segunda-feira, 24 de março de 2014

PRESENÇAS

Chove mas a presença da Primavera faz-se sentir.
E tu que estás lá do outro lado do mundo, tu estás sempre em mim.
De que falamos realmente quando falamos de saudade?
De que falamos realmente quando falamos da vida?
De falamos realmente quando falamos de ausência?
Há ausências que estão bem presentes. A diferença apenas reside na sua singularidade.
Cada presença colecciona os seus acontecimentos, mas acontece o mesmo nas ausências.
Há o perigo de subestimar as ausências.
Há territórios que são absolutamente íntimos, nem a poesia os aborda.
Todos nós temos os nossos atalhos, as nossas ruas sem saída, as nossas autoestradas.
Há alguns que mentem  e dizem a verdade discriminadamente e vão perdendo gradativamente o sabor das vivências, das presenças das ausências.
A realidade só é real para quem a constrói.
Sem os meus ausentes ser-me-ia bastante mais difícil viver.
Reinvento-os quase todos os dias.

3 comentários:

GL disse...

Presenças quantas vezes mais "palpáveis" que todas aquelas que estão ali, à nossa frente.
Genuínas porque sentidas de forma única, só nossa.
Necessito delas em absoluto.

Abraço.

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

VIM SÓ AGRADECER-LHE O ABRAÇO E DESEJAR-LHE BOA NOITE

Helena disse...

As ausências sentem-se bem mais do que as presenças, não é? Quem está, pertence a uma continuide esperada...

Beijo