sexta-feira, 22 de novembro de 2013

IMPOTÊNCIA

Sentimento único, repulsivo.
Os tempos de hoje fazem lembrar os do surrealismo ao contrário. Há uma pressão enorme, mas não me parece que seja do foro libertário.
 Este capitalismo selvagem, também me faz lembrar, numa outra dimensão, quando os mouros entraram por aqui adentro, com toda a sua pujança, violentavam o que lhes aparecia à frente e depois civilizavam-nos à sua maneira sem perguntar aos locais se lhes interessava aquele modos e aquela língua.
Uma vez li num romance medíocre, uma história que poderia resumir assim: "quem é este homem aqui dentro do meu quarto, referindo-se ao marido".
Pois bem, muitos de nós perguntam também quem é este governo aqui dentro do nosso País, quem é esta Europa, no entanto todos nós assistimos à cerimónia do casamento.
É este sentimento de impotência, em especial para aqueles que apenas assistiram ao casamento e não têm como se divorciarem.
Quando nos assola este sentimento de impotência e refiro-me, como é óbvio, à situação política e sabemos que não retrogradaremos, embora "todos" queiram que isso aconteça, sentimo-nos como aquela criança que foi batida por um colega mais velho e maior e não se pôde defender. Só tem duas saídas- ou ficar a remoer com raiva a injustiça toda a vida ou juntar-se a outros companheiros da sua estatura e ministrarem a justa e merecida sova no grandalhão que abusou do poder de ser maior.
Nem sempre ou quase nunca, optamos pela 2ª solução, o que é pena, já que é daí que cresce o sentimento de frustração e impotência.
Só não temos tido impotência para a refeição de cabrito assado com batatas assadas e arroz branco seco, mesmo que servido no quartel.

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