encolhida me desembrulho:
Ilustre porque ilustre.
Desembrulhei a sigla e para mim é conhecida por Gabriela. Gabriela porque sim.
Sim, GL vejo-a a sorrir neste momento, mas a verdade é que desde pequena gosto de dar nome às coisas e para mim é Gabriela desde que a vi, confesso.
A minha Gabriela, amiga invisível, é uma espécie de evocação duma Lisboa romântica/moderna que me chega numa forma de arpa, se de instrumento musical se tratasse.
Convoca-me a lugares de anamnese e faz-me perder nos séculos, servindo-me um hausto do dia
O seu coração abre-se às cinzas dos dias, o que se torna pouco vulgar nos dias de perdição que correm.
Não sei se é lisboeta de tez e olhos árabes ou não, mas sei que me oferece um sorriso da alma quase diariamente.
Com tanta degeneração da sociedade, com tanta falta de tempo para os outros que toda a gente faz gala em proclamar, a minha Gabriela aparece assim como este pássaro que ouço cantar aqui no carvalho mais próximo.
Não sei quem é, desconfio que é um pisco, mas gosto dele agora porque me alegra os amanheceres.
Não sei traçar-lhe o perfil, nem nisso estarei interessada, mas apetece-me realçar-lhe uma característica que emana desde logo, a que chamarei olfactar.
A minha Gabriela tem um à-vontade a passear-se nas margens do rio que só os cágados têm a gozarem os benefícios do sol.
A minha Gabriela é moderna numa terra em que as pessoas estão envelhecidas precocemente por desamores e interesseirices várias, dá-se ao luxo de admirar os contemporâneos.
4 comentários:
Bom dia, à retratista de almas:))
Boa tarde, GL.
Quem me dera tirar retratos às almas, mas elas têm asas e voam alto :)
Olá,
Pensava eu que GL era a primeira e última letra de...Girassol! Mas Gabriela também é um bom nome.
Gostei do texto!
Abraço ás duas
( o blog da GL e este já fazem parte da minha rotina diária)
obrigada Argos. Abraço retribuído :)
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