quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Da norueguesa Inger Hagerup

DETALHE DE UMA PAISAGEM INVISÍVEL DE NOVEMBRO

No meio do país de névoa que se chama eu
há um velho sinal de trânsito sem caminho.

Ali está assinalando com a sua carcomida flecha
até aos pântanos e quilómetros de neblina.

Em vão procuro nomes e sinais.
Nevões e chuvas tudo apagaram.

Ali esteve uma vez o caminho para que me encaminhava.
Quando desapareceu e quando me perdi?

Vou às cegas como um invisual até essa palavra
que me indicaria o caminho da minha casa.

No meio do país de névoa que se chama eu
há um sinal sem caminho que me assusta.

Fra hjertets krater, 1964 (encontrado no blog do Amadeu)

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