domingo, 20 de outubro de 2013

ENTREVISTA A JOSÉ SÓCRATES NO EXPRESSO

Declaração de Princípios: Não gosto nem nunca gostei de Sócrates enquanto PM e político do PS

Li a entrevista que a jornalista de Pinto Balsemão (um dos chefes da Direita democrática em Portugal) fez ao cidadão Sócrates e senti o momento do cidadão Sócrates.
José Sócrates é neste momento um homem magoado que se meteu com a Filosofia para obter certas respostas de que necessitava para a sua sobrevivência mental.
É um homem com uma enorme vontade de se explicar, que acredita na sua força interior, de não ir abaixo, de se vingar duma Direita de que faz parte, embora julgue que não e, lhe atribua todos os seus males e do país, afirmando como a razão essencial do que lhe aconteceu e/ao país, porque a certa altura ele ousa confundir estas duas identidades, "Eu sou o chefe democrático que a direita sempre quis ter".
Esta entrevista demonstra entre outras coisas que ele quer vir a ser político no activo e por isso duma forma, talvez inconsciente, usa  uma linguagem de cidadão vulgar e diz que não quer vir a ser político de novo.
José Sócrates tem consciência que foi devorado pela sombra.
Fala da sua família para se reflectir nela. Os seus pensamentos e sentimentos turbilhonam-se.
José Sócrates é um homem que fermenta nos seus 56 anos. Um homem que diz que se recuperou das mágoas, mas que ostenta com orgulho as marcas da batalha, segundo ele ou o seu psicanalista quiçá, embora leia Freud como forma de fugir do divã, um homem absolutamente armadilhado e vigil, digo eu.
Nervoso, não foge de si próprio, a não ser para encarar os inimigos que lhe aumentaram o nervosismo. Continua sobre-excitado, em esforço e a pedir ajuda à Filosofia como ciência que privilegiou na sua defesa.
No entanto, em alguns momentos desta entrevista com uma jornalista que tem de si mesma a imagem da jornalista perfeita (Clara Ferreira Alves) , José Sócrates duma forma inteligente disse "você deve ter suficiente treino psicanalítico para perceber porque me fazem isso" quando esta lhe referia que há quem insinue, insinuando de igual modo, que teria ido para Paris com dinheiro roubado da Freeport.
A resposta foi a esperada numa entrevista  e explicou que a sua sobrevivência na capital francesa se deveu ao empréstimo de 120 mil euros que pediu ao banco para não voltar a pedir à mãe.
Poderia dizer muito mais sobre a impressão que esta entrevista me causou, mas o texto vai longo e a hora também, porém direi apenas que a considero um retrato fiel de como um homem obstinado, quase "borderline", consegue ser PM em Portugal, um pequeno país a saque desde há muito.

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