terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

DESENROLANDO O CORAÇÃO

Gosto de áticos.
Não gosto de sibilas nem de santinhos carunchosos.
Gosto de pedras que se fazem ouvir
de estorninhos que se deixam fotografar
De árvores no Inverno
De cães de todas as idades
Das irmãs aves e das primas flores.
Não gosto de gente beócia.
Gosto de gente lúcida.
Não gosto de homenzinhos e mulherzinhas cúpidos(as) e que julgam que vão encontrar a felicidade ao virar da esquina.
Não gosto da terra onde moram e mandam os diabos. Gostava que os diabos fossem mandados embora.
Gosto de entender, mas a maioria das vezes não entendo e a cabeça não sossega.
Gosto das várias respirações da casa.
Não gosto de saltar dias mas salto alguns, como se a existência fosse mais intermitente. Há horas que me passam ao lado.
Não gosto de criminosos que não reconheçam o seu crime.
Gente alegre em demasia,  aborrece-me
Gente sempre triste, fujo dela.
Não sei quando pondero ou quando sonho, mas o que conta é a imaginação, o resto às vezes parece mentira.

2 comentários:

GL disse...

Gosto de quem consegue levar-me pela mão por caminhos que também reconheço como meus.
Gosto desta capacidade (rara) que faz comungar ideias e sentires.
Gosto desta partilha, a partilha que atesta a capacidade do desnudar de alma. Juízos, inquietações, tolerâncias e o seu contrário.
Desejos fruto dos indesejáveis.
Purezas em contra ponto com tudo o que não presta.
"Gosto de gente lúcida", gosto de gente com alma.

Abraço.

lenço de papel; cabide de simplicidades disse...

o que lhe posso dizer? Apenas o meu muito obrigado e um beijo