terça-feira, 18 de março de 2014

FALANDO COM AS PALAVRAS

Vendo eu azedas, plantas que nascem livremente, me lembrei de reixas e teixos, aquelas árvores coníferas que via nos cemitérios na época em que os frequentava, para  junto de árvores e silêncio me recolher.
Hoje, o cemitério do Prado do Repouso tornou-se um local de passagem.
E vieram-me à memória, as resedas com aquele aroma que se conhece, não fossem elas do grupo das aromáticas.
E as palavras a colocarem-se mais uma vez em volta de mim, a acotovelarem-se umas às outras com aquela pressa que lhes é habitual e depois de sestearem pereciam almalhos aos meus ouvidos.
Ai pensavas que nós éramos algumas beócias, não?
Deves ter ouvido muitas anedotas de transtaganos, nem bonzos somos.
Já de pé me encontrava, aguardando que algumas porventura deperecessem.
Manti-me inescrutável.
Supunham que vou escavar o vosso passado Srªs palavras, mas será muito diferente, falarei convosco do futuro. Não reclamarei nada, nem presente nem passado, faremos um diário de coisas para fazer, preparem-se!

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