quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

E PRONTO....

"Algumas centenas de milhões de euros estavam escondidas em secções particulares de contas de várias instituições e não apareciam nos balanços", revelou George Pell, de 72 anos, o homem escolhido pelo Papa Francisco para pôr em ordem as contas da Santa Sé.
A descoberta destes milhões, que pode chocar com o discurso do Papa Francisco contra a pobreza e a desigualdade, é encarada como positiva pelo cardeal australiano George Pell, num artigo publicado na revista "Catholic Herald", de inspiração católica, que esta sexta-feira chegou ao mercado.
"É importante salientar que o Vaticano não está falido. Excluindo o fundo de pensões, que tem de ser fortalecido para fazer face às exigências que terá daqui a 15 20 anos, a Santa Sé paga as suas contas, enquanto mantém uma quantidade substancial de bens e investimentos", escreveu o cardeal que em fevereiro foi nomeado para liderar a Secretaria da Economia, criada pelo Papa Francisco para pôr ordem nas contas da Igreja católica, apostólica e romana.
"Uma princesa germânica disse-me, em tempos, que muitos achavam que o Vaticano era como uma velha família nobre, a deslizar lentamente para a bancarrota. Esperava-se que fossem incompetentes, extravagantes e alvos fáceis para os ladrões. Essa mal-entendido começa dissolver-se", argumenta George Pell.
O caminho está definido e Pell, o anglo-saxónico a assumir o mais alto cargo administrativo na hierarquia do Vaticano, não se coíbe de exorcizar os males do passado. "Ao longo de muitos anos, figuras sem escrúpulos aproveitaram-se da ingenuidade" e dos processos eminentemente secretos da Igreja para bancar e branquear dinheiro suíço.

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