Fico sempre admirada, espantada é o termo, quando alguém julga que sabe 'tudo'.
Que ilusão!
O Matusalém, o avô do Noé, que viveu 969 anos só contabilizava o dia-a-dia, como é que nós podemos acreditar que conhecemos mundo.
Refiro-me especialmente aos mundos interiores não às incursões mundanas, essas bem mais fáceis de se conhecer conquanto que se tenha pé e não se percam as rotas.
Nós, humanos, somos um mistério.
Convicta estou que só conquistamos verdadeiramente a liberdade quando descobrimos, genuinamente, que somos muito pouco quase nada, mesmo.
Só num acto de magia podemos pensar que conhecemos a vida, só sabemos o que nos acontece e mesmo assim, mal.
Claro que há alturas, momentos em que nos encontramos mais iluminados(as), quando estamos apaixonados(as) por exemplo e, cedemos à quimera de entendermos mundo(s).
Confesso que nesta fase da vida e sem constituir qualquer drama, há muita coisa que não tenho necessidade nenhuma de saber e em certa medida até me deixou de convir de saber muita coisa, indo mais longe, aquilo que não me convém saber, apago.
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