessoas têm direito ao trabalho, têm direito à felicidade, as crianças o direito a serem crianças e prolongarem a sua infância para virem a ser adultos saudáveis e pacíficos.
Quero voltar ao mundo de pessoas conscientes, quero que estes monstros inconscientes sejam derrubados, que o mesmo é dizer que a loucura, os inconscientes, a obscuridão desapareçam.
As pessoas devem confrontar-se com outros problemas, não com o desemprego, a fome e a doença.
Vivemos num caos, não num caos transformador, fundador de alguma coisa, mas apenas no caos.
A extrema precariedade não é boa conselheira. Singram os manipuladores, os pretensos sábios disto e daquilo, os medíocres de todos os matizes.
Não quero viver assim e como eu, quase todos.
Houve demasiada gente a sofrer para se fazer o 25 de Abril, porque tiveram a coragem de dizer não, para nos devolver a esperança, temos que lhe devolver a memória.
Em vez desta gente boa, vieram os oportunistas empoleirados na política, os terroristas financeiros, os criminosos de colarinho branco. Esta nova gente, a gente das promessas  tomou conta de tudo e como diz a canção "eles comem tudo e não deixam nada".
Não quero ver os reformados à espera  da morte nos bancos de jardim.
Não quero ver gente escravizada e enganada.
Não quero ver gente com fome e com vergonha, vergonha até por não ter emprego.
Não quero continuar a assistir ao paraíso destes senhores, ao "deixem-nos trabalhar" , não quero, não posso.
Não quero governantes e políticos que não estejam ao nosso serviço, mas apenas ao serviço dos seus próprios interesses.
Vivemos vinte e quatro horas de noite, na noite, não quero.
QUERO SOL, QUERO LUZ, QUERO DIA, QUERO ALEGRIA.
Quero que o conceito de classe social seja renovado porque há classes sociais.  Há os ricos e os pobres.
Quero que todos os meus compatriotas respirem e vivam.
Está a faltar-me o ar.

3 comentários:

Helena disse...

É uma falta de ar coletiva. Mesmo que mansa. Até quando?

Beijo.

lua vagabunda disse...

hehehehehe estava a evitar comentar pq sou sempre a do contra... estará na minha natureza anarca ou na consciência de classe? Ou na vivência? Ou, ou, ou...

Pois, eu tb QUERO! Mas quero muito mais do que renovar o conceito de classes sociais. Quero aboli-las! Quero que a única coisa que defina o ser humano seja o conhecimento e a evolução.

Jinhos. Muitos

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

OBRIGADA AS DUAS E BEIJINHOS