segunda-feira, 17 de março de 2014

DE QUE VOU EU FALAR?

Já teria dito que a mãe do Velásquez era portuense? Já, por certo. Passei pela Praça e lembrei-me. Agora chama-se Praça Sá Carneiro.
Já falei do amor? Já falei, claro, já disse  possivelmente que o amor não se inventa ou existe ou não existe. Posso conquistar uma ciência, um saber que ainda não tenho, mas não se conquista uma afeição.
Ontem foi dia 16 de Março, em 1816 neste dia morreu D. Maria I, com 81 anos e nem assim  D. João VI resolveu voltar ao reino. Podia falar da falsa partida que foi a revolta das Caldas em 16/3/1974.
Já falei de tanta coisa que se calhar também já disse que não tenho medo do fracasso e nunca receio os prejuízos.
Já falei da vocação que há em todos nós para ultrapassar o humano, assim como a tentação para o medíocre.
Nas minhas reflexões diárias talvez já tivesse dito que no meu fundo há uma certa alegria que vem de me sentir boa, de compreender a dor, de simpatizar, de me revoltar contra as injustiças.
E agora veio-me à cabeça um tema 'bom' para falar, aquele do mercado livre, da livre iniciativa para dizer asneiras, de praticar erros de ortografia e outros, sendo que os do pensamento são mesmo os piores.
Já falei das palavras, das lutas das palavras, mas é sempre um tema que me atrai.
Vejo espadas e diabos e anjos a voarem das letras das palavras.
Não sei, mas talvez falar do mágico, fosse uma coisa melhor do que falar da realidade rotineira e rotulada, levava-nos e purificava-nos.
Também falei da fé e de muita gente para quem a fé é muito mais forte que a verdade. Portanto, se calhar já falei de tudo.
às vezes sinto-me invadida de um infinito cansaço e apetecia-me hibernar, dormir e só acordar quando este país tivesse voltado ao sítio.  

4 comentários:

GL disse...

Uma sugestão? Sim, sei ser desnecessária!
Brinque, livremente, com as letras, com a palavra. Solte-as, deixe-as tomar vida própria, um exercício que faz com mestria. E nós, presos, a usufruir do resultado, a acompanhá-lhas com imenso prazer.
Só um parêntesis para dizer que não, não sabia que a mãe de Velásquez era portuense.
Como vê...

Abraço.

Helena disse...

Olha, Homónima, eu faço-o de vez em quando, ainda que de uma forma bastante imperfeita.
É assim tipo vou ali já venho. Faz-me bem.

Bom dia!

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

É O QUE EU COSTUMO FAZER HOMÓNIMA.
BJ

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

ABRAÇO Gl E OBRIGADA POR AINDA CÁ VIR