domingo, 10 de novembro de 2013

NÃO HÁ VERDADES ABSOLUTAS

Há pessoas boas e pessoas más e outras que não conseguem ser uma coisa nem outra.
Há várias teorias sobre a matéria e há uma em que acreditei durante décadas e que me foi inculcada por um senhor chamado Jean-Jacques Rousseau. Este senhor, tal como o Padre Américo de quem muito gostava, estavam convencidos que não havia rapazes maus e que a sociedade é que os podia corromper.
Um dia descobri que afinal, a sociedade é feita por todos nós e que tantos os maus como os bons a constroem.
Entretanto fui vivendo e observando e a vida, que nos ensina quase tudo e verifiquei até à data, que toda a asserção que produzimos, toda a ideia em que acreditamos, tem a sua contrária e que todas possuem uma grande lógica, é a época do "depende do ponto de vista".
Neste caminho pela vida em que contamos com os sábados para pensar e os domingos para parvar, e todos os dias úteis e inúteis para nos familiarizarmos desejada e necessariamente com o livre desafogo das opiniões e conceitos, verifico que se a sociedade nos faz e nós a fazemos a ela e, agora, com grande velocidade nesta aldeia global em que nos encontramos, em que até as novas tecnologias entram no conceito de felicidade de cada um e não só as circunvoluções cerebrais, em que tudo tem a ver com tudo, todos contribuímos para o efeito final.
Não há pessoas assepticamente boas, como não as há verdadeiramente más, mas há as que são predominantemente más e as que são predominantemente boas, logo e para facilitar se pode dizer que há pessoas boas e pessoas más, tal como as conhecemos.
Há pessoas que se vão cobrindo de nódoas e vícios.
Há pessoas que praticam o amor aos outros como uma arte.
Há aquelas, a maioria, que como folhas ao vento, flutuam, hesitam e  caem no chão e há, poucos, que seguem um rumo firme.
Tudo o que se diga, tudo o que pode ser pensado com o pensamento ou dito com palavras é parcial, tudo é metade, a tudo falta totalidade, por isso não há verdades absolutas, nem o silêncio encerra a totalidade e a verdade.
É preciso compreender o mundo, o mundo que nos rodeia e tentar explica-lo, mas mais importante do que tudo é amar o mundo.
As pessoas más ou boas utilizam as mesmas palavras.

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